Zeca Baleiro lança disco e contagia público paulista

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O cantor e compositor Zeca Baleiro lançou o novo álbum “Coração do Homem Bomba, volume 1” em dois shows no último fim de semana, no Citibank Hall, em São Paulo.

A imprensa disse que maranhense ouviu fãs gritarem por “Toca Raul”. Sentiu-se homenageado. Afinal, as exclamações, entre uma música e outra, não eram por Raul Seixas, mas sim para a nova música de Baleiro, que, claro, faz uma brincadeira com os insistentes pedidos da plateia para tocar canções do maluco beleza.

Foi de forma irreverente e descontraída que Baleiro, acompanhado de sete músicos, apresentou-se para o público paulista. Se o artista surpreendeu parte dos fãs, acostumados com as músicas tranqüilas do CD anterior, Baladas de Asfalto e outros Blues, não decepcionou ninguém com a variedade de ritmos da noite. A plateia, de faixa etária de 30 anos em sua maioria, balançava o corpo de um lado para o outro e boa parte mostrava que já tinha decorado as letras do álbum, lançado em agosto.  

Na metade do show, o espetáculo mudou de tom. A banda saiu de cena e Zeca Baleiro ficou sozinho no enorme palco. Sentado em um banquinho, no melhor estilo um barzinho e um violão, cantou canções mais lentas, como “Babylon”, “Quase nada”, “Bandeira” e “Telegrama”. A platéia acompanhou cantando junto com Baleiro, transformando o espaço em um show acústico e intimista.

Dando seqüência à parte sentimental do show, Baleiro fez uma homenagem a Waldick Soriano, morto no último dia 4 de setembro. Ergueu um copo de whisky, jogou um pouco no chão e cantou “Tortura de amor”, que tem como refrão “Hoje eu quero paz/ Quero ternura em nossa vida/ Quero viver por toda a vida pensando em ti”.

Feitas as homenagens, o pedido da plateia foi finalmente atendido e Zeca cantou a bem-humorada “Toca Raul”. O público delirou. O vocalista saiu do palco e deixou a banda tocando “Minha vó já dizia”, do Raulzito, a do “quem não tem colírio, usa óculos escuros”.

Em seguida, as luzes se apagaram e os músicos saíram de cena. O show poderia acabar nesse momento que os fãs teriam ido embora satisfeitos. No entanto, ainda dava para melhorar. Baleiro voltou para o bis, sem o colete e o chapéu coco que usava, apenas com uma camiseta vermelha. Tocou “Mamãe Oxum”, antes de terminar a apresentação ao som do rock “Heavy Metal do Senhor”, com direito a uma performática apresentação do maranhense na guitarra.

1 comentário para "Zeca Baleiro lança disco e contagia público paulista"


  1. Jonathas Nascimento

    Enquanto isso os caras por aqui ficam fazendo congresso pra discutir a música maranhense, mas Zeca Baleiro não é maranhense? Acho que a questão é outra: Zeca já nos mostrou isso há tempos, só não vê quem não quer!

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