O Brasil atrás das grades ???

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“Alguma coisa está Fora da Ordem. Fora da Ordem Mundial”. Assim está o Brasil de hoje, completamente descompensado. Alguns especialistas dizem que a crise é uma tendência global, provocada pelo neoliberalismo, o retorno da Revolução Industrial e o discurso conservador extremista de alguns segmentos da Humanidade. Enfim, estamos no Milênio do salve-se quem puder !

Foto: Carta Capital

Enquanto a sociedade civil vivencia a política eterna do “Pão e Circo” e do “Admirável Gado Novo”, no sistema carcerário brasileiro o bicho pega. Nem bem 2017 começou, logo no primeiro mês do ano, a barbárie, decapitações, entre outros tipos de mutilações, aterrorisam os presídios do Amazonas, Rondônia e Rio Grande do Norte, como se estivéssemos na Idade Média. Os dados apontam para 133 presos assassinados, superando o massacre do Carandiru, em SP, em 2 de outubro de 1992. O medo é que o vírus da violência se estenda às carceragens do Oiapoque ao Chuí.

A coisa está tensa, mas não devemos perder a esperança, já que sempre existe uma luz no fim do túnel. Agora, é preciso mudar o discurso.

A chamada liberdade de expressão deve ser respeitada. Mas, não devemos ser coninventes com o pensamento tipo do secretário Nacional da Juventude, Bruno Júlio (PMDB), que defende as chacinas por semana em presídios, como forma de amenizar a violência. E por conta do seu discurso preconceituoso e insano acabou virando “ex”.

Triste ouvir a declaração do Chefe do Executivo Nacional, Michel Temer (PMDB), em Rede Nacional de Rádio e TV, conceituando as rebeliões como um acidente. Ele esqueceu de perceber que a crise carcerária é séria e que precisamos de mais ética na política nacional e que “a fome é o esperma entre as pernas da violência”.

E no achismo, vem o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, com o discurso de construção de mais penitenciárias no País, esquecendo, também, que a violência seria uma exceção e não uma regra, se o alto investimento feito na área da Segurança pudesse ser transformado na construção de escolas, teatros, centros esportivos, etc.

Não devemos, também, concordar com uma sociedade civil, que se sente à deriva, e haja destilar pelos quatro cantos que “bandido bom é bandido morto”, como a criminalidade fosse um problema apenas do outro. A gente esquece que somos todos psicopatas sociais. Uns menos outros mais.

Enfim, não é fácil a tarefa de se combater o crime intitulado como organizado no Brasil e de se instituir uma cultura de paz em uma sociedade, vítima da insegurança, em um País com mais 700 mil presos, ocupando o quarto lugar no “ranking” das maiores populações prisionais do mundo – perdendo apenas para os Estados Unidos, China e Rússia.

A população prisional brasileira cresce em ritmo acelerado e segue alocada em condições precárias, apesar dos recentes investimentos bilionários do governo.O número de pessoas presas no Brasil é equivalente mais de seis Maracanãs lotados, numa constatação que, nos últimos 15 anos, o Brasil é o segundo país que mais prendeu pessoas. E mais, o sistema carcerário no Brasil tem nome e endereço, em sua maioria: (pobres, pretos(as), moradores de comunidades vulneráveis socialmente).

Diante desse quadro real, não é aumentando o número de penitenciárias, a pena do preso, prisão perpétua, pena de morte, ou com o discurso demagogo de ressocialização, que o problema será solucionado.

Lamentavelmente, vivemos num Brasil de “casta”, que segrega economicamente e socialmente, onde o crime, a corrupção e a economia estão sem controle. Assim fica difícil se dar um ponto final a um problema de alta complexidade.

Pra não achar que sou maluco e pessimista de plantão, prefiro relaxar comungando do pensamento de ‘coxinhas’ e da maioria dos brasileiros otimistas. Vou brincar o Carnaval e acreditar que toda essa crise institucional, de valôres, é passageira. Será normalizada após a Quarta-Feira de Cinzas.

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Apenados realizam Exposição na Casa do Maranhão

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Telas pintadas por internos do sistema prisional do Maranhão, ganharam espaço na exposição de arte “Outro Olhar”, que ocorre até o dia 16 de dezembro, na Casa do Maranhão, Centro Histórico de São Luís.

Exposição "Arte no Olhar" feita por internos e internas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Foto: Divulgação
Exposição “Arte no Olhar” feita por internos e internas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Foto: Divulgação

Aberta no último dia 29 de novembro, a mostra é mais uma iniciativa de valorização do apenado. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Supervisão de Assistência Religiosa.

No total, estão sendo expostas ao público 30 obras, sendo 20 destas produzidas pelos detentos.  Das 30 telas, 10 são de criação das internas da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) Feminina de São Luís.

Os internos da UPSL 1, antiga Penitenciária de Pedrinhas, pintaram as outras 10; e as demais fazem parte do trabalho desenvolvido pelo artista plástico e pastor, Venino Aragão, que com sua esposa, a pastora Estela Maris, mantém no sistema carcerário, desde 2014, o projeto “Arte nos presídios”.

As imagens retratadas nas telas mostram, em sua maioria, a visão do interno sobre o sistema prisional e, também, cenários de natureza e imagens que estão relacionadas à vida fora do cárcere como, por exemplo, o quadro que mostra uma avenida cheia de prédios, ou uma casa perto do rio.

O Projeto

O projeto “Arte nos Presídios”, o qual deu origem à exposição de arte “Outro Olhar”, nasceu em 2014 com intuito de valorizar trabalhos artísticos desenvolvidos no sistema prisional do Maranhão

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