Thriller: uma biografia musical mais-que-perfeita

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Para comemorar 25 anos de lançamento do álbum “Thriller”, de Michael Jackson, chega às lojas brasileiras uma versão resmaterizada e ampliada do disco: além das faixas originais, há reinterpretações de músicas como “Beat It” e “Billie Jean” por artistas como Fergie e Kanye West, além de um DVD com quatro vídeos.

Lançado em novembro de 1982, “Thriller” tornou-se um dos discos mais vendidos de todos os tempos. Segundo a gravadora Sony BMG, vendeu até hoje 105 milhões de cópias. Segundo o livro “Guinness”, foram 55 milhões. Em termos comerciais, seu único concorrente é o “Their Greatest Hits 1971-1975”, da banda Eagles.

Michael Jackson reuniu-se com o superprodutor Quincy Jones para o início das gravações de “Thriller”. Convocaram um time variado de músicos experientes, rodados –entre eles estava o percussionista brasileiro Paulinho da Costa, que já havia trabalhado com o cantor na época do Jackson Five e no disco “Off the Wall” (1979).

Hoje com 59 anos, Paulinho vive nos EUA desde 1973. Participou de discos de inúmeros artistas, como Sergio Mendes, B.B. King, Curtis Mayfield e Barry Manilow.

Após tantos anos, o percussionista afirma não se lembrar por quanto tempo trabalhou nas gravações de “Thriller”, mas disse que mantém contato com Michael Jackson: “Ainda converso com ele de vez em quando. Espero que esse relançamento ajude a carreira dele”.

“‘Thriller’ é um divisor de águas. Quebrou barreiras. O disco ainda é ouvido por todos. Foi um disco concebido com Michael Jackson maduro e a genialidade do Quincy Jones. Está de volta, com pouca inovação, mas ainda perfeito como alguns outros álbuns clássicos.

Segundo jornalista Thiago Ney, da Folha de São Paulo, “após “Thriller”, Michael Jackson ficou branco e não fez nada que chegasse perto da qualidade daquele disco”.

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Música como efeito terapêutico

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Da BBC Brasil

Um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica “Brain” sugere que escutar música pode auxiliar a recuperação de pacientes que sofreram derrame.

Os cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, realizaram o estudo com 60 pacientes internados para se recuperarem de derrame e que apresentavam problemas de cognição, como dificuldade de concentração e memória.

Eles dividiram os pacientes em três grupos: o primeiro foi exposto à música durante duas horas por dia, o outro era formado por pacientes que ouviam livros-áudio e o terceiro não foi expostos a nenhum tipo de estímulo auditivo.

Após três meses de pesquisa, os cientistas observaram que a memória verbal melhorou em 60% entre os pacientes que ouviam música, comparado com apenas 18% do grupo dos livros-áudio e 29% entre os pacientes que não receberam estímulos auditivos.

Além disso, os pacientes do grupo que ouviu música durante a recuperação demonstraram uma melhora de 17% na concentração e na habilidade de controlar e realizar operações mentais e resolver problemas.

De acordo com Teppo Sarkamo, que liderou a pesquisa, a exposição à música durante o período de recuperação “estimula a atividade cognitiva e as áreas do cérebro afetadas pelo derrame, além de ajudar a prevenir a depressão nos pacientes”.

Ele afirma ainda que a terapia com a música tem a vantagem de ser barata e de fácil realização.

Estímulos

Os cientistas têm várias teorias para explicar o impacto dos estímulos musicais na recuperação dos pacientes.

Segundo os pesquisadores, é possível que os pacientes que ouviram música tenham demonstrado melhora mais rápida, pois o estímulo musical poderia agir diretamente nas áreas do cérebro afetadas pelo derrame.

Outra possível explicação, segundo os cientistas, seria que a música poderia estimular os mecanismos relacionados a habilidade do cérebro em consertar e renovar as redes nervosas depois do derrame.

Além disso, outra teoria levantada pelo estudo seria de que os estímulos musicais poderiam agir na parte do sistema nervoso relacionada com o prazer, a gratificação e a memória.

