Lançamento Lençóis Jazz e Blues Festival

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tutucaviana510Foi com casa cheia que aconteceu na noite desta segunda-feira (10), o lançamento da 5ª edição do Lençóis Jazz e Blues Festival [Clique Galeria de Fotos do Na Mira], que ocorrerá nos dias 2 e 4 de agosto em Barreirinhas, e 9 e 10 do mesmo mês, em São Luís. A solenidade teve como local o Amsterdam Pub (Lagoa da Jansen).

O músico Tutuca Viana abriu à noite falando da importância do festival para o Maranhão, agradeceu as empresas e as pessoas que acreditam na ideia. Na sequencia, a jornalista Patrícia Santiago apresentou um video relatando as quatro edições anteriores do festival.

E para garantir uma maior interatividade entre o público e o festival, durante o evento de lançamento foi apresentada pelo jornalista Marcos Saldanha, a versão 2013 do site do www.lencoisjazzeblues.com.

Nele o público poderá acompanhar as notícias, a programação, interagir nas redes sociais (facebook, instagram e twitter), além de assistir a vídeos e curtir dezenas de fotos dos eventos ligados ao Lençóis Jazz e Blues Festival.

Para fechar, o grupo Marabrass e o guitarrista Márcio Glam e amigos residente da casa fizeram um “pocket show” animado e garantiram a diversão de quem saiu de casa.

Enfim, o Lençóis Jazz e Blues Festival se aprimora a cada versão e vem preencher em mais um ano o calendário cultural de São Luís. Não se trata apenas de um festival de música. Segundo Tutuca Viana, é um evento que mobiliza com oficinas, gera emprego e renda, estimula o Ecoturismo e diverte. Nesta edição, os shows serão de graça e em espaços públicos.   Fotos: Carlos Brasileiropatriciasantiago510

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Tom Jobim: o homenageado

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O maestro e compositor Tom Jobim será o homenageado da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira, que vai ocorrer na quarta-feira (12), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade. Lançado em 1987 com o nome de Prêmio Sharp, o evento incentiva a descoberta de talentos e premia artistas consagrados e novos, prestando reconhecimento a cada ano a um grande nome da música nacional.

tom510No show em homenagem a Tom Jobim, durante a cerimônia de entrega do prêmio, haverá a apresentação das cantoras Gal Costa com a música Se Todos Fossem Iguais a Você; Nana Caymmi, Por Causa de Você; Tulipa Ruiz, Garota de Ipanema; Maria Gadu, Chega de Saudade; Leny Andrade, Brigas Nunca Mais; Leila Pinheiro, Desafinado; Rosa Passos, Inútil Paisagem; Céu, Insensatez; e Mônica Salmaso, Derradeira Primavera.

Também participarão da homenagem, o cantor e compositor João Bosco, com Dindi; e os cantores portugueses Antônio Zambujo e Carminho, com Sabiá.

Outra novidade é o reencontro de integrantes da Banda Nova, criada pelo compositor em 1984 para acompanhá-lo nos shows e gravações, com a apresentação de Jaques e Paula Morelenbaum, Danilo Caymmi, Paulo Jobim, Paulo Braga e Daniel Jobim. Outro momento de destaque será a apresentação dos pianistas João Carlos Martins, Wagner Tiso, Gilson Peranzzetta, Cristóvão Bastos, João Carlos Coutinho e Leandro Braga. Juntos, eles vão tocar Eu Sei que Vou Te Amar.

O músico Daniel Jobim, neto do compositor, disse que a homenagem ao compositor deveria ter vindo antes. “Finalmente, estão fazendo uma homenagem a ele, e acho que já é até tarde” comentou. Para o neto, Jobim “foi o maior da música, sem nem comparação, acho que ninguém vai chegar perto dele, nem daqui a 100 anos”.

