Pensamento do Dia

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“Se o voto mudasse alguma coisa, votar seria proibido”. [Frase Reflexiva de Domínio Público extraída em muro de São Luís]

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Mike Patton (Faith No More) lança disco em 2013

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Um dos diversos projetos do vocalista Mike Patton (Faith No More), o Tomahawk irá lançar um novo álbum no começo de 2013, o quarto na carreira da banda. As informações são do site da revista Spin.

O grupo, que conta também com o guitarrista Duane Denison, dos Jesus Lizars, o baterista John Stainer, do Battles, e o novo baixista Trevor Dunn, não grava nada há seis anos.

Segundo o site, o novo disco mistura influências das trilhas sonoras de Ennio Morricone, r&b e o estilo épico do último disco no Faith No More, “Album of the Year”. O single “Stone Letter” será lançado em 23 de novembro, e antes disso, em 27 de outubro, a banda inicia uma nova turnê.

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Cine Praia Grande pode fechar as portas

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Já não basta uma cidade sem livrarias lojas de CDs, galerias de arte, bibliotecas públicas ou privadas nos bairros, podemos ficar sem um dos cinemas mais representativos da cidade. O Cine Praia pode fechar as portas ainda este ano. O motivo é a ausência do público.

O Cine Praia Grande é o único espaço de exibição de filmes de arte em São Luís. Normalmente, esses filmes não são mostrados em salas de cinema de caráter comercial. Em entrevista ao jornal O Estado do Maranhão, Wener Campos, administrador do cinema, explica que a falta de público é um problema constante. Ele disse, ainda, que as pessoas alegam que o cinema fica em um local inseguro ou que não tem comodidade, mas há grande público na Praia Grande para conferir uma comédia no teatro, por exemplo”, reclamou.

Controvérsias ou não, o caso precisa de estudo e solução rápida. Já tiraram o Circo da Cidade da Praia Grande. Tem uma placa indicando quevai funcionar na avenida Beira-Mar, em frente a praça Maria Aragão. Agora, não se sabe quando o Circo volta a funcionar. Agora, se especula o fechamento do Cine Praia Grande. Não entendo, se fala tanto que moramos numa cidade rica culturalmente, mas tão pobre na forma de tratar o setor. Onde está o problema ? Haja contradição ou uma grande mentira !!!!

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Laborarte em festa de 40 anos

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Nesta quinta-feira, dia 11, o Laboratório de Expressões Artísticas (Laborarte) comemora quarenta anos de  produção artística e cultural da cidade, e preparou uma programação  especial para celebrar o aniversario.
As comemorações acontecerão no casarão 42 da Rua Jansen Muller, no Centro, onde fica a sede do grupo.

A programação começa a partir das 19h, com a reinauguração da Sala Cecílio Sá; apresentação de espetáculos teatral; abertura da exposição 40 anos reunindo acervos do grupo, como documentos, figurinos, cenários, troféus, bonecos, cartazes, fotos e artes plásticas; exibição de vídeos do grupo no Cine Laborarte; intervenções musicais e cênicas com artistas convidados; além de coquetel com o corte de um grande bolo de aniversário.

Nos dias 19 e 20 de outubro, o Laborarte dá continuidade à festa no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, com Exposição, Roda de Capoeira, Lançamento do documentário 40 anos do Laborarte, shows com artistas convidados, Teatro de Bonecos, Intervenções de Teatro e Dança, e apresentação do Tambor de Crioula do Laborarte e do Cacuriá de Dona Teté.

Histórico

Berço de iniciação e formação de vários artistas maranhenses, o Laborarte surgiu, em 1972, da necessidade que jovens de vários grupos sentiram de criar um movimento que globalizasse suas atividades e as centralizasse em torno de um objetivo comum, favorecendo, desse modo, a elaboração das formas de expressões artísticas e culturais de São Luís. “O Laborarte nasceu de dois movimentos que existiam na época, que eram o ‘Antroponáutica’, nascido no Liceu entre 69 e 70, e o ‘Movimento de Teatro de Férias’, criado na Igreja São Pantaleão.