Pesquisas

Sarkamo afirma que, apesar dos bons resultados, a equipe precisa realizar ainda mais pesquisas para confirmar os efeitos do estudo.

Ele ressalta ainda que não é possível afirmar que a terapia musical irá funcionar em todos os pacientes.

“Ao invés de uma alternativa, ouvir música deveria ser considerado como um tratamento adicional a outras formas de terapia, como a terapia da fala ou a reabilitação neuropsicológica”, disse.

De acordo com Isabel Lee, da Associação de Derrames, o estudo é bem-vindo.

No entanto, ela afirma que “é necessário que a equipe realize mais pesquisas sobre o efeito da música nos pacientes de derrame antes do tratamento ser implementado em larga escala, já que os mecanismos destes efeitos ainda não estão claros”.

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“Entra no clima e Pira, Pira, Doido”

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Andrezinho Vibration, um nome não pode ser esquecido quando o tema é ‘reggae roots em São Luís’. O cara está há 10 anos, sempre com a fiel companheira Vibration Sound, em bares da cidade. A “neguinha”, como conceitua André, tem uma legião de adeptos e muitas histórias para contar ao longo de uma década. Numa conversa informal e virtual com o jornalista Pedro Sobrinho, André desabafa sobre a cena do reggae em São Luís e fala sobre equilíbrio e inovação para que o trabalho com a noite e o reggae tenha vida longa.

Blog: Qual a avaliação que você faz de 10 anos comandando uma radiola especializada em divulgar o reggae ?

Andrezinho Vibration: Primeiro gostaria de frisar que nesses 10 anos de trabalho nunca tive uma estrutura de radiola, os famosos paredões que simbolizam de fato o reggae maranhense. A Vibration Sound é sinônimo de discotecagem e não de radiola de reggae. Esse é o meu principal diferencial nesses dez anos, quando comecei tocando em P.A. e fiquei. Uma década é um caminho longo e a única coisa que eu faço na minha vida é me dedicar ao reggae. O resultado que eu tive foi concretizar um movimento na capital do reggae, um movimento dedicado ao Roots contemporâneo e principalmente o reggae nacional, a prioridade. O “roots”, que antes colecionadores e empresários do setor anunciavam como música antiga, velha, etc… continua sim sendo produzido. Com bons exemplos: Soja, Groundation…

Blog: Como surgiu a inspiração para o jargão: “Entra no Clima e Pira Pira Doido”?

Andrezinho Vibration: Eu não tinha muito contato com o microfone. Foi em uma das noites no Tombo da Ladeira..então tinha um cara que toda hora chegava até mim e dizia: fala alguma coisa. Aí eu envergonhado afim só de botar som respondia: daqui a pouco, daqui a pouco. Cara isso era a noite toda esse cara me perturbando para falar alguma coisa…aí pra ele se tocar eu falei no microfone: ENTRA NO CLIMA E PIRA PIRA DOIDO. Cara, ele me olhou e veio até mim de novo… “fala de novo isso aí”. Aí, ficou cara, pegou mesmo. Desde esse dia nunca mais vi esse cara que me ajudou a criar esse jargão. Agora quando estou discotecando, essa experiência pra mim é quase uma “ atuação” espiritual rsrsrsrsrsrs. É quando estou botando som é que surgem essas frases de acordo com o comportamento do público, tenho outras como “Quem não tem par dança com a sombra”, o público se diverte com isso.

Blog: Na sua opinião São Luís é realmente a Jamaica Brasileira ou capital brasileira do reggae ?

Andrezinho Vibration: Acho que já foi. Hoje São Luís vive dois momentos no reggae: O eletrônico com músicas produzidas por cantores que não conseguem falar nem inglês e cantam desafinadamente, mas tem espaço porque são produtos das próprias radiolas de reggae. Considerando que é a única maneira delas permanecerem com “exclusividade” usando “falsos” cantores, sem se importar que lá fora esse produto é chamado de “Rebrega”. E por outro lado temos o reggae nacional e roots comtemporâneo, movimento que engloba mais um público de classe média e média alta que pesquisa reggae, que tem a internet como aliado desse movimento, curte show das bandas locais, que escuta reggae produzido de qualidade. Com relação a Jamaica brasileira não está apenas no âmbito da música. No trade turístico isso deveria ser um atrativo. Mas você visita alguns clubes de reggae e o que encontra? Péssima receptividade e a própria informação dos nativos: aha…reggae aqui é sinônimo de violência. Acho complicado, mas acredito que a Jamaica Brasileira tem tudo pra voltar o que era. Agora, falta união da classe regueira. Falta interesse de todos.

