A Vida Como Ela é…

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Em tempos de globalização, neoliberalismo, das sociedades fechadas, individualistas e da presença mais do que marcante do capitalismo, fica difícil entender o que é música feita para gente inteligente, ou para deixar alguém mais burro. Pois o próprio artista gera a confusão, quando alguns dizem [sim] a mistura, mesmo que se perceba uma certa incoerência nessa simbiose.

Em certa ocasião, Zeca Baleiro disse que faz música para entreter e deve acreditar que existe um lugar comum ao ouvir sua música “Lenha” gravada pela banda cearense Mastruz com Leite em ritmo de ‘oxente music’. Será que às vezes não radicalizamos quando usamos o discurso de que música boa é aquela com a letra extensa, cheia de metáforas, arranjos apurados e interessantes para se escutar em rodas de conversa à base do discurso de quem estuda em Havard, entende de socialismo do Karl Marx, degusta Sushi e Sashimi em um restaurante fino oriental, tem uma farta adega de vinhos  lê poemas de Fernando Pessoa e livros de Gabriel Garcia Marquez, ou escuta jazz denso, ‘free’ e complexo de Charlie Parker, John Coltrane, escuta samba de raiz dos morros cariocas, e enxerga a educação de acordo com as teorias de Paulo Freire ?

Ah, seria hipócrita em não concordar que eu gosto é de música  e poesia cabeça, feita para se meditar e reagir com criticidade. Ah, mas não posso esquecer que existe o senso comum, que tem o seu valor no contexto, pois uma onda humana, que independente de ir ao não à escola, de ter ou não acesso aos livros, de ser cozinheiro ou jornalista, de andar de terno e gravata ou não, adere. Às vezes conviver com a diferença não deixa de ser uma experiência notável, pois serve como aprendizagem e virtude para perceber que a divergência de ideias, pensamentos é uma característica fundamental e eterna da vida.

Pensando assim, eu prefiro a tese que antes da crítica vem a contribuição formatada em ações concretas, acreditando numa ideologia verdadeira, autêntica para se saber entender a vida como ela é.  Tarefa difícil, pois o senso comum existe, é representativo no dia a dia das nossas vidas. Embora não venha concordar com tudo o que se manifesta óbvio, não   podemos esquecer que existe  a possibilidade de se escorregar na casca de banana em nome da sobrevivência. Portanto, será que não é preciso tomar cuidado com o ser intelectual que existe dentro de nós (?)

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