Inigualável…

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woodstockja1.jpgPara as pessoas que participaram do Festival Woodstock em Bethel, ao norte de Nova York, de 15 a 16 de agosto de 1969, o espetáculo anunciava o advento de uma nova era, definida como a fundação da “Nação Woodstock”.

Tem gente que acha que a euforia de ontem se transformou hoje em ressaca porque passados 40 anos não ficou claro se o Woodstock conseguiu mudar alguma coisa. Para alguns os hippies da época perderam o cabelo e trocaram o consumo do LSD pelo Viagra. Para outros o festival  marcou, na realidade, o fim – e não o inicíio – da revolução dos anos 60 e da contracultura. Para aqueles o tema de paz e amor passou a ser algo pitoresco. Para aquelas o destino de alguns artistas que participaram das três noites de festa foi a morte prematura, carreira fenomenal ou mergulho total no esquecimento. Questionamentos à parte, não podemos esquecer que o Woodstock deixou, em todo caso, um legado que vai além da música e da vestimenta, além das calças boca-de-sino, que, por sinal, voltaram à moda.

Ironicamente ou não, o resultado mais palpável foi a apropriação da música rock pelas empresas como fonte de renda. Os shows passaram de encontros improvisados a operações que geram grandes somas de dinheiro.

Em entrevista, Stan Goldstein, um dos organizadores originais do Woodstock, disse que o festival mudou a indústria da música. “Pela primeira vez, pudemos ver o poder que tinham os artistas para atrair multidões”, acrescentou.

O lendário festival de Woodstock, que em três dias de “paz, amor e música” reuniu mais de 500 mil pessoas para ouvir Jimi Hendrix, Joan Baez, Santana e The Who, entre outros, completou 40 anos e continua sendo considerado um acontecimento inigualável.

Na minha opinião, fazer réplicas de Woodstock em qualquer canto do mundo, nos dias atuais, ecoa com uma tentativa frustrada. O festival de 1969 foi e será um momento único e não cabe versões. Os tempos são outros, os valôres sociais e os modelos econômico e político vivenciados nos dias atuais são mais opressores, segregacionistas, capitalistas, individualistas e alienantes. A nova ordem musical não tem a essência do que representou o festival na época.

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Pois bem, pra quem viu e sentiu de perto a celebração restam as boas lembranças.  Pra quem ainda não era vivo ou não pôde chegar por ter perdido o bonde, a boa é viajar em documentários sobre o festival, que reuniu centenas de milhares de pessoas onde muitos reinaram. Um dos exemplos é casal-símbolo, Nick e Bobbi Ercoline, que aparecem na capa do LP do festival.

Em conversa ao G1, o casal, que segue juntos após 40 anos e foi protagonista de uma das histórias mais românticas do movimento hippie, disse ‘não mudou nada, ainda somos daquele jeito’.

1 comentário para "Inigualável…"


  1. Hippie

    O festival é único e jamais pode ser repetido, acontecimento na história da humanidade pois fez parte de uma revolução cultural.

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