Blog: A impressão é de que você caminha na contramão de quem faz o reggae de radiola popular. Como é a sua relação com este segmento do gênero em São Luís ?

Andrezinho Vibration: Vejo a radiola de reggae apenas como símbolo do reggae maranhense. Acho que se perdeu muito depois da morte de Antonio José, um DJ ícone das radiolas e se perdeu mais com a falta de interesse de se buscar novos trabalhos. Acho que essa de economizar com as importações de discos, no ínicio da década de 90, e promover alguém sem gabarito para cantar em cima de batidas eletrônicas piorou muito o nosso movimento. Aí mesmo que as nossas bandas se apagaram deixaram de ser mais audaciosas e muitas ficaram na mesmice. Fico estarrecido ainda com a qualidade dos programas de reggae nas emissoras de rádios e televisão. Falta informação sobre músicas, cantores…na verdade eu não vou falar o que vc já sabe né…são programas direcionados para promoção individual e não coletivo…. A minha relação com o segmento é de respeito e como estamos falando de meios que chegam de fato a ‘massa’, eu acredito um dia quem sabe numa mudança: o povo do reggae merece sim ouvir música de qualidade.

Blog: Você e a Vibration Sound funcionam como porta-voz das bandas de reggae em São Luís. Como você enxerga a cena de bandas locais ?

Andrezinho Vibration: Engraçado que quando comecei a divulgar o reggae maranhense no meu som, eu não tinha nem os discos. Tocando em MD eu gravava os shows ao vivo nas minhas festas e colocava as músicas da galera nas noites da Vibration. É tanta coisa pra criticar…temos poucas bandas, poucos espaços ainda para divulgá-las, poucos trabalhos produzidos. Infelizmente o cenário maranhense que deveria ser o mais forte é o mais fraco. Perdemos para cidades como Natal e Belo Horizonte. O mais grave é com relação ao empresariado que não aproveita o estilo de reggae que só é feito aqui, um groove único. Mesmo assim admiro muito as bandas daqui por tentarem a sobreviver na “Jamaica Brasileira” que tanto se fala lá fora.

Blog: Dez anos de militância na noite não representam dez dias. O que fazer para se manter o trabalho em evidência?

Andrezinho Vibration: Eu tenho lutado muito para manter o meu trabalho equilibrado. Nessa década de aniversário refleti muito sobre o tipo de discotecagem que faço e tenho planos para inovar. Também estou me reservando mais. Firmei contrato de fidelidade com o Bar do Nelson e ficarei tocando apenas uma vez na semana. Mas também estou elaborando projetos independentes sempre visando o intercâmbio com cantores de outros estados. Esse é o meu principal objetivo para manter a Vibration Sound em evidência. E tem outra coisa, minha meta também é sair do Maranhão mais vezes.

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Coletânea de rock brasileiro em revista francesa

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O Novo rock do Brasil é lançado em coletânea pela revista francesa Brazuca, publicação bilíngüe dedicada a promover a cultura brasileira na França e na Bélgica, lança a coletânea.

A compilação reúne artistas da nossa cena independente, é gratuita e está disponível para download no blog da revista. Entre as 19 bandas escaladas estão os paulistanos experimentalistas do Hurtmold, Lucy & The Popsonics, Ludov, Vanguart, O Quarto das Cinzas e outros nomes do emergente indie brasileiro.

O lançamento está sendo feito através do selo virtual Senhor F. A Brazuca existe há oito anos e é editada pelo jornalista Daniel Cariello, em Paris.

