“Eu” e “O Outro”

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No conteúdo programático, aplicado na última quinta-feira, 13, aos alunos do 5º período do curso de jornalismo da Faculdade São Luís, problematizamos o Etnocentrismo, seus conceitos e todas as consequências sociais que causa e que maneira devemos discutir o tema dentro da academia. E no exercício da profissão como devemos agir ao se deparar diante do conceito do “eu” contra os “outros”.

Falar de Etnocentrismo dentro da sala de aula corremos o risco de ser estigmatizados, rotulados de “etnocentricos”, pois o professor aparece como o dono da verdade absoluta e esquece que na sala de aula existem alunos das mais diferentes origens e vertentes ideológicas, onde  cada grupo se acha melhor ao outro, único, e a verdade trazida por si também é absoluta.  Não existe uma categoria antropológica que caracterize melhor a relação dentro da escola do que o etnocentrismo. É muito difiícil passarmos o conhecimento e recebermos nos despindo de nossas crenças e valores, de maneira neutra, se certos conceitos estão incutidos em nós. Como discutir em sala de aula sem gerar conflitos entre os grupos ?

Para o professor pesa bastante, pois tem que tomar cuidado para não pisar em ovos quentes ou tomates estragados, pois para cada um, uma ideologia contrária a sua é considerada uma espécie de afronta, ameaça, arrogância.

Segundo Carvalho etnocentrismo origina e tem origem na “heterofobia” (o Outro – em suas diversas formas: primitivo, selvagem, louco, imaturo, homossexual, bissexual, negro, delinquente, bêbado, baderneiro, “hippie”, prostituta, herege, o professor acomodado, questionador, o aluno preguiçoso, mal comportado, etc… – constitui “perigo” que deve ser exterminado). O etnocentrismo gera grandes problemas por todo o mundo, como grande conflitos políticos, culturais, religiosos, promovendo o “apartheid”, o preconceito social, racial, e por aí vai.

Na sociedade há uma segregação entre grupos, pois o grupo do “eu” se acha superior ao do “outro” e simplesmente o exclui. Tudo isso que se observa nas relações sociais ocorre no universo escolar. É nesse espaço que muita das vezes ocorrem relações conflitivas e a manifestação de divergências entre os grupos diferentes.

Se analisarmos profundamente iremos observar que os segmentos da docência e dos alunos são etnocêntricos e que manifestam isso frequentemente nos mais diversos momentos da escola. A exemplo, um aluno novato na sala, ele primeiramente é conhecido só como “novato”. É muito difícil para ele se entrosar com grupos pré-estabelecidos e enquanto não muda o semestre procura se relacionar com outros novatos. O mesmo ocorre com determinados professores que usam da graduação para se sentirem os detentores do saber, onde a sua verdade é soberana.

A partir da postura etnocêntrica, o diferente não é visto como alguém que possa acrescentar valores, informações, mas é visto como alguém que deve ser evitado. Assim sendo, o “eu” relaciona-se com seus iguais negando os diferentes e as diferenças. A tendência é nos aproximarmos dos nossos iguais ou dos conhecidos afastando-nos dos diferentes ou estranhos. Essa situação pode ser comprovada, em sala de aula, na medida em que os professores propõem trabalhos em grupo, alterando as relações e formando “panelinhas”.

Uma postura do professor que deveria ser banida é a de fazer o juízo de valor de certo grupo de alunos, quando, por exemplo, durante a aula as conversas paralelas atrapalham a sala. O grupo dos “aplicados” o professor protege e briga com os “alunos problemas” aumentando a “rivalidade” existente entre eles gerando conflitos.

O certo seria a observação da situação, e fazer o que a perspectiva antropológica propõe, que é a relativização, a contraposição do etnocentrismo, pois é quando compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos: ai, estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter um fim ou uma transformação. Ver as coisas do mundo como a relação entre elas. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado. Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, opressor e oprimido, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença. (Rocha, 1999).

O desafio maior para o docente é promover interações dos grupos diferentes, perceber que pessoas diferentes, costumes diferentes possibilitam novas coisas a se aprender. Esse tipo de postura da escola é muito difícil.