Atualmente o grupo desenvolve uma ação cultural permanente com oficinas de tambor de crioula, cacuriá, capoeira, percussão, teatro e dança popular, produção de diversos espetáculos destacando-se: o “Cacuriá de Dona Teté”, o “Show de Rosa Reis”, “Tambor de Crioula do Laborarte”, o drama de carnaval “Te Gruda no meu Fofão”, o teatro de bonecos “A Peleja de Casimiro em lendas Emaranhadas”, e também realizações de eventos como o “Carnaval de 2ª”, “Folia Laborarte”, “Rompendo Aleluia”, “Sarau de Bailados” e a “Caravana Laborarte”. Nos dias 19 e 20 de outubro, o Laborarte dá continuidade à festa no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, com Exposição, Roda de Capoeira, Lançamento do Documentário 40 anos do Laborarte, Shows com artistas convidados, Teatro de Bonecos, Intervenções de Teatro e Dança, e apresentação do Tambor de Crioula do Laborarte e do Cacuriá de Dona Teté.

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Samba na Gamboa: Zeca Baleiro e Rita Benneditto

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Lollapalooza 2013

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As bandas Queens of the Stone Age, Pearl jam, Black keys, Agridoce e Vanguart estão escaladas para a edição 2013 do festival Lollapalooza em São Paulo. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta segunda (1º).
Ainda fazem parte do line-up Dead Mau 5, Kaiser Chiefs, Criolo, The killers, Franz Ferdinand, Flaming Lips, Hot Chip, Passion Pit, Foals, Crystal Castles. Os shows vão ocorrer nos dia 29, 30 e 31 de março no Jockey Club da cidade.

A pré-venda, exclusiva para cadastrados no lollapaloozabr.com, começa à meia-noite desta segunda-feira e vai até o dia 15 de outubro. O valor dos ingressos para os três dias é de R$ 900 (inteira) e R$ 450 (meia). A expectativa é que o festival leve 200 mil pessoas em 3 dias de festival, contra 135 mil em 2012.

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Castelo da Fantasia em dezembro

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O Castelo da Fantasia chega a sua 5° edição e promete uma noite mágica, dia 7 de dezembro com o Grupo DEXTERZ, comandado por Julio Torres, Amon Lima e Junior Lima. Para completar eles recebem o violinista Lucas Lucas Lima (marido de Sandy, irmã de Júnior), no line-up. Outras atrações que serão confirmadas pela produção, assim como, o local.

Em 2008 surge o Castelo da Fantasia idealizado pela ÓTIMA EVENTOS, leia-se Alexandre Maluf e Rodrigo Lauande. Em sua quarta edição, o Castelo da Fantasia, aconteceu no Mirante da Lagoa,  misturando vários estilos musicais, que foi do Pop Rock ao axé music, com incursões pela música eletrônica.

#SERVIÇOS

O QUÊ? – CASTELO DA FANTASIA – 5 ANOS

QUANDO? –  07 DE DEZEMBRO

ONDE? – CONFIRMAÇÃO

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Mil e Uma Músicas Para se Ouvir Numa Sexta Básica

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Se tem um banda que acho visceral e toca na minha vitrola é Rage Against The Machine, banda de rap-metal norte-americana, uma das mais influentes e polêmicas da década de 1990.

O Rage Against The Machine é basicamente um instrumental pesado, com os vocais inspirados no rap, como de influência, Afrika Bambaataa, Public Enemy, Beastie Boys e Urban Dance Squad.

E vamos com [eles, Yo !] nesse momento democrático das eleições municipais do Oiapoque ao Chuí vamos com a música ferozmente política, que filosofa contra o imperialismo cultural, a desigualdade social, opressão de governos em um coquetel molotov de punk, hip hop e trash metal.   Salve, Salve…o fim de semana e Rage Against The Machine pra cabeça, tronco e membro.

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Prorrogadas inscrições Festival Viva

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Atendendo às solicitações dos artistas, a coordenação do Festival de Música Viva 400 decidiu prorrogar a data para recebimento das inscrições até o dia 15 de outubro. A Comissão de Pré-seleção do Festival Viva já avaliou mais de 300 canções entre as inscritas. A relação das 10 músicas classificadas para a primeira eleiminatória, que ocorrerá no dia 20 de outubro, no Ceprama, vai ser divulgada no início da semana que vem.