Lista de faixas

1. Los Porongas – Ao Cruzeiro (Senhor F Discos)
2. China – Jardim de inverno (Candeeiro)
3. Superguidis – Mais do que isso (Senhor F Discos)
4. Vanguart – Semáforo (Outra Coisa)
5. Ludov – Ciência (Mondo 77)
6. Beto Só – Meu velho Escort (Senhor F Discos)
7. Violins – Manicômio (Monstro Discos)
8. Hurtmold – Sabo (Submarine Records)
9. O Quarto das Cinzas – Incontrolável (Independente)
10. Charme Chulo – Mazzaropi incriminado (Volume 1)
11. Cravo Carbono – Café BR (Ná Records)
12. Móveis Coloniais de Acaju – Sem palavras (Independente)
13. Pata de Elefante – Hey! (Monstro Discos)
14. Autoramas – Hotel Cervantes (Mondo 77)
15. Volver – Pra Deus Implorar (Senhor F Discos)
16. Lucy and The Popsonics – Chick chick boom (Monstro Discos)
17. Supercordas – 3.000 folhas (Trombador)
18. Macaco Bong – Fuck you lady (Fora do Eixo Discos/Monstro Discos)
19. Pio Lobato – Tecno da saudade (Ná Records)

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Sons dos emergentes

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Escrito por: Sérgio Martins

Como gênero de mercado, a world music tem certidão de nascimento com data e local registrados. Ela veio à luz em 29 de junho de 1987, em Londres, durante uma reunião de gravadoras inglesas às voltas com uma charada: como vender artistas de países periféricos que, por um motivo ou outro, constavam de seus catálogos? O plano de ação foi modesto. Inventou-se o rótulo e uma verba de 3.500 libras foi direcionada à sua divulgação. Poucas ações de marketing devem ter sido mais efetivas na história da indústria de entretenimento. Depois que algumas publicações da época, como o New Musical Express, se converteram à causa, a onda cresceu sozinha. Grandes lojas de discos como a Virgin criaram seções específicas e de repente lá estavam, surgidos do nada, o mistério das vozes búlgaras e o falsete esquimó. A world music era uma espécie de contraparte sonora de outra invenção da época, o politicamente correto: finalmente a akadinda africana, o dan bau chinês e a flauta de junco sufi tinham sua dignidade intrínseca reconhecida; eles nunca mais seriam desprezados pelo Ocidente. A moda rendeu dividendos, mas, em meados dos anos 90, começou a arrefecer. Embora o gênero houvesse chegado para ficar, parecia que ninguém mais conseguiria ganhar dinheiro com ele como nos primeiros tempos. Até a entrada em cena do americano Dan Storper (foto). Com o selo Putumayo, que passou a ser distribuído no Brasil no fim do ano passado, ele dá a impressão de ter descoberto uma fórmula eficaz de vender a world music no século XXI. Como diria o Dr. Smith, do seriado Perdidos no Espaço: “Oh, dor”.

Storper é um empresário com antecedentes de bicho-grilo. Em 1973, formou-se em estudos latino-americanos pela Universidade Washington, nos Estados Unidos, e quis conferir na prática o que conhecia na teoria. Pôs a mochila nas costas e partiu para a América do Sul. Conheceu o Equador, o Peru, a Bolívia e a Colômbia. De volta aos Estados Unidos, descobriu que bolsas e ponchos que havia trazido na mala podiam causar comoção. “Quando uma loja de departamentos me ofereceu 5.000 dólares por uma bolsa que havia custado tostões, me vi diante de um belo negócio”, diz. Storper criou a rede Putumayo (nome de uma localidade da Colômbia), especializada em artigos do Terceiro Mundo. A música entrou na história – como não poderia deixar de ser – no começo dos anos 90. Depois de visitar uma das lojas de sua rede, em Los Angeles, e se assustar com a trilha sonora escolhida pelo vendedor – um rock pesado, com guitarras estridentes –, Storper passou a escolher pessoalmente a música ambiente e logo fundou um selo. Em 1997, a gravadora tornou-se mais rentável do que as lojas, das quais Storper se desfez. Hoje, álbuns da Putumayo não vendem menos do que 100.000 unidades por título. Em 2006, o empresário embolsou um lucro de 24 milhões de dólares.

