Assista “Brincando na Floresta” com Mestre Apolônio

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O tempo é implacável. É chegada a hora de partir. E lá se vai mais um arquiteto da Cultura Popular do Maranhão deixando um hiato, pois o que ele produziu não é o ‘fake’,  que alguns defendem como se fosse a renovação do folclore. Infelizmente, lá se foi o Mestre Apolônio, Amo do Bumba Meu Boi da Floresta, que morreu aos 96 anos, na noite dessa terça-feira, dia 2/6, vítima de insuficiência renal, no Hospital de Alta Complexidade Doutor Carlos Macieira.

Mestre Apolônio: 1918-2015
Mestre Apolônio: 1918-2015

O Mestre Apolônio, que nasceu 23 de julho de 1918 no município de São João Batista, veio para São Luís em 1939. Sobreviveu ao acidente do navio Maria Celeste, que pegou fogo na baía de São Marcos em 1954. Além de trabalhar com estivador, ele dedicou a vida à manutenção da tradição folclórica do bumba meu boi, Patrimônio Cultural Brasileiro. Ao lado de outro Mestre, Coxinho, foi um dos fundadores do bumba meu boi de Pindaré, conhecido pela exuberância dos cazumbás e sonoridade singular. Há 42 anos criou o tradicional boi da Floresta, sediado no bairro da Floresta, em São Luís. O grupo mantém o sotaque de Pindaré, que marca o legado do Mestre Apolônio para a cultura maranhense.

Brincando na Floresta

A jornalista e cineasta carioca, Giselle Bossard, radicada em São Luís, homenageia o Mestre Apolônio em um documentário que conta a história do boi da Floresta e, ao mesmo tempo, relata a vida de dedicação do amo do boi para preservar a Cultura Popular do Maranhão.

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Morre o ator Antônio Abujamra, aos 82 anos

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O ator e diretor de teatro Antônio Abujamra, 82 anos, morreu na manhã desta terça-feira (28), em São Paulo. Ele deixa dois filhos e dois netos.

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João Abujamra, sobrinho do artista, disse que o filho Alexandre o encontrou morto em sua casa na Rua Maranhão, Higienópolis, Zona Oeste de São Paulo. As informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas.

O sobrinho contou que conversou com o tio nesta segunda-feira (27) e ele “estava ótimo”. João também afirmou que ele não estava fazendo nenhum tratamento médico.

“Ele era um gênio com quem a gente sempre aprendia. Um tio amado”, disse ao G1. Abujamra também era tio das atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra, do cineasta Samir Abujamra e pai do músico e ator André Abujamra.

Segundo nota divulgada pela TV Cultura, emissora em que apresentava o programa Provocações, ele estava dormindo em sua casa.

“É com grande pesar que informamos que hoje, 28/042015, o apresentador de Provocações, Antônio Abujamra, faleceu. Agradecemos o carinho e apoio de todos que tem nos acompanhado ao longo desses 14 anos de programa”, diz nota na página do programa no Facebook.

Na TV Globo, Abujamra fez muito sucesso na novela “Que rei sou eu?” (1989) como o vilão Ravengar.

Nascido em Ourinhos, em 15 de setembro de 1932, Antônio Abujamra foi um dos primeiros a introduzir os métodos teatrais de Bertolt Brecht e Roger Planchon em palcos brasileiros.
Formou-se em filosofia e jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em 1957. Inicia-se como crítico teatral e faz suas primeiras incursões como ator e diretor no Teatro Universitário, entre 1955 e 1958, nas montagens de “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa; “À Margem da Vida” e “O Caso das Petúnias”, de Tennessee Williams; “A Cantora Careca” e “A Lição”, de Eugène Ionesco; e “Woyzeck”, de Georg Büchner.

Abujamra estreia profissionalmente em 1961, em São Paulo, no Teatro Cacilda Becker, onde dirige “Raízes”, de Arnold Wesker, e no Teatro Oficina, com “José, do Parto à Sepultura”, de Augusto Boal. “Antígone América”, de Carlos Henrique Escobar, 1962, é a primeira de uma série de montagens que dirige para a produtora Ruth Escobar.

Em 1963, associa-se a Antônio Ghigonetto e Emílio Di Biasi e funda o Grupo Decisão, com a intenção de disseminar o teatro político com base na técnica brechtiana. A primeira produção é “Sorocaba, Senhor”, uma adaptação de “Fuenteovejuna”, de Lope de Vega.

Em 1965, Abujamra dirige, no Rio de Janeiro, a montagem de “O Berço do Herói”, de Dias Gomes. A peça foi interditada pela censura no dia do ensaio geral. Nos anos seguintes, dedica-se ao Teatro Livre, companhia de Nicette Bruno e Paulo Goulart realizando montagens ambiciosas, como “Os Últimos”, de Máximo Gorki.

Em 1975, dirige Antônio Fagundes no monólogo “Muro de Arrimo”, de Carlos Queiroz Telles, paradoxo entre as duras condições de vida de um operário da construção civil e suas ilusórias expectativas de um futuro brilhante, e recebe o Prêmio Molière, pela direção de “Roda Cor de Roda”, de Leilah Assumpção.

Na primeira metade dos anos 1980, Abujamra se engaja em recuperar o Teatro Brasileiro de Comédia. Entre seus espetáculos mais significativos no TBC estão “Os Órfãos de Jânio”, de Millôr Fernandes, 1981; “Hamletto”, de Giovanni Testori, 1981; “Morte Acidental de um Anarquista”, de Dario Fo, 1982; e “A Serpente”, de Nelson Rodrigues, 1984. Em 1987, encerrado o projeto do TBC, Abujamra dirige, para a Companhia Estável de Repertório, de Antonio Fagundes, a superprodução “Nostradamus”, de Doc Comparato, grande êxito de bilheteria.

Aos 55 anos, Abujamra inicia sua carreira de ator. Em dois anos, atua em duas telenovelas e três peças e é premiado pelo desempenho no monólogo “O Contrabaixo”, de Patrick Suskind, 1987. Em 1991, recebe o Prêmio Molière pela direção de “Um Certo Hamlet”, espetáculo de estreia da companhia Os Fodidos Privilegiados, fundada por Abujamra para ocupar o Teatro Dulcina, no Rio.

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Morreu Luza D´Oxum da Casa Fanti Ashanti

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Morreu na manhã desta sexta-feira (9/1), aos 63 anos, Luzimar Brandão, mais conhecida como Luza D’Oxum da Casa Fanti Ashanti,

Divulgação
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Luzimar em sua passagem pela Terra lutou em defesa dos direitos humanos. A Yalorixá Luza D’Oxum combateu a intolerância e violação dos direitos humanos das populações em situação de vulnerabilidade social, além de defender a criação da Delegacia de Combate aos Crimes de Intolerância, principalmente os sofridos pelas casas de culto de religião de matriz africana no Maranhão. Uma perda lastimável de uma ativista autodidata.

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