Dor da Verdade…

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Na minha opinião falar a verdade, é sempre necessário mesmo que essa verdade cause muita dor. É melhor viver numa realidade dolorosa e tentar superar a dor, do que viver numa mentira que causa uma falsa sensação de bem estar e de que está tudo bem.

O problema é que a verdade precisa ser dita na hora e no momento certo, e as vezes é difícil saber qual momento é esse.  Na última quinta-feira, 23, o programa do Jô, da Rede Globo, exibiu uma entrevista com a jornalista e agora comediante Darcimeire Coelho, a Dadá, onde falou da sua nova experiência profissional. E no meio de uma pergunta e outra disparou criticando a cidade natal, Floriano, no estado do Piauí. Entre alguns dos trechos do bate papo com Jô, Dadá declarou que veio estudar jornalismo no Maranhão porque na cidade onde nasceu só existiam três opções: ser funcionária pública, trabalhar no Armazém Paraíba ou casar grávida. Disse ela que olhou para aquelas opções e disse: “égua, o diabo é que fica aqui. Meti o pé na carreira e saí desembestada”, criticou. Chegou a perguntar para platéia “quem nasce no Piauí é o quê” ? Pior para quem nasce”, brincou.

No dia seguinte a entrevista virou polêmica. Tinha internauta elogiando a conversa e outros disparando de forma dura contra Dadá Coelho. Pelo que pude entender as críticas ácidas feitas por internautas a Darcimeire (Dadá) é por conta da verdade ter sido publicizada em TV aberta de maneira ‘ch(X)ula)’ ou como ‘chacota’. Mesmo assim,  não cabe aqui crucificá-la, colocá-la numa fogueira ao ‘modus operandi’ de Joana D´Arc, pois o que mais dói na alma é conviver com uma mentira cabeluda e perniciosa que falada milhões de vezes vira uma grande verdade. 

Diante da repercussão de suas declarações, a humorista esclareceu em seu blog: “Tenho o maior orgulho do povo do Piauí. Um povo que arranca a vida com os dentes. Alguém já disse que o humor é a beleza do desespero. Mais: não vou ficar me explicando, não. Sem provocação não há tesão. E tampouco solução. Fui no porgrama do Jô Soares. O  Gordo me deu a deixa. Fiz graça. A seta do humor contra mim. Não quis ofender ninguém. Nem meu ESTADO de espírito piauiense. E a música que toca na minha memória afetiva está na garrafa de cajuína que eu dei de presente pro Jô com a minha caligrafia existencial no rótulo”. http://tricortando.zip.net/

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