Storper tem uma receita. Ele não produz discos inéditos, apenas licencia faixas de outras gravadoras para criar compilações. Alguns de seus álbuns são dedicados a regiões específicas do mundo, mas uma boa parte deles tem espírito ecumênico, de modo que o americano Moby pode aparecer lado a lado com Angélique Kidjo, do Benin. O ponto crucial da estratégia é deixar para trás o engajamento da world music dos anos 90. O selo não existe para educar o ouvinte inculto nem para brigar pela dignidade dos músicos africanos. “A principal missão é criar discos que façam o comprador se sentir bem”, diz Storper. Algumas coletâneas, como Asian Dreamland, têm apelo esotérico. Outras têm apelo hedonista. Com essas a Putumayo conseguiu conquistar um público de “descolados” à procura de tempero musical para um jantar ou uma festa. Em títulos como Música de Terras que Produzem Vinho, o mundo da Putumayo cabe confortavelmente em qualquer sala de jantar.

Som ambiente

Onde ouvir as coletâneas da gravadora Putumayo

MÚSICA PARA O QUARTO

Canções que ajudam a namorar – ou dormir
Exemplos: Dreamland e Blues Lounge põem as crianças a nocaute
Artistas: a beninense Angélique Kidjo e o DJ americano Moby

MÚSICA PARA A COZINHA

Coletâneas inspiradas por certo tipo de comida
Exemplos: Música de Terras que Produzem Vinho,
Música de Terras que Produzem Chocolate
Artistas: Pauline Croze e Susheela Raman

MÚSICA PARA A SALA

Serve de fundo ao bate-papo ou então anima festas
Exemplos: French Café e Cuba, repletas de canções suaves, e as sacolejantes Arabic Groove e African Groove
Artistas: o cubano Ibrahim Ferrer e o argelino Khaled

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Jazz para piralhos

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Texto: Vinícius Mesquita

Na busca incessante por harmonias e composições que acrescentem fresco ao estagnado universo do jazz dos dias de hoje, os instrumentistas Medeski, Martin & Wood resolveram lançar um disco dedicado às crianças, mas que os adultos vão gostar.

O álbum ‘Let’s Go Evereywhere’ pode ser endereçado aos pirralhos entre 4 e 12 anos, porém, os marmanjos certamente vão querer comprar uma cópia.

A intenção do tecladista John Medeski, do baterista Billy Martin e do baixista Chris Wood não foi fabricar um CD abobalhado para crianças, com uma bela mulher sorridente na capa e pronta para dizer a frase mais óbvia do planeta. Os três instrumentistas norte-americanos não subestimaram a inteligência dos garotos e compreenderam que o mais importante seria mesclar harmonias e ritmos mais complexos sem perder a sintonia com a atmosfera lúdica e cativante de personagens, contos e travessuras clássicas do universo infantil.

As canções brincam com o hip hop, o jazz funk, o rock, o velho blues e absorvem o avant-garde de Coltrane e os ritmos brasileiros, como maracatu e samba. Neste programa, foram colocadas as 15 peças deste novo álbum, lançado em janeiro deste ano, além de três clássicos do antigo repertório do grupo: “Bubblehouse” (lançada em 1996), “Where’s Sly” (93) e “The Lover” (1995).

O álbum ‘Let’s Go Everywhere’ tem participações do cantor Tim Ingham nas faixas título e ‘Pirates Don’t Take Baths’. O coro infantil foi criado com as vozes dos filhos de Wood e Martin. E até o ator John Lurie surge para narrar a mensagem positiva de ‘The Squalb’. Detalhes no site: radio.musica.uol.com.br/thatjazz

