Teatro Redentor, do Maranhão, em Festival no Ceará

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“Para uma avenca partindo”, do Teatro do Redentor, representa o Maranhão, no 23° FNT – Festival Nordestino de Teatro, que acontece a partir deste domingo, dia 3 de setembro, e vai até o dia 10 de setembro, em Guaramiranga, cidade serrana do Ceará.

"Para uma avenca partindo", do Teatro do Redentor, representa o Maranhão, no 23° FNT - Festival Nordestino de Teatro, no Ceará. Foto: Divulgação
“Para uma avenca partindo”, do Teatro do Redentor, representa o Maranhão, no 23° FNT – Festival Nordestino de Teatro, no Ceará. Foto: Divulgação

O texto de Caio Fernando Abreu ganhou esta adaptação de Josué Redentor, que divide o palco com o pianista Evgeny Itskovich. A montagem do grupo maranhense tem a direção de Áurea Maranhão,  com o apoio de Maria Itskovich. A apresentação, que integra a Mostra Nordeste, carro-chefe do Festival, será no dia 8, às 19h no Teatro Rachel de Queiroz.

Concepção

O espetáculo, concebido, há anos, por meio de experiência na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), foi apresentado em diversos espaços locais, sempre com boa aceitação do público. Maria Itskovich disse que já assistiu a várias montagens da peça, mas segundo ela, o trabalho evoluiu, está mais maduro.

– Nós passamos por diversas transformações que fazem parte do processo da montagem do espetáculo. Estamos sempre experimentando fórmulas novas, reinvenções, para que o monólogo tenha consistência e se legitime a cada apresentação. Enfim, esse é o desafio. Sinto que o trabalho está mais maduro. Ganhou uma textura, uma qualidade muito grande com a presença de Áurea Maranhão na direção. Ela veio para polir o trabalho desenvolvido com competência pelo Josué como ator e Eugene como autor da trilha sonora do espetáculo. Até pouco tempo estávamos em fase de transformação. Áurea trouxe novos elementos na cenografia como um todo – ressaltou.

Protagonista

Josué Redentor diz que “Para uma Avenca Partindo” retrata a história de um rapaz que tenta dizer algo ao seu amor antes que ele parta. Estando na estação de ônibus o rapaz fala, mas não diz nada. Seu amor parte sem que ele consiga exprimir todo o sentimento contido. O conto é metafórico e carrega na avenca sua principal indagação.

– As avencas são plantas que denotam fragilidade e são difíceis de crescer, além de carregarem a fama de espantar o mau-olhado e capazes de absorver as energias negativas – define.

Josué Redentor é ator, encenador, graduando do curso de teatro da UFMA, técnico em artes cênicas, habilitado na escola Cacem/Centro de Artes Cênicas do Maranhão e professor de Expressão Teatral no NASA/Núcleo de Assistência a Saúde do Adolescente, projeto de extensão da UFMA.

Ativo no campo das artes há nove anos, já participou de várias montagens com diversos grupos de teatro do Maranhão e já fez parte do elenco fixo da Companhia Tapete Criações Cênicas e do Grupo Teatral Improviso.

Trilha Sonora

Indagado sobre a participação na peça, Eugene diz que, embora seja um monólogo e intimista, a trilha existe como um diálogo.

– Embora seja um monólogo, a peça não é formal. Eu criei uma trilha sonora conceitual e autoral em que interfiro na própria ação do ator. Embora intimista, a trilha ajuda a entrar no ambiente da peça e aproximar mais o público. Enfim, é uma triangulação entre o músico, o ator e o público. Temos uma ampla liberdade de interação – assegura.

Conquista

“Para uma Avenca Partindo” passou por um processo de seleção concorrendo com várias peças teatrais de todo o país e acabou sendo selecionada para participar do festival.

Eugene disse que a peça seguiu os critérios da seleção e foi selecionada. Para ele, é uma conquista justa de um trabalho que está dando certo.

– Passamos pela seleção. È a nossa apresentação fora do Maranhão. É uma realização muito grande. É a valorização de um trabalho contínuo – acrescenta.

Para Maria Itskovich, é uma experiência muito valiosa está participando de um festival em que vai mostrar o cenário do que está sendo produzido no universo do teatro brasileiro.

– É um reconhecimento para o trabalho que está sendo feito. Estamos na expectativa e ansiosos. É uma troca de conhecimento participar do festival. Vamos representar o Teatro do Maranhão o que não deixa de ser um desafio e um grande orgulho. Vamos mostrar a consistência do trabalho. Esperamos que seja a primeira de muitas apresentações do espetáculo fora de São Luís – admite.

Intercâmbio

Áurea Maranhão, diretora do espetáculo, garantiu presença em Guaramiranga. Ela disse que o mais importante para a vida de um espetáculo é que ele circule, viaje, seja visto.

– A peça esteve em temporada na Pequena Companhia de Teatro, numa linda parceria com o grande diretor Marcelo Flecha e circulou alguns festivais em São Luís. E levar o nosso trabalho para além do Maranhão, gera a possibilitar esse intercâmbio, pois levará gente do Brasil para Guaramiranga, no Ceará – pontuou.

Possibilidade

Sobre a possibilidade de transformar a peça em filme, Áurea disse que é mais um projeto em parceria com o Teatro do Redentor, o Espaço ECI MUSEUM / Museu Russo do Maranhão e o NUPPI / Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem.

– Mas não está finalizado, trabalhamos num caráter de pesquisa e sem financiamento. E sabemos o que implica um processo cinematográfico. Nosso desejo é buscar financiamento para finalizar esse projeto – finaliza.

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