O Etnocentrismo não se encontra somente nas relações sociais entre alunos, mas também no próprio conteúdo programático, a estória ainda ensina que o “outro” e sua cultura, da qual falamos na nossa sociedade, são apenas uma representação, uma imagem distorcida que é manipulada como bem entendemos. Ao “outro” negamos aquele mínimo de autonomia necessária para falar de si mesmo (Carvalho, 1999). Ainda vemos em nossos livros didáticos discursos totalmente distorcidos, etnocêntricos, que não dão ao aluno a mínima autonomia de tirar suas próprias conclusões. Pois os textos estão viciados na opinião de quem o escreveu, quando nos deparamos num livro de Geografia, por exemplo, com o Capitalismo. Geralmente os textos didáticos o apontam como o grande “vilão”, a causa de todas as mazelas sociais do mundo. O Capitalismo torna-se algo totalmente negativo, o aluno não consegue enxergar um outro lado, qualquer coisa positiva no modelo econômico, e cria uma aversão ao sistema e a certos países, como os Estados Unidos. Gerando cada vez mais preconceitos.

O etnocentrismo é um fenômeno que ocorre em todos os setores da sociedade, na escola não poderia ser diferente, pois se trata de um local onde há grupos das mais variadas procedências, com hábitos, costumes, e culturas diferentes. Isso gera conflitos entre grupos sociais diferentes, porém a escola é a instituição que as pessoas atribuem grande parte da sua formação. Então não pode ser permitido atitudes de exclusão por parte dos alunos, e nem por próprios professores. Cabe a esse vencer seus conceitos e preonceitos pessoais e orientar corretamente os alunos para isso. Buscando sempre melhor o convívio da comunidade escolar. Pois os docentes precisam estar cientes que a exclusão escolar é o início da exclusão social.
E que a reflexão se estenda ao exercício diário de quem faz acontecer a Academia Universitária….

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UHUUU!

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O novo álbum do Cidadão Instigado traz alguns convidados especiais e entre eles estão os amigos Arnaldo Antunes (foto) e Edgard Scandurra. A dupla aparece em canções diferentes no álbum, assim como o saxofonista Hugo Hori (Funk Como Le Gusta) e Karina Buhr (Comadre Fulozinha), que também contribuem com o trabalho.

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Arnaldo Antunes aparece em duas canções: “Doido” e “O Cabeção”. Já Scandurra solta a voz em “Dói”. O novo álbum do Cidadão Instigado é chamado “UHUUU!” e foi produzido pelos próprios integrantes da banda. O lançamento está marcado para setembro.

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O Cidadão Instigado (foto) é formado por Fernando Catatau (voz, guitarra, teclado), Regis Damasceno (guitarra, violão, vocal), Rian Batista (baixo, vocal), Clayton Martin (bateria) e Kalil Alaia (técnico de som, efeitos).

Fonte: Território da Música

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Inigualável…

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woodstockja1.jpgPara as pessoas que participaram do Festival Woodstock em Bethel, ao norte de Nova York, de 15 a 16 de agosto de 1969, o espetáculo anunciava o advento de uma nova era, definida como a fundação da “Nação Woodstock”.

Tem gente que acha que a euforia de ontem se transformou hoje em ressaca porque passados 40 anos não ficou claro se o Woodstock conseguiu mudar alguma coisa. Para alguns os hippies da época perderam o cabelo e trocaram o consumo do LSD pelo Viagra. Para outros o festival  marcou, na realidade, o fim – e não o inicíio – da revolução dos anos 60 e da contracultura. Para aqueles o tema de paz e amor passou a ser algo pitoresco. Para aquelas o destino de alguns artistas que participaram das três noites de festa foi a morte prematura, carreira fenomenal ou mergulho total no esquecimento. Questionamentos à parte, não podemos esquecer que o Woodstock deixou, em todo caso, um legado que vai além da música e da vestimenta, além das calças boca-de-sino, que, por sinal, voltaram à moda.