De acordo com o regulamento disponível no site www.projetosviva.com.br, cada participante poderá inscrever até três (03) canções. Não existem restrições a gêneros musicais, mas as composições deverão ser inéditas e originais, tanto as melodias, quanto as letras.

Ao todo serão distribuídos R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) em prêmios, sendo R$ 18.000,00 para o 1º classificado, R$ 12.000,00 para o segundo, R$ 8.000,00 para o terceiro e R$ 7.000,00 para a canção mais votada pelo júri popular. O melhor interprete vai receber R$ 5.000,00. Além disso, cada compositor das 10 finalistas receberá R$ 1.000,00, além de 50 cópias do CD e 50 do DVD que serão gravados ao vivo na grande final do Festival VIVA 400, marcada para o dia 7 de dezembro.

Os interessados deverão preencher a ficha de inscrição disponível no site (www.projetosviva.com.br), e enviar as músicas em formato MP3. Quem preferir pode encaminhar a ficha de inscrição preenchida e as canções (em CD ou DVD) pelos correios ao escritório-sede do projeto, localizado na Av. Ana Jansen, 475.

O Festival Viva é uma promoção do São Luís Convention&Visitors Bureau, com patrocínio da Vale e apoio do Banco da Amazônia.

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Bom Filho sempre à Casa Torna

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O cantor e compositor Zeca Baleiro apresenta a turnê ‘Calma Aí, Coração”, neste sábado (6), no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, no Calhau. Na ocasião, o artista estará apresentando ao público canções do mais novo CD, ‘O Disco do Ano’, o 9º disco de músicas inéditas de sua carreira, pela gravadora Som Livre. Na quarta-feira (3), Zeca Baleiro conversou informalmente com a imprensa, no Sebo Poeme-se (Praia Grande). Também participou de noite de autógrafos, com direito a clipes de suas músicas e a participação dos fãs que fizeram fila na Praia Grande. Sempre acessível, Baleiro respondeu a todas as perguntas feitas por jornalistas, radialistas e blogueiros, com irreverência, às vezes em tom de ironia e sempre com a língua afiada que Deus lhe deu. Ele falou sobre diversos assuntos, mas o foco principal foi o novo disco.

De Volta ao Começo

Voltar a São Luís e encontrar os amigos é sempre um prazer. Aqui, tudo começou. Eu sou anterior a Praia Grande como atração turística e já vivia artísticamente antes do projeto Reviver. Aqui, eu tomei muitas pingas e toquei em bares [lembrou o Risco de Vida]. O Riba, do Poeme-se, é um contemporâneo meu em um tempo de muita efervescência cultural, nos meados dos anos 80, quando se tinha eventos no Circo Cultural, instalado na avenida Beira-Mar, próximo a RFFSA. Foi um período efervescente, cristalino, onde muitos talentos desabrocharam. A música passou a ser levada a sério na minha vida a partir desse momento. Riba fazia parte do grupo de poetas da Academia dos Párias, um grupo de poetas que mexeu com a cena artística de São Luís. Eu era muito próximo deles. E a volta às origens é uma forma de homenagear a resistência do Sebo Poeme-se, há mais de 20 anos funcionando numa cidade sem livrarias. É lamentável para uma terra de poetas e que já foi chamada de Atenas Brasileiras. Enfim, não é um problema da minha alçada.

O Disco do Ano

O público pode acompanhar de perto o novo álbum e a resposta me surpreendeu pelo volume de gente interagindo. Nós começamos, por meio do hotsite em janeiro, mostrar os bastidores da produção do CD, com pequenos vídeos e mensagens minhas, postadas diariamente até a data de lançamento. Não era para ser um ‘Big Brother’, um ‘Reality Show’, mas pensei da necessidade de ter a cooperação do público não para tentar entender a concepção e complexidade do disco, mas para se envolver com o lúdico que existe por trás disso. A gente teve a ideia de fazer uma enquete sobre a capa do novo disco. Criamos três capas, três ensaios fotográficos. Na primeira capa, o público elegeu a capa oficial do disco. O segundo ensaio fotográfico escolhido pelos internautas ficou para a tiragem limitada do ‘Disco do Ano’ em vinil, um sonho de criança, onde presentearei Kid Vinil [pra quem eu perguntei em uma música quando ele iria gravar CD. Ele me respondeu dizendo que já tinha gravado. Ele me perguntou quando eu iria gravar vinil. Eu gravei (rsrsrs)]. Pois bem, e no que diz respeito ao terceiro ensaio foi o que mais gostei. Mas a gente perdeu e respeitou a decisão democrática. Foi um processo interessante e a gente vê o alcance que tem isso. A internete é um ‘baita’ veículo e que deve ser bem utilizado, coisas que nem sempre acontece. Pra mim, essa interação foi útil e divertida.

