Luciana Oliveira: a voz plural e nova da MPB

0comentário

Tive a oportunidade de conhecer na noite de quarta-feira (9) uma das “backing vocals’ da banda brasiliense Natiruts, Luciana Oliveira. Fui apresentada pela cantora maranhense Célia Sampaio em uma pousada em que Luciana estava hospedada no Centro Histórico de São Luís. Depois de uma conversa informal, onde falou do passeio em Alcântara, de música, da paixão dela por São Luís e de beliscarmos alguns deliciosos doces de espécies, típicos da cidade histórica, fomos curtir a discotecagem frenética de Riba Roots no Bar Porto, e mostramos para a artista candanga que São Luís, talvez seja a única cidade no planeta, lógico depois de Kingston, que se cultua reggae e de raiz.

De volta pra casa, resolvi curtir bem baixinho o CD solo de Luciana Oliveira cujo o título é homônimo. O trabalho reflete a afinidade da cantora com a musicalidade negra brasileira. Ela passeia pelo samba, afoxé, samba funk, samba de roda, enfim, um mix saudável de um Brasil marcado pela pluralidade rítmica.

O disco é uma troca de informação entre timbre de ‘mezzosoprano’, o orgânico, scratches, destaque para a faixa “A Ordem é Samba” (Jackson do Pandeiro/Severino Ramos). A música soa tão completa, que segundo Luciana, o DJ Negralha, de O Rappa preferiu não meter a colher, ou seja interferir no processo orgânico da faixa. Apenas alguns efeitos tímidos de “scratches” para dar um brilho.

Entre uma faixa e outra destaque ainda para os afoxés  “Danda Luanda” (Paulo D´Jorge/Renato Matos), “E Menina” (João Donato/Gutemberg Guarabyra), “Dez Pras Três” (Wilson Bebel) E mais, “Tecnococo” (Nelson Oliveira), “Pra Quem se Saber” (Paulo D´Jorge/Ricardo Ribeiro/Renato Matos), além de “Marujo”, “Rainha dos Anjos”, o outro, afoxé “Mãe das Folhas” onde Luciana apresenta-se também como compositora.

Paralelo ao trabalho na Natiruts, onde participou da gravação do DVD, no Credicard Hall, em São Paulo, Luciana mostra ser uma garota dinâmica e almeja um lugar ao sol, ou entre as estrelas femininas da Música Popular Brasileira.

Sem comentário para "Luciana Oliveira: a voz plural e nova da MPB"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS