Movimento “Food Bike” em São Luís

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A bicicleta passou a ser mais do que um meio de transporte. Uma oportunidade de negócio. Uma ideia criativa e sustentável. Não é preciso usar gasolina. Sem esquecer que a bicicleta é um transporte básico e prático para circular por vários lugares. Um detalhe: não basta só vender o produto é preciso vender uma ideia.

Bike Emporium. Foto: Divulgação
Bike Emporium. Foto: Divulgação

As “food bikes” ou “bicicletas que vendem alimentos”,  já chamam a atenção de quem quer montar seu próprio negócio e oferecem além de bom atendimento e visual descolado, comida de qualidade.

O editor do Blog, o jornalista Pedro Sobrinho, conversou com a maranhense Nágela Braga Nacarino, designer, especializada em ambientação e móveis planejados, além de ser uma das protagonistas do movimento de food bikes em São Luís.  Para Nágela, o “food bike” é uma alternativa econômica e sustentável de negócio, principalmente, em tempos de crise.

PEDRO SOBRINHO: Por que você optou pelo “food bike” como empreendimento ?

NÁGELA NACARINO – É um mercado bacana e com a crise muita gente está procurando um negócio mais barato. Já fiz muitos projetos de lojas físicas e que fecharam com essa atual realidade econômica do país. Enfim, os food bikes são mais em conta e rentáveis. Criamos algumas prerrogativas para estar no grupo. Temos que ter bons produtos, a preocupação com a manipulação de alimentos (higiene), além de conhecer de gestão e abordagem ao cliente participando de curso. Nos consideramos microempreendedores individual. O “food bike” é uma alternativa econômica e sustentável de negócio, principalmente, em tempos de crise.

PEDRO SOBRINHO – Quem idealizou o movimento das “food bikes” para São Luís ?

NÁGELA NACARINO – As pessoas tomaram conhecimento por meio das mídias TV, Internet, ou viajando. O movimento ganhou corpo em São Luís, agraças a Danielle Martins, dona da Doce Momento, que vende brigadeiros. Ela colocou no facebook e logo começou a aparecer pessoas interessadas. Eu, também, dei a minha parcela de contribuição. Como desenho e crio, me questionei. Por que não começar a fabricar ? Fiz uma food bike de paleta mexicana. O cliente adorou. Depois criei a minha que se chama Empório. Passei a andar com a minha pelas ruas de São Luís. Uma pessoa viu no Instagram. Enfim, foram várias ações que resultaram na construção de um grupo. Hoje tem 17 food bikes em São Luís. Fazemos o encontro mensal no Espigão, mas cada membro do grupo tem o seu ponto fixo de venda e outros circulam pela cidade.

PEDRO SOBRINHO – Já existe uma Associação para organizar e defender a categoria ?

NÁGELA NACARINO – Estamos nos mobilizando para a criação da nossa Associação. Juntos a gente se fortalece mais. Vamos ter normas e com certeza a gente vai se organizar mais e oferecer um serviço cada vez mais de qualidade aos nossos clientes.

PEDRO SOBRINHO – Qual o produto que você trabalha ?

NÁGELA NACARINO – O food bike é um empreendimento rentável por não pagar aluguel, além de possibilitar que eu comercialize um produto a um preço acessível ao cliente. Eu trabalho com venda de bruschettas (um antepasto italiano feito à base de pão, que é tostado em grelha com azeite e depois esfregado com alho) e vinhos. Vendo uma taça de vinho e não cobro igual como se estivesse vendendo em um bar. Isso atrai o cliente.

PEDRO SOBRINHO – Além do produto que você vende, o visual e a criatividade da “food bike” são atrativos significativos para comercialização ?

NÁGELA NACARINO – Quanto mais bonita, personalizada a tua bike, se torna mais funcional e chama mais atenção do cliente e facilita na venda. Assim como eu outras pessoas do grupo têm sido contratadas para festas.

PEDRO SOBRINHO – Quanto custa a montagem de uma “food bike” ?

NÁGELA NACARINO – Depende muito do gosto de quem está interessado em empreender com as food bikes. A pessoa pode comprar uma bike usada e transformá-la. O trabalho de fabricação fica em torno de R$ 2,5 mil, das mais simples. Existem casos em que o preço chega entre R$ 5 mil e R$ 5,5 mil. Essas são as mais elaboradas que pedem um freezer pequeno, um fogão, forninho. Enfim, você pode fazer tudo.

PEDRO SOBRINHO – Como vocês trabalham a divulgação das food bike ?

NÁGELA NACARINO – Estamos bem fortes nas redes sociais: Facebook, Instagram.

PEDRO SOBRINHO – O local de encontro dos donos de “food bike” em São Luís ?

NÁGELA NACARINO – Além do encontro mensal no Espigão, os donos de bikes cujo os produtos tem afinidades com eventos musicais marcam presença no RicoChoro Com Vida, estiveram no Festival de Jazz de São José de Ribamar. Algumas bikes vão estar no Festival BR-135, que ocorre no fim de semana, na Praia Grande

PEDRO SOBRINHO – Como deve proceder quem estiver interessado em investir e empreender com as Food Bikes em São Luís ?

NÁGELA NACARINO – Basta entrar em contato comigo pelo (98) 98104-2729. O cliente me liga e eu pergunto o que o cliente quer vender. Dependendo do produto eu elaboro um projeto focando um plano de negócios, identidade visual e uso a criatividade na montagem de sua food bike. Depois de pronta é apostar no sucesso do negócio.

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