Brasília, por quê ?

Desde o primeiro disco, a gente tem buscado não fazer o mesmo caminho de sempre. Estrear no Rio ou São Paulo e depois fazer o caminho afora. A partir do Líricas, o meu terceiro disco, começamos a fazer isso por Belo Horizonte. A estreia do disco com Fagner foi em Porto Alegre. Baladas no Asfalto foi em São Luís. O Coração do Homem Bomba foi em Manaus e depois percorreu as cidades de Belém, Macapá, no Norte. Nunca havíamos feito no Centro Oeste, especialmente, Goiânia e Brasília, duas cidades que têm acolhido bem o meu trabalho. Veio a calhar um produtor nos procurando, querendo fazer a estreia do show em Brasília, no palco enorme do Villa-Lobos, embora abandonado, é um palco histórico e não recusamos o convite. Foi um misto de desejo e acaso para realização do show. Embora sendo maranhense, o importante é descentralizar, pois traz satisfação pessoal. E o interessante é curtir outra temperatura, fugir do circuito Rio-São Paulo, que tem um público formador de opinião e já conhecido, em que a reação em certo sentido é previsível.

Heterogêneo

Sei que onde tem gente tem encrenca. Fiz a escolha de trabalhar com vários produtores para fugir um pouco desse trabalho de produção. Já fiz meus próprios trabalhos e alheios. Essa responsabilidade passei para outros produtores. É legal ter outra pessoa de fora para que se tenha um embate. E dizer isso não tá legal, poderia ficar melhor. Sozinho você tem que decidir tudo. Eu acabei virando uma espécie de gerente de produção descentralizador dessa loucura criativa toda. Mas, coisas incriveis aconteceram até porque trabalhei com gente que nunca tinha trabalhado. Uma delas foi o Luís Brasil, um cara que adoro o que faz. Já trabalhou com Cassia Eller, Jussara Silveira, além do Beto Vilares, que tem produzido muita coisa interessante. Já produziu com Céu, Siba e faz trilha sonora para cinema. Algumas pessoas que vestiram algumas dessas canções me surpreenderam bastante. E como sempre fui promíscuo desde o começo da carreira. Já trabalhei com muita gente. Nesse disco, tem as participações de Wado, da cantora japonesa Kana, Frejat, Margareth Menezes, da minha irmã Lúcia Santos e de Chorão, de quem sou fã, e Andréia Dias, uma figura da geração posterior a minha e que acho muito boa artista. No meio dessa diversidade, já fiz discos enxutos. Mas eu gosto dessa confusão, pois sempre sai uma coisa interessante. As pessoas ficam muito obcecadas por unidade. A pergunta que mais ouço é esse disco não tende a ficar sem unidade ? Eu respondo: nem Deus é uno. A bagunça, a confusão, a heteregoneidade me interessa muito mais como artista.

Show

Quando eu lanço um disco e faço o show, gosto de centrar naquele disco, senão corre o risco de ficar o cantor das mesmas 15 e 20 músicas de sempre. Levarei para o palco aquelas músicas que todos cantam juntos. Mostraremos as canções mais antigas de maneira reciclada, rearranjadas. Mas o show é bastante centrado no repertório do novo disco. Foram preparadas algumas projeções para o show. Tem releituras de Martinho da Vila, Marina Lima, e algumas surpresinhas…

MPM ?