Músicas que fazem parte dessa edição

Medeski, Martin & Wood – “Waking Up” (MMW)
Medeski, Martin & Wood – “Let’s Go Everywhere” (Geoffrey)
Medeski, Martin & Wood – “Cat Creeps” (Martin)
Medeski, Martin & Wood – “The Train Song” (Wood)
Medeski, Martin & Wood – “Bubblehouse” (MMW)
Medeski, Martin & Wood – “Where’s The Music” (Wood)
Medeski, Martin & Wood – “Pat a Cake” (canção popular, domínio público)
Medeski, Martin & Wood – “Pirates Don’t Take Baths” (MMW e Ingham)
Medeski, Martin & Wood – “Far East Sweets” (Wood)
Medeski, Martin & Wood – “Where’s Sly” (Medeski)
Medeski, Martin & Wood – “On An Airplane” (Wood)
Medeski, Martin & Wood – “The Squalb” MMW e Lurie)
Medeski, Martin & Wood – “Let’s Go” (Medeski)
Medeski, Martin & Wood – “Old Paint” (canção popular, domínio público)
Medeski, Martin & Wood – “The Lover” (MMW)
Medeski, Martin & Wood – “Hockory Dickory Dock” (canção popular, domínio público)
Medeski, Martin & Wood – “All Around The Kitchen” (canção popular, domínio público)
Medeski, Martin & Wood – “We’re All Connected” (Medeski e Martin)

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Dança do traseiro vira mania na Costa do Marfim

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Deu na BBC Brasil

Uma nova dança que invadiu as pistas da Costa do Marfim gera preocupação no Ministério da Saúde do país, pois as mulheres passaram a buscar produtos ilegais para aumentar o tamanho de suas nádegas.

A dança foi criada pelos DJs Mix e Eloh a partir da música Bobaraba, que significa traseiro grande no idioma local dioula.

Enquanto a dança, que consiste em mexer o traseiro, se espalha pelas casas noturnas do país, no mercado de Adjame, no norte da capital, Abidjan, estão sendo vendidos produtos que prometem “aumentar o traseiro”.

“Você precisa injetar este líquido no seu traseiro uma vez por dia”, afirma uma comerciante mostrando um frasco com um líquido colorido rotulado como Vitamina B12.

Cada frasco custa US$ 2 (R$ 3,4). O rótulo afirma que o produto foi fabricado na China.

Com a mesma quantia em dinheiro também é possível comprar um tubo de creme. Não há receita médica ou uma lista mostrando os ingredientes do produto, apenas as palavras “Traseiro grande e seios grandes”, e duas figuras ilustrativas.

“Este medicamento pode ser perigoso à saúde, pois não sabemos quais são os ingredientes. Está sendo usado sem receita médica. O Ministério da Saúde não autorizou [os produtos], e os médicos não sabem do que se trata. Então o risco existe”, disse o ginecologista Marcel Sissoko.

No Centro de Informações de Micronutrientes da Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos, a médica Victória Drake afirma que não conhece provas científicas de que a vitamina B12 possa ser usada para tratar qualquer outra coisa que não seja a deficiência de vitamina B12.

Homenagem

Até mesmo os jogadores da seleção da Costa do Marfim podem ser vistos em campo, quando comemoram gols, fazendo a dança bobaraba.

No entanto, um dos criadores da música, o DJ Mix, afirma que a música e a dança foram criadas como uma homenagem às mulheres.

“Fizemos como um tributo às mulheres, pois as mulheres africanas são definidas pela forma de seus traseiros”, disse o DJ.

“Algumas mulheres hoje em dia, que têm traseiros grandes, ficam envergonhadas, então estamos falando para que elas não se envergonhem, fiquem à vontade”, disse Kady Meite, uma das dançarinas que se apresentam com o DJ.

O próprio DJ Mix reconhece que sua música lançou moda na Costa do Marfim, mas afirma que não incentiva nenhum tipo de tratamento.

“Se uma mulher quer dançar e quer fazer um ou dois tratamentos, não há problema. Mas não falamos para as garotas que elas precisam fazer o tratamento para aumentar o traseiro”, disse.

E a maioria das mulheres entrevistadas nas ruas de Abidjan afirmou que preferem evitar os tratamentos para aumentar o traseiro.

“Prefiro ser natural, porque dessa forma todos conhecem seu valor verdadeiro. É melhor não usar estes remédios. Não é bom, na verdade é muito perigoso”, disse uma delas.

