Orquestra Voluntária de Vuvuzelas e um vinho azedo

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Como o meu négocio é som, continuo a ser um defensor árduo das vuvuzelas na Copa da Àfrica do Sul, pois a cada post uma descoberta nova sobre a corneta criada pelos sul-africanos. Que tal especular, mesmo estando a milhares de quiômetros da África do Sul, se aquele sopro monótono, cheio de lamento, estridente e feito enxame, não esconde outras intenções: o de contestar contra a subnutrição, o analfabetismo, a violência, entre outras mazelas, que ainda incomodam os paísesa africanos, entre outros, emergentes do planeta terra.

Essa grande orquestra de voluntários, em que quando um para, outro segue, jamais antes na história da Àfrica conseguiu se manifestar tanto por uma mesma causa: “olhem, ouçam, estamos aqui”. Não importa se existem os críticos de plantão.

A vuvuzela quer mesmo é aparecer em um evento global, chamado futebol, e mostrar para o mundo que diverte e também tem função social. Ela é sensível. A sua falta nos estádios é sentida quando cala se o jogo se transforma em uma pelada. Pelo menos, essa foi a impressão da mãe e um sobrinho de uma amiga do jornalista Zeca Camargo, no jogo Brasil e Portugal, pela terceira rodada da Copa, e que foi registrado em post, ontem, neste Blog.

No jogo do Ellis Park, contra o Chile, a corneta plástica barulhenta dos torcedores africanos foi ouvida no estádio. E o Brasil de Dunga tirou de tempo a seleção chilena, treinada pelo argentino Marcelo Bielsa. O Bielsa que saiu em defesa antes do jogo do torcedor pé-frio desta Copa, o músico Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones. Mr. Jagger não foi ao estádio.

Apesar do possível azar que o cantor levaria ao Ellis Park, a Seleção Brasileira era a incontestável favorita para o jogo desta segunda. E na lógica, os canarinhos não perdoaram e venceram por 3 a o. O técnico do Chile, o argentino Marcelo Bielsa, declarou que a partida seria uma boa oportunidade para “mudar a história” dos recentes confrontos entre as duas seleções. Com Mick Jagger na tribuna, as chances podem aumentar.

Eu prefiro o twitter da Luciana Gimenez. A apresentadora de TV acabou entrando na onda, e resolveu fazer piadinha envolvendo a fama de pé frio do músico Mick Jagger, com quem tem um filho.

– Não foi o Mick que deu azar pro Chile, foi o Lucas que deu sorte pro Brasil – escreveu Gimenez.

No meio de tantos interesses coorporativos, entre placas de patrocínio, futebol de resultados e bolas plastificadas, o som furioso das vuvuzelas, e de azedar o vinho chileno, é hora do Brasil chupar mais uma vez a laranja, que não tem mais gosto de mecânica, nas quartas de final.

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