A projeção dela lá fora ainda é muito desconhecida. Não sei explicar o que acontece. A gente é rico em talentos, mas a produção cultural local não consegue transpor barreira. Nem se pode justificar mais que é pela distância geográfica, argumento esse que era justo quando se tinha dificuldades para se gravar disco anos 70. Os artistas tinham que ir para Belém, Recife, para gravar. Na época, em São Luís, existia a Sonato, um ponto de resistência, mas que era insuficiente. Recife virou matriz cultural do Nordeste, mas em termos de produção cultural, acho que a gente não fica a dever. Tem alguma coisa que impede que essa música se expanda. Aí, é assunto para antropólogo, sociólogo ou, quem sabe, um cientista político e não para um belo compositor popular. Como diria Tom Jobim: ‘o caminho, a saída, é o aeroporto do Tirirical (rsrsrs).

Ano do Brasil em Portugal

Foi no domingo 23, [parece mais a música de Jorge Benjor, rsrsrs] que me apresentei no show de abertura do Ano do Brasil em Portugal, em Lisboa, evento que reúne uma série de atividades culturais dos dois países. E nesse dia me apresentei e dividi o palco com Martinho da Vila, Zé Ricardo, Pedro Luís e os artistas portugueses Paulo Gonzo, Carminho e o rapper Boss AC. Foi um show coletivo, mas deu entrada para que volte para lançar o ‘Disco do Ano’, em Portugal. Lancei os meus discos lá. Embora com a crise econòmica é um mercado muito interessante pra mim. Eu gosto muito de lá.

Pra Que Pensar ?

A Música Popular Brasileira está fofa. A música é uma crônica de costumes, narra a história de um tempo, de uma época. Nos anos 60, 70, a música era rica porque a época exigia isso. Os anos 80 foi marcado por  outro momento. Hoje, predomina uma alienação que vai além do político. Temos menos teor ideológico. Eu não sei explicar direito. Mas acredito que tem haver com o mundo tecnológico, com esse mundo digital, das redes sociais. Isso tem criado uma neblina no pensamento. Eu tenho dois filhos adolescentes que estão inseridos nesse contexto. Eu sei bem que é isso. A gente próprio não está imune desse contágio. A internet é uma coisa viciante, ‘quanto cocaína e tão perigosa quanto’ [brincou]. A gente tem que ter muito cuidado com essas coisas. Como pai, estou sempre atento. Essa geração já nasceu dentro desse mundo. É uma geração muito pouco instigada a pensar, a questionar o mundo. Talvez, por isso, haja essa falta de estofo crítico nas canções feitas hoje. A gente vive um momento de fofura na música. Eu, também, tenho meu momento de fofo. Acho legal canções delicadas. Gosto do lado feminino no sentido grego da palavra. Mas acho que é preciso pintar a porta, de uma certa rudeza. Acho que o meu trabalho é uma transição entre tudo isso. Enfim, a música que predomina hoje é bonitinha, bacaninha, porém inócua. Ah, não sei se a música, hoje, tem o poder de outrora de mudar o quadro social e político. A internet tem mais poder. É terrível, [eu] um compositor popular, um cara que vive de música ter que falar isso. A internet tem mais poder de transformar, efetivamente, uma situação do que a música. A música virou uma trilha, um pano de fundo, um BG (background). Infelizmente !

A Música: uma brincadeira

O Funk da Lama é uma brincadeira. A princípio, os músicos não queriam dançar a coreografia. Aumentei o cachê e disse a eles que iriam ganhar muitas meninas [brincou Zeca]. Eu criei o funk e, especialmente, inventei a coreografia. Perguntaram porque não contratava bailarinos para dançar o funk. Eu preferi apostar nos músicos, pois a ideia que ficasse tosco e ridículo para combinar com a ironia da música. Os músicos gostam muito. É o melhor momento do show. Tudo não passa de uma brincadeira. A música é uma brincadeira. A matéria musical é uma celebração. Ela ganhoi outros contornos com o tempo se tornando uma coisa séria demais, talvez porque o momento político, social do mundo, exigia para que ela se tornasse séria. A música é um vínculo de entretenimento. Contesto quem fala que a música tem que ter sempre um papel social. Eu acho que não tem que ter (a priori), senão James Brown, Michael Jackson e Tim Maia seriam lixos ? A música é dança, obviamente, ela carrega em si um potencial incrível de comunicação, de interferências na vida das pessoas. É uma possibilidade imensa. Isso sim. Se a música tem todas essas possibilidades, vamos usá-las…

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