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Chovendo na roça de Gregory Isaacs

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Gregory Isaacs, um dos cantores jamaicanos mais populares entre os amantes do reggae roots em São Luís ataca novamente com um novo álbum – “New Me”. Para promover o disco, Gregory fará uma turnê de mais de um mês nos Estados Unidos e Canadá, começando no dia 17 de fevereiro na Califórnia. Cidades como Nova York, Washington, Boston, Carolina do Norte e Virginia estão no roteiro.

Esta é a primeira grande turnê de um artista de Reggae no ano de 2008, que marca por sinal os 35 anos de Gregory Isaacs na música. A banda de apoio será a excelente “Live Wya”, que já toca com Gregory e diversos outros artistas na Jamaica há um bom tempo.

Como convidados teremos a Brasileira Soraia, que fez um cover de “She’s Royal” de Tarrus Riley em Português e o duo K Queens, que tem se destacado na cena do Dancehall em Portmore, Jamaica.

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“Futebol e Reggae: um casamento indissolúvel na Jamaica”

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A Jamaica é uma ilha no Caribe conhecida por ser o País em que nasceu Bob Marley, o rei do reggae. Alegria, irreverência, simpatia e o orgulho, são as características marcantes do povo jamaicano. Eles aprenderam a amar Bob Marley e o futebol, mostrando não ser uma pátria apenas do reggae, mas também de chuteiras.

Na série que mostra a paixão dos jamaicanos pelo esporte, destaque para o treinador brasileiro Renê Simôes, que foi contratado para uma missão: o de quebrar o jejum de Copas da Jamaica e colocar os “reggaeboys”, como são chamados os jogadores jamaicanos, na rota do futebol mundial, ou seja classificá-los para a Copa do Mundo, na África do Sul, em 2010.

Renê Simões disse ter o carinho da torcida o que lhe deixa safisfeito e em casa para desenvolver um bom trabalho. Comentou ainda ser afinado com o jeitinho cadenciado do reggae, tendo como músico de cabeceira Bob Marley.

Simões, responsável pela classificação da Jamaica para o mundial da França, em 1998, sabe que tem pela frente um grande desafio. Messias ou não, Renê Simôes foi categórico em afirmar que “futebol e reggae na Jamaica é o único casamento indissolúvel”.

E o bacana é saber que o verdadeiro conceito de cultura é humanizar, integrar os povos, independente de como se manifesta.

Confira a matéria

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Alquimia Sonora de DJs

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Um mês de março movimentado para a música eletrônica no Espaço Armazém. No dia 19, cai numa quarta-feira, o DJ Zod ( RJ) comandará a festa “Santa Levada”, em parceria com os DJs locais Pedro Sobrinho e Franklin.

Realizada pelo segundo consecutivo, a festa acontece em São Luís tradicionalmente na Semana Santa. O objetivo é fomentar uma comunhão perfeita entre a música e o público que gosta de se sentir leve e solto na pista.

A outra boa dica de março DJ Dolores, juntamente com o DJ Pedro Sobrinho..

O brasileiro e sergipano, Helder Aragão, ou DJ Dolores, é DJ, produtor, compositor, chefe de «orquestra» e faz isso tudo, sempre, muito bem. Na sua música entram ritmos tradicionais brasileiros – frevo, baião, forró, maracatú, emboladas, música brega, tropicalismo, samba – e muitas músicas exteriores – electrónicas variadas, reggae, funk, rock, hip-hop, surf music e até klezmer, juntando todos os componentes num caldo único e pessoalíssimo.

E sempre com mensagens políticas explícitas ou implícitas nas letras das suas canções, poderá se confirmar na festa que DJ Dolores tem marcado para dia 29 de março, no Espaço Armazém. Uma festa que servirá de apresentação ao seu novíssimo álbum «1 Real», mas onde não deverão ficar esquecidos alguns temas mais emblemáticos dos álbuns «Contraditório» (2002) e «Aparelhagem. O DJ Dolores foi uma das atrações do Carnaval de Recife, no Marco Zero, na noite em que se apresentaram a Nação Zumbi e Paralamas do Sucesso. (2005).

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