Palco Sunset faz o diferencial no Rock In Rio

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A abertura da 13ª edição do Rock In Rio foi um espetáculo à parte. Mas, por alguns segundos, esqueça alguns atrativos (como a tirolesa, as tendas eletrônicas e o show Rock Street) e o Palco Mundo (o palco principal). O espaço pode não ter sido o mais visitado, mas com certeza a abertura do evento teve um de seus melhores show no palco menor: no Palco Sunset.

Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Se Orelha Negra e Flávio Renegado não mostraram muito bem a que vieram, a diversão, por um lado, entrou de classe no show da banda Vintage Trouble. O grupo esboçou riffs, pulou no palco, agitou mesmo aqueles que desconheciam qualquer canção do setlist e, por mérito do vocalista Ty Taylor, colocou todos para dançar, dançando junto com a plateia, literalmente: se jogando nela.

A entrada de Jesuton, posteriormente, que teve seu ápice na execução da bombástica “Mas Que Nada”, que pôs roqueiros e fãs, juntos, em uma roda de samba, foi bem recebida por todos ali presentes. As dobradinhas seguintes, com Maria Rita e Selah Sue e, depois, Living Colour e Angelique Kidjo, mostrou o quanto acertado foram as escolhas para as dobradinhas. A filha de Elis Regina renegou o título e mostrou que tem samba nos pés e, principalmente, no vocal: foi, cantou, “acreditou na rapaziada”, pôs a belga Selah Sue no meio da roda e concluiu sua participação com uma belíssima versão de “Cara Valente”.

Tão afinados quanto foram os caras do Living Colour que mostraram que não somente de nostalgia vivem os hits. Ao menos, não o deles, que sobrevivem, inclusive, ao som de muito groove e funk. O som tribal de Angelique Kidjo, que apesar de ser desconhecida por boa parte de quem estava ali, foi essencial para dar brilho à uma noite que, para muitos ali, estava apenas começando.

Pena que, antes mesmo do Living Colour sair do palco, Ivete Sangalo começava no palco principal e o público, que nem era tão grande, já se via dispersando. Talvez o palco secundário tenha sido, sim, uma boa escolha para estes artistas. Todavia, o palco foi pequeno para tanto talento exposto.

Texto: Gustavo Sampaio / Enviado Especial Mirante

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