Ironicamente ou não, o resultado mais palpável foi a apropriação da música rock pelas empresas como fonte de renda. Os shows passaram de encontros improvisados a operações que geram grandes somas de dinheiro.

Em entrevista, Stan Goldstein, um dos organizadores originais do Woodstock, disse que o festival mudou a indústria da música. “Pela primeira vez, pudemos ver o poder que tinham os artistas para atrair multidões”, acrescentou.

O lendário festival de Woodstock, que em três dias de “paz, amor e música” reuniu mais de 500 mil pessoas para ouvir Jimi Hendrix, Joan Baez, Santana e The Who, entre outros, completou 40 anos e continua sendo considerado um acontecimento inigualável.

Na minha opinião, fazer réplicas de Woodstock em qualquer canto do mundo, nos dias atuais, ecoa com uma tentativa frustrada. O festival de 1969 foi e será um momento único e não cabe versões. Os tempos são outros, os valôres sociais e os modelos econômico e político vivenciados nos dias atuais são mais opressores, segregacionistas, capitalistas, individualistas e alienantes. A nova ordem musical não tem a essência do que representou o festival na época.

casalwoodstock.jpg

Pois bem, pra quem viu e sentiu de perto a celebração restam as boas lembranças.  Pra quem ainda não era vivo ou não pôde chegar por ter perdido o bonde, a boa é viajar em documentários sobre o festival, que reuniu centenas de milhares de pessoas onde muitos reinaram. Um dos exemplos é casal-símbolo, Nick e Bobbi Ercoline, que aparecem na capa do LP do festival.

Em conversa ao G1, o casal, que segue juntos após 40 anos e foi protagonista de uma das histórias mais românticas do movimento hippie, disse ‘não mudou nada, ainda somos daquele jeito’.

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Indicados…

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Foi divulgada nesta quinta-feira (13) a lista de artistas indicados ao VMB 2009, prêmio dado aos melhores da música no ano pela MTV brasileira.

A cerimônia de premiação vai acontecer no dia 1º de outubro, com shows da banda escocesa Franz Ferdinand e do cantor Erasmo Carlos.

franzferdinand.jpg

Uma das novidades esse ano é a categoria melhor filme ou documentário sobre música.

No ano passado, o VMB consagrou o NX Zero, que venceu nas categorias artista do ano, hit do ano e melhor videoclipe.

A festa, no entanto, foi marcada pelo fiasco do grupo britânico Bloc Party, que atravessou o Atlântico para fazer playback.

Veja abaixo os indicados nas principais categorias:

Artista do ano

Fresno
Jota Quest
Mallu Magalhães
Marcelo D2
Nando Reis
NX Zero
Os Paralamas do Sucesso
Pitty
Seu Jorge
Skank

Hit do ano

“Cartas para Você”, NX Zero
“Me Adora”, Pitty
“Burguesia”, Seu Jorge
“Sutilmente”, Skank
“Fly”, Wanessa Camargo

Revelação

Cine
Copacabana Club
Garotas Suecas
Gloria
Little Joy

Aposta MTV

Black Drawing Chalks
Emicida
Holger
Mickey Gang
Vivendo do Ócio

Melhor show

Arlindo Cruz
Little Joy
Marcelo Camelo
Móveis Coloniais de Acaju
Os Paralamas do Sucesso

Melhor vocalista

Hélio Flanders, Vanguart
Lucas, Fresno
Mallu Magalhães
Pitty
Seu Jorge

Melhor guitarrista

Gabriel Thomas, Autoramas
Lucio Maia, Nação Zumbi
Marcelo Gross, Cachorro Grande
Martin, Pitty
Sergio Dias, Mutantes

Melhor baixista

Dengue, Nação Zumbi
Lauro, O Rappa
Lelo, Skank
Rodolfo, Cachorro Grande
Tavares, Fresno

Melhor baterista

Curumin
Duda, Pitty
Gabriel Azambuja, Cachorro Grande
Jean Dolabella, Sepultura
Pupilo, Nação Zumbi

Filme ou documentário musical

Coração Vagabundo
Dub Echoes
Loki
Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Eu Dei
Titãs – A Vida Até Parece uma Festa

Rock

Autoramas
Cachorro Grande
Forfun
Pitty
Strike

Rock alternativo

Black Drawing Chalks
Holger
Móveis Coloniais de Acaju
Nervoso e os Calmantes
Pública

Hardcore

Dead Fish
Devotos
Garage Fuzz
Mukeka di Rato
Presto?

