Por onde andará a qualidade de vida (?)

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Continuo sem entender o que está acontecendo com São Luís, a nossa ilha do amor, capital brasileira Patrimônio da Humanidade. Ou mulher bela, representativa, mas bastante maltratada pelos seus filhos, onde alguns ‘ufanistas de plantão’ se manifestam em defesa da cidade  fazem apologia em tom bairrista e demagógica. Muitas vezes essa postura se torna desnecessária. No dia-a-dia ficam de olhos vedados e sem opinião para os problemas sérios e graves que só atrapalham para um autêntico e verdadeiro desenvolvimento .

Não sou pessimista e nem do contra, mas sejamos realistas pelo menos uma vez na vida. Tenho a sensação de está havendo uma crise da falta de bom senso pras bandas de cá. Talvez, seria mais justificável conviver com destruição causada por um tsunami, vendaval, um terremoto, guerra civil, militar, nuclear, ao ter que presenciar inúmeros bombardeios provocados pelo descaso.

É casarão ameaçado de desabar, escuridão, buracos, crateras, trânsito caótico, violência desenfreada, lixo, gente cuspindo, fazendo xixi, entre outras necessidades no chão e nos quatro cantos da cidade, além de tarifa de ônibus exorbitante com um serviço precário. Não é exagero, mas está virando um pandemônio. Não sou tolo e ingênuo para não reconhecer que os problemas nas grandes cidades brasileiras são similares por conta da palavra chamada progresso. O desenvolvimento é necessário, mas tem que ser feito com responsabilidade e compromissado com a cidadania.

Ontem, fiquei aborrecido em andar pelas ruas de São Luís. A rua do Giz,  na Praia Grande, estava às escuras e o jeito foi andar vigilante e com medo de assalto. Fazendo um percurso pelo bairro do São Francisco, vi dois ônibus de uma mesma empresa quebrados em plena via pública. Hoje pela manhã, 21, na avenida dos Portugueses, próximo ao Campus do Bacanga, um outro ônibus já pedindo socorro apresentou defeito e dezenas de trabalhadores, estudantes ficaram a ver navios.  Está evidenciado que não somente as carroças  congestionam o trânsito na cidade. 

Chega, né ! Não quero fazer revolução, mas não são bobo não ! A crítica é generalizada. A recomendação vai para quem faz oposição um ao outro e a todos aqueles que habitam nessa ilha maravilha com aproximadamente 1 milhão de moradores. Para a população resta uma tomada de consciência de que devemos tratar a cidade em que moramos com decência, educação, fazer dela uma referência e dá boa impressão, especialmente, para quem vem na condição de visitante. Das autoridades devemos exigir mais compromisso de saber que ainda moramos em um santuário cercado de riqueza cultural e em seu ecossistema.  Diga-se de passagem está ficando insuportável, intrafegável e inaceitável viver em São Luís, uma cidade literalmente abandonada. Será necessário chamar os iluministas franceses Rousseau, Voltaire,  para problematizar conosco por onde andará a qualidade de vida (?)

4 comentários para "Por onde andará a qualidade de vida (?)"


  1. André Lucap

    Pedro, sem falar na especulação imobiliária sem pudores. E suas nefastas consequências.

  2. Dayani

    Parabéns Pedro, por postar sua indignação, que é compartilhada por mim e por várias pessoas que conheço. Também tô impressionada com o abandono em que São Luís se encontra. É importante que todos que tenham acesso à mídia passe a fazer como vc, denunciar todo esse descaso com nossa querida São Luís.

  3. Eduardo Júlio

    Pedrinho,

    A sua observação é pertinente. Não dá para entender como em pouco tempo São Luís apresenta tantos sinais de falência. O Centro Histórico, por exemplo, onde outrora podíamos frequentar tranquilamente, transformou-se num local inseguro e desagradável, com evidente degradação humana, cultural e física. Tudo por falta de políticas públicas para a área. E nós sabemos que a Praia Grande é o principal cartão-postal da cidade.

    Abraços,

  4. Regina

    Pedrinho,

    Certaste em cheio ao tratar de nossa cidade. É bom lembrar também que aliado a falta de políticas públicas está a falta de educação do povo. Seja no trânsito, nas baladas e outros tantos lugares.

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