O músico lembra com carinho os momentos de convivência com o avô e o quanto aprendeu com ele. “Eu tenho ótimas recordações, porque ele sempre tocava comigo, me mostrava canções, emocionado. Eu via os shows dele desde pequeno, com Vinicius [de Moraes], e os ensaios. Via também os shows com a Banda Nova”.

O neto ainda trabalhou com Jobim. “Depois, pude tocar e trabalhar com ele nos discos e em gravações de canções de novelas. O convívio musical era muito legal e ele dava opinião. Quando ele me via tocando na televisão, me ligava emocionado e dava muita força. Foi muito bom ter convivido com ele”, contou.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Prêmio da Música Brasileira terá uma versão itinerante. Dessa vez, o número de cidades subiu de seis para nove. Os eventos, com apresentação do ator Murilo Rosa, vão começar por São Luís, no dia 18, seguindo para Parauapebas (PA), 21; Marabá (PA), 23; Belém,26; São Paulo, 28; e Vitória , 30. Em julho, chega a Belo Horizonte, no dia 3; e Itabira (MG), 5; terminando a temporada no Rio de Janeiro, no dia 10.

As apresentações itinerantes têm o patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) do Ministério da Cultura. Os shows serão com os cantores e compositores Adriana Calcanhotto, João Bosco, Roberta Sá, Zélia Duncan e Zé Renato.

A direção musical da entrega do prêmio e das apresentações itinerantes é do músico e maestro Jaques Morelenbaum, que acompanhou Tom Jobim como um dos integrantes da Banda Nova.

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Tom Jobim será homenageado em São Luís

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São Luís recebe o 24º Prêmio da Música Brasileira no Teatro Artur Azevedo O maestro Tom Jobim será homenageado no próximo dia 18, pelos músicos Zélia Duncan, Adriana Calcanhoto, João Bosco, etc.

O 24º Prêmio da Música Brasileira, além de reverenciar o cantor e compositor Tom Jobim com uma  noite de gala nesta quarta-feira (12), no Theatro Municipal (RJ) também tem a preocupação de levar para o Brasil a homenagem. Como acontece há três anos, depois da premiação começa uma turnê do Prêmio.

Nesse ano, a turnê em homenagem a Tom Jobim começa por São Luís, no dia 18 de junho (quarta-feira), com show no Teatro Arthur Azevedo. Zélia Duncan, Adriana Calcanhoto, João Bosco, Zé Renato e Roberta Sá estão entre os artistas que se apresentarão nas nove cidades pelas quais a Turnê passará.

Depois de passar por cidades como São Luís, Paraopebas (PA), Marabá (TO), Belém (PA), Vitória (ES), São Paulo, Belo Horizonte e Itabira(MG), a turnê chegará ao Rio de Janeiro, para a gravação de um DVD. O evento acontecerá no Teatro das Artes em 10 de julho.

O ator Murilo Rosa, que será mais uma vez o mestre de cerimônia do evento.

Confira as datas e locais onde serão realizados os shows do Prêmio da Música Brasileira edição 2013

18 junho –São Luís – Teatro Arthur Azevedo

21 junho – Paraopebas – ao ar livre local a saber

23 junho – Marabá – ao ar livre / Orla Tocantins

26 junho – Belém – Theatro da Paz

28 junho – São Paulo – Teatro Geo

30 junho – Vitória – Teatro da UFES

03 julho – Belo Horizonte / Sesc Palladium

05 julho – Itabira/ Concha Acústica

10 julho – Rio de Janeiro: show + gravação DVD no Teatro  Cidade das Artes

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Festa para o Tambor de Crioula

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Uma alvorada, nesta terça-feira (18), com a apresentação simultânea de grupos de Tambor de Crioula no Centro da cidade, vai marcar as comemorações do Dia Nacional do Tambor de Crioula. A programação especial tem início às 7h, nas praças Deodoro e do Panteon, quando os grupos de Tambor de Crioula Arte Nossa, Lírio de São Benedito, Juventude de São Benedito e Tambor de Crioula de Mestre Amaral despertarão a cidade com a batida dos tambores e a dança das coreiras.

À tarde, no auditório Rosa Mochel, do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, em solenidade que reunirá representantes de grupos de Tambor de Crioula, será lançado o projeto Salvaguarda do Tambor de Crioula pela Secma, que será executado com recursos do Iphan, e é parte do Plano de Salvaguarda do Tambor de Crioula elaborado pelo Comitê Gestor da Salvaguarda desse bem registrado.

Dando prosseguimento à programação comemorativa, à noite, a partir das 18 horas, acontecerão rodas de Tambor de Crioula no Arraial da Praça Maria Aragão, com os grupos 30 de outubro e Raízes da Ilha. O mestre Gonçalo Bispo estará coordenando a mesa. Também serão apresentados vídeos sobre a manifestação.

Já às 19 horas, na Praça Valdelino Cécio, na Praia Grande, os grupos Padroeiro Poderoso, Prazer de São Benedito, Tijupá, Arte Nossa, Alto de São Benedito, Pai Velho, Taim e Santa Rita farão brincadas comemorando o dia em que o Tambor de Crioula se tornou o primeiro bem cultural do Maranhão, registrado como Patrimônio Cultural brasileiro.

Para o coordenador geral do Comitê Gestor, Neto de Azile, “o dia 18 representa um marco na história do Tambor de Crioula pelo reconhecimento da sociedade brasileira à contribuição do povo negro para a cultura nacional”. A programação foi proposta pelo Comitê Gestor da Salvaguarda do Tambor de Crioula, com o apoio da Fundação Municipal de Cultura de São Luís (Func), da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan/MA) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secma).

Fonte: Ascom

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Por um São João democrático e sem Xenofobia !

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Estamos no mês de junho e diante da maior festa popular do Maranhão. Trata-se dos festejos juninos que para nós maranhenses tem uma singularidade. Aqui prevalece a diversidade das brincadeiras  {que não são minhas. Não são suas. São da humanidade]. Por conta disso, fazemos o diferencial. Agora, não podemos esquecer que a mistura dá um sabor especial na festa.

É natural os protestos de quem faz cultura e quem consome cultura com o discurso que não está se valorizando o local. Está legitimado na calçada da fama do folclore mundial, a importância do auto do bumba meu boi, a história de Pai Francisco e Mãe Catirina, do rufar do tambor de crioula, do remelexo e a sensualidade do coco e do cacuriá. Em meio a esse caldeirão efervescente ímpar que temos mostrar para o Brasil e para o Mundo, é necessário um pouco de multiculturalismo.

Eu nasci e cresci em São Luís vendo que as festas juninas eram feitas nos bairros em formato de mutirão. Depois, virou uma festa mercantilista em que todo mundo quer tirar proveito financeiro, seja com um produto de qualidade ou não. O importante é faturar. E quando esses grupos sentem seus interesses ameaçados por editais e a presença de artistas de fora, vem o discurso xenofóbico, utópico e populista de que estão desvalorizando “a cultura do Maranhão, em detrimento da produção de fora.

Até comungo da ideia do artista que vem de fora ter o cachê maior que o local ? Ao mesmo tempo, tenho resposta, que talvez não seja a mais convincente, para tal questionamento. Existe uma coisa chamada mercado e profissionalismo. Quando essas duas necessidades são alcançadas com êxito pelo artista, a valorização é reconhecida no palco. Aos oportunistas que se dizem eternamente prejudicados, restam duas alternativas: “pegar ou largar !”

Pois bem, maior que a polêmica, sempre, gerada em torno do assunto, é a participação de quem consome arte na festa. Desta forma, estamos contribuindo para a economia da cidade, para que ela fique mais enfeitada, colorida, alegre, atraente, principalmente, para quem vem de outro lugar prestigiar a nossa maior festança.

Assim como o Carnaval, nosso São João é na rua e não se paga ingresso para curtir as atrações