Jabulani Neles…

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Passaram-se dois dias da derrota e desclassificação do Brasil contra a Holanda, nas quartas de final da Copa do Mundo, na África do Sul. De cabeça fria e já recuperado, não de um golpe, pois a derrota na Copa estava sendo anunciada, a não ser para os torcedores passionais, aqueles que transformam uma partida de futebol em guerra beirando à alienação. Quanto ao jogo esquisito, onde a seleção brasileira se comportou de maneira bipolar e acabou perdendo de virada, ou seja, por 2 a 1, para a Holanda, eis a pergunta: o que aconteceu com os jogadores brasileiros?

Acho que faltou um pouco da alma brasileira na seleção, pois reconheço que o esquema tático recheado de pragmatismo, o futebol de resultados, são funcionais nessa nova ordem mundial nos gramados. Mas, não podemos esquecer que o futebol é gostoso por conta da criatividade, dos dribles desconcertantes e assistências de mestres, características de quem joga no País do Futebol.

Pois bem, brasileiros, argentinos, franceses, italianos, ingleses, entre outros bichos de penas, graúdos e favoritos, derrotados na competição, não me venham botar a culpa na maldição de Mick Jagger, no barulho ensurdecedor vuvuzela ou na jabulani, as duas protagonistas da Copa 2010, na África do Sul.

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Tanto a vuvuzela quanto a jabulani fizeram o diferencial na competição. Elas viraram bordão, uma febre e se tornaram mundanas. Já que a corneta africana foi tema neste blog, resta destacar a parceira, a outra grande jogada de marketing da Copa e que caiu na boca do povo: a Jabulani, uma expressão zulu, que significa celebrar. A bola gerou receita para a Adidas e polêmica na África do Sul, até mesmo por parte de alguns jogadores da seleção brasileira, sendo chamada de “Patricinha” por Felipe Melo, “sobrenatural” por Luís Fabiano e “bola de supermercado” por Júlio César. Mesmo diante de calúnias, difamações e injúrias dos derrotados em campo, a Jabulani já deixou sua marca de a vedete e a principal campeã na Copa da África do Sul.

E já que a Copa no continente se foi para o Brasil e a vida segue, é bom se pensar em uma redonda para a Copa de 2014 em território nacional. Alguns amigos de trabalho sugerem nomes como “Pirigueti”, “Rebolation” ou quem sabe “Cazumbá”, numa referência ao Maranhão, sequer concorreu ou teve o nome cogitado como cidade-sede.

Enquanto esperamos que a Fifa absorva a ideia, viva  o futebol: o esporte que emociona por ser imprevisível, pelo poder de integrar os povos e mobilizar contra qualquer tipo de preconceito.  No mais,  resta sambar com a Jabulani, em música de autoria do psiquiatra e compositor Rui Ribeiro e do violonista Jorge Simas, mestre do violão de sete cordas, que já teve como parceiros gente de peso como João Nogueira, Nara Leão, Fagner, Dona Ivone Lara, Chico, Beth Carvalho, Alcione, Agepê, Gilberto Gil, Simone, Toquinho e Martinho da Vila, entre outros. “Samba pra Jabulani”.

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