Sexta, 13…

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O Chama Maré virou ponto de encontro, aos domingos, da juventude de São Luís. Casa cheia e muita alegria à base da sequencia demolidora de reggae da equipe África Brasil/Caribe, liderada por Ademar Danilo.

Entre uma pedra e outra, Ademar verbalizou anunciando, que na sexta-feira feira, 13, de novembro, a   casa recebe o ex-vocalista do Cidade Negra, Ras Bernardo.

O reggae de Belford Roxo

Se alguém for contar a história do reggae no Brasil terá que, obrigatoriamente, mencionar o nome de Ras Bernardo. Não dá para falar de um sem citar o outro, são histórias que correm juntas ao longo do tempo.

Tempo que vem de longe, há quase vinte anos, quando Ras Bernardo montou uma banda para participar de um pequeno festival em Belford Roxo, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Mais por intuição do que por planejamento, essa mesma banda anteciparia uma onda que somente anos mais tarde iria estourar na cena musical brasileira. Honrando toda a herança cultural que o destino lhe deu, o Cidade Negra espalhou o reggae por todo o país.

“Negro No Poder” foi um disco além do seu tempo e, talvez por isso, mal recebido pela crítica e por muitos ouvintes. Uma nova audição hoje nesse trabalho permite avaliar o quanto existe de atual na sonoridade, nos arranjos e nas letras, qualidades que não foram apreciadas à época.
Mas engana-se quem vê esse período apenas como uma coleção de insucessos para o grupo. Foi com Ras Bernardo à frente que eles iniciaram sua bem-sucedida carreira internacional.

Em 1992 o Cidade abriu o show do Steel Pulse na França, com excelente repercussão junto à platéia 100% gringa. Meses depois, tornaram-se a primeira banda brasileira a pisar no palco sagrado do Sunsplash, o mais importante festival da Jamaica.

Mesmo diante de tantas glórias, Ras Bernardo deixou, não sei por cargas d´aguas, os vocais do Cidade Negra, que ficou sob o comando de Toni Garrido, que empurrou até o quanto pôde a banda brasileira e carioca genuinamente regueira.

1 comentário para "Sexta, 13…"


  1. ruben mukama

    Lembro do Ras Bernardo em shows memoráveis (pelo menos para mim) do Cidade Negra em início da carreira em São Luís. Um candidato ao governo patrocinou vários shows deles. Vi na Raimundo Corrêa, na cohab, etc.
    Caras simples e um reggae de primeira.
    O primeiro Lp foi inesquecível, me incentivando inclusive a montar minha banda de reggae gospel.

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