Pop

Fresno
Jota Quest
Nando Reis
Skank
Wanessa Camargo

MPB

Cérebro Eletrônico
Céu
Curumin
Fernanda Takai
Tiê

Samba

Arlindo Cruz
Casuarina
Diogo Nogueira
Mariana Aydar
Zeca Pagodinho

Reggae

Chimarruts
Jimmy Luv
Lei Di Dai
Natiruts
Planta e Raiz

Rap

Emicida
Kamau
MV Bill
Relatos da Invasão
RZO

Instrumental

Eu Serei a Hiena
Hurtmold
Macaco Bong
Pata de Elefante
Retrofoguetes

Eletrônico

Boss in Drama
Database
Mixhell
N.A.S.A.
The Twelves

Artista internacional

Arctic Monkeys
Beyoncé
Black Eyed Peas
Britney Spears
Franz Ferdinand
Green Day
Katy Perry
Kings of Leon
Lady Gaga
Lily Allen

Webhit do ano

Caetano caindo
Escolha já seu nerd
Funk do Joel Santana
Stephany Crossfox
Xuxu em Pantera Cor de Rosa

Blog do ano

Brainstorm 9
Jovem Nerd
Juca Kfouri
Papel Pop
Sedentário & Hiperativo

Twitter do ano

Danilo Gentili
Mano Menezes
Marcos Mion
MariMoon
Twitess

Game do ano

Braid
Fallout 3
Little Big Planet
The Beatles: Rock Band
The Sims 3

Videoclipe do ano

Indicados serão anunciados no dia 04/09

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Folclore

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Exposição, seminário e cortejo de blocos tradicionais dão o tom da festa em comemoração ao Dia Inaternacional do Folclore, entre os dias 18 e 22, em São Luís, numa promoção da Fundação Municipal de Cultura (Func).

Na terça-feira, dia 18, haverá a abertura da exposição ‘Vai Querer, Vai Querer (?) Blocos Tradicionais do Maranhão’ com fantasias, instrumentos e fotografias gentilmente cedidas pelo repórter fotográfico Edgar Rocha. A abertura será a partir das 18h, na Galeria Zaque Pedro, prédio do Solar Nazeu Quadros (Rua do Ribeirão, 395 – Centro – próximo á Fonte do Ribeirão). A mostra fica em cartaz para visitação até o dia 31 de agosto.
 
Acontece ainda o Seminário ‘Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC do Bloco Tradicional do Maranhão’ que vai acontecer nos dias 19 e 20 de agosto (quarta e quinta-feira), das 18h ás 21h, no auditório do Sindicato dos Bancários do Maranhão, localizado na Rua do Sol, 417 – Centro).
 
No dia 22 de agosto, o encerramento das atividades será marcado pela apresentação de oito blocos tradicionais na Fonte do Ribeirão, próximo à sede da Fundação Municipal de Cultura e da Galeria Zaque Pedro. 
 
Confira o roteiro de apresentações:
 
18h Os Vigaristas
18h30 Os Foliões
19h Os Gladiadores
19h30 Os Vigaristas do Ritmo
20h Os Indomáveis
20h30 Os Brasinhas
21h Falcão de Prata
21h30 Tradicionais do Ritmo

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Antitabagismo

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Seguindo o exemplo do Rio e São Paulo, gerando polêmica ou não, a lei antifumo passa a vigorar no Maranhão, Aprovada e promulgada pela Assembleia Legislativa, sancionada pela governadora Roseana Sarney, a proibição de fumar em ambiente fechado já está no Diário Oficial. A lei passa a vigorar na prática no fim de semana. O cerco vai fechar para os fumantes ativos e proteger o cidadão passivo que inala por tabela a fumaça de quem é viciado em tabaco.

cinzeiro1.jpg

A aplicação da lei é importantíssima, mas tem que ser feita de forma civilizada. Portanto, todo cuidado é pouco para não gerar discriminações e confusões por parte de quem não fuma. Aos fumantes  incontroláveis e compulsórios, a lei antitabagismo pode despertar a consciência de que fumar em lugar fechado é inadequado, sem esquecer de que os outros não devem ser incomodados.

Infelizmente, muitos mortais para viver em sociedade precisam ser regimentados por leis. Se é proibido, proibir, não sei ! Mas, apoio a causa.

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S.O.J.A.

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soja1.jpgOs norte-americanos do SOJA (Soldiers Of Jah Army), uma das maiores revelações do reggae mundial nos tempos atuais, está se preparando para o lançamento do novo álbum “Born in Babylon”, em novembro, e o Brasil está incluído na turnê, de acordo com a Intershows net, representante exclusiva do grupo.desde 2007 no País.

O grupo conta com um par de cantores de muito talento que se complementam e por um time de músicos de primeira. Enquanto Jacob Hemphill tem a voz suave e tranquila, Bob Jefferson carrega toda a energia das influências do Hip-hop e do Ragga, tornando a banda ainda mais cativante nas diversas vertentes do Reggae como Roots, Dub e Raggamuffin.

Com influências que vão do R&B, Hip-hop, Rock e o Reggae Raiz jamaicano o fenômeno SOJA no Brasil pode ser comprovado com a tradução de uma das suas músicas de maior sucesso – “True Love”, cujo vídeo que só no Youtube já conta com quase 2 milhões de acessos.

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Yo !

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O Festival “Hip Hop Rua Pela Paz”, marcado para o próximo dia 21, no Ceprama, foi adiado para uma nova data a ser confirmada pela organização do evento. Segundo Preto Nando, um dos articuladores do evento, a falta de patrocínio foi principal motivo para que o Festival não rolasse. Ou seja, faltou verba para pagar os cachês das atrações de fora. o DJ RM  e a banda “Facção Central”, ambos de São Paulo.

Acompanho a batalha diária dessa rapaziada. Não é mole, não !!! Sei o quanto lutam sem armas e a boa vontade em fazer com o que o movimento mantenha sua identidade de ter nascido nas periferias urbanas dos grandes centros e se torne uma referência de cidadania em São Luís.

Esperamos que apareça um Filho de Deus, ou uma Filha de Deus, para botar pilha e dinheiro na concretização do Festival, que envolve a arte da música, do grafite e da Responsabilidade Social.

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Transcendental…

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O crítico Pedro Dias da Silva desceu lenha no quinto álbum “Radio Retaliation”, do Thievery Corporation, formado pela dupla norte-americana Rob Garza e Eric Hilton. Entre os comentários feito pelo ‘xará´de nome e profissão sobre o trabalho do Thievery: Vira o disco e toca o mesmo: “Politicamente ativo, duo de Washington DC edita quinto álbum de originais. Com a mesma música de sempre”.

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De acordo com Pedro Dias, o Thievery Corporation revela-se longe de conseguir invocar argumentos que lhe permitam reinventar-se. Incapazes de reconverter a matriz sonora que os celebrizou, e que têm perpetuado nas suas criações, Eric Hilton e Rob Garza permanecem reféns de uma certa ideia de exotismo musical – hoje estafada,  já que permanentemente glosada e espremida até à exaustão por um sem número de projetos, que continua a ser a imagem de marca de um som que ajudaram a criar e sedimentar.

Não deixa de ser verdade que, a cada nova edição, são notórias inegáveis alterações na abordagem ao processo criativo, mas insuficientes para conduzirem a alterações suficientemente fortes que justifiquem a manutenção da curiosidade do melómano.

Em Radio Retaliation são de novo convocados elementos hip-hop, dub, bossa nova, jazz e psicodélicos que remetem para as áreas geográficas da Índia, América Latina, Brasil ou Caraíbas, numa espécie de viagem planetária em que é impossível escapar aos locais mais turísticos.

O crítico dá uma aliviada ao dizer ser inegável que existem neste álbum boas canções (”Vampires”, “Hare Krishna” ou “The Numbers Game”), alvo de um irrepreensível trabalho de produção que ajuda a perpetuar o som Thievery Corporation, agarrado a esse universo está uma enorme sensação de déjà-vu , perante a qual existe já uma blindagem que deita por terra qualquer tentativa de mensagem de teor político, de denúncia do controlo estatal das atividades dos cidadãos e consequentes atropelos às suas liberdades e direitos.

E, nem mesmo a participação dos cantores e músicos convidados Chuck Brown, Seu Jorge, Anoushka Shankar, Jana Andevska ou Femi Kuti, procurando, tal como no álbum anterior, The Cosmic Game , fazer o contraponto com os habituais colaboradores, é suficientemente marcante para permitir registar destaques significativos.

Bela escrita feita por quem entende do riscado. O caro amigo esqueceu de uma coisa. “Gosto é como aquilo. Cada um tem o seu”. Eu acho o trabalho do Thieverey Corporation interessante e cheio de personalidade. Eu não percebo muito bem o “gênero musical”. Sinto apenas as influências de várias musicalidades, entre as quais a Bossa Nova, o Samba Rock, com pitadas de música eletrônica. Ouvi-los remete a um certo misticismo, a uma atmosfera “chill out”, “lounge bar”, típica para momentos especiais e inesquecíveis.

Portanto, “Radio Retaliation” é um disco político, um grito de justiça universal cantado em várias línguas. Acho que pelo título já é possível chegar a essa conclusão. Os protestos transcedem em vários estilos musicais: reggae (Sound Alarm), jazz (Retaliation Suit), trip-hop (Beatiful Drug e La Femme Parallel, cujo vocal feminino dá um toque bem parisiense), uma pitada mexicana (El Pueblo Unido) e até raízes indianas (Mandala).

E como era de se esperar, o gosto pela música brasileira não ficou de lado: Seu Jorge empresta sua voz e seu violão na faixa Hare Krsna – parece mais uma música dele do que propriamente do Thievery Corporation.

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Erudição…

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Abertas inscrições para 13ª Mostra Maranhense de Canto Lírico (Maracanto), que acontecer entre os dias 15 e 18 de setembro, na capital maranhense. Promovida pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Departamento de Assuntos Culturais/Proex (DAC/PROEX/UFMA), a mostra é competitiva e inscreve até o dia 21 de agosto.  

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Categorias
 
Todos os participantes deverão observar os limites de idade de cada categoria. A categoria A é destinada para candidato (a)s estudantes com idade entre 18 e 25 anos. Já a categoria B é voltada para candidato (a)s estudantes de canto, professores com idade entre 26 e 40 anos. As inscrições poderão ser feitas até o dia 21 de agosto de 2008, enviadas pelo Correio (carta registrada) ou pessoalmente no endereço: DAC/PROEX/UFMA – Rua Grande, 782 (Centro). CEP: 65.020-250. São Luís (MA).
           
O e-mail de contato e inscrições é: [email protected]. No caso das inscrições enviadas pelo Correio será considerada a data de postagem. A inscrição deverá conter a ficha de inscrição preenchida (digitada) ou em letra de fôrma; breve histórico da vida musical e uma foto nítida para divulgação; cópia da Carteira de Identidade ou Registro de Nascimento; duas cópias legíveis das partituras de cada peça da sessão final (essas partituras não serão devolvidas) e a gravação em DVD.
           
Serão escolhidos o 1º, 2º e 3º lugares, em cada categoria: A – 18 a 25 anos; B – 26 a 40 anos, que serão premiados com o Troféu Oficial do Maracanto e um prêmio em dinheiro (Valor bruto), conforme discriminação abaixo:
           
Categoria A – 18 a 25 anos  

1º Lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
2º Lugar: R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)
3º Lugar: R$ 1.000,00 (hum mil reais)    
 
Categoria B – 26 a 40 anos  

1º Lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
2º Lugar: R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)
3º Lugar: R$ 1.000,00 (hum mil reais). 

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