Pérola aos Povos

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ritstecnomacumbaRita Ribeiro conversou com o jornalista Pedro Sobrinho, no programa Plugado, levado ao ar, neste domingo, na Mirante FM. Ela destacou o seu primeiro DVD, “Tecnomacumba – A Tempo e ao Vivo”,  uma parceria entre Manaxica Produções Artísticas e Canal Brasil com patrocínio da Petrobras, distribuição da gravadora Biscoito Fino. Com direito a um faixa a faixa do CD homônimo, a cantora comentou que o trabalho já percorreu algumas capitais brasileiras, entre as quais, Rio de Janeiro, Savaldor. Para Rita, o retorno a São Luís é para divulgar o trabalho junto à imprensa, apresentá-lo as pessoas. Disse ainda que um outro objetivo da sua vinda a cidade é para conhecer a cena, saber quem está fazendo música, compondo na atualidade.

Questionada sobre o envolvimento de Maria Bethânia e Caetano Veloso no trabalho, Rita disse que foi um achado e que tudo aconteceu por meio da troca de informações, da curiosidade que um artista quando pesquisador tem em conhecer o trabalho do outro.

– Em seu texto de apresentação, Caetano Veloso também ressalta o papel do tempo no sucesso de Tecnomacumba, além de se derramar em elogios ao trabalho. Para ele, a compreensão total da importância deste trabalho para a história da música popular brasileira e para a cultura de herança africana só vai ocorrer daqui a alguns anos. Por enquanto, disco e DVD vão seduzir pela qualidade musical, pela mistura de ritmos e gêneros musicais, pelo repertório bem selecionado e pela minha voz – comentou.

No que diz respeito a participação de Bethânia, Rita disse que vai além do depoimento nos extras. “A diva baiana divide comigo os vocais de Iansã (Caetano Veloso), numa interpretação emocionante e memorável”, elogiou.  Rita também destacou a participação de Alcione no ‘making of’ do trabalho. “Além de conterrânea, da amizade, a contribuição da marrom foi muito grande na concretização do trabalho”, acrescentou.

Sobre o tempo de espera de quase 20 anos para lançar o DVD, Rita brincou dizendo que o surgimento do DVD no Brasil não tem dez anos. Em tom de seriedade, ela explicou que não é de fazer algo apenas porque está na moda ou porque o mercado recomenda.

– Eu só faço aquilo que eu quero e acredito. Até então, não achava significativo para minha carreira lançar um DVD. Não queria lançar um DVD só por lançar. Queria que o DVD correspondesse a uma vontade minha de me expor de outra maneira que não apenas pela voz e à vontade de meu público de ter um registro audiovisual maior que o videoclipe. Essas vontades chegaram e vieram com o Tecnomacumba, um trabalho que considero um marco na minha carreira. Um trabalho atemporal – detalha.

As novidades em relação ao repertório do disco de 2006 são as releituras de Moça Bonita (Jair Amorim e Evaldo Gouveia) e de Xangô, O Vencedor, sucesso popular de Ruy Mauriti que acabou caindo no esquecimento. A direção musical ficou a cargo de Israel Dantas, guitarrista da Cavaleiros de Aruanda,  banda que acompanha Rita Ribeiro e da qual também fazem parte os músicos Alexandre Katatu (baixista), Lúcio Vieira (baterista e programador eletrônico), Pedro Milman (tecladista) e Paulo He-Man (percussionista).

A artista define o Tecnomacumba – A tempo e ao vivo como um registro  bem-sucedido do show homônimo, que virou CD em 2003 e que, nos seis anos em que circulou pelo Brasil, foi visto por mais de 300 mil pessoas. “É fato raro, no Brasil, um show de música ficar em cartaz por tanto tempo. Enfim, é uma pérola aos povos – destacou.

“Tecnomacumba” – o show que deu origem ao DVD – ainda não tem data para ser apresentado em São Luís. Rita Ribeiro o apresentou na capital maranhense uma única vez, em 2006. “Agora queria trazê-lo em toda sua estrutura. Queria falar sobre o projeto, fazer as pessoas entenderem”, observa.

Rita Ribeiro está de bem com a vida. Além do “Tecnomacumba – A Tempo e ao Vivo” , ela continua com o trabalho paralelo “Três Meninas do Brasil” com as cantoras Jussara Silveira e Teresa Cristina. O disco “Suburbano Coração”, o futuro trabalho da cantora, está em fase de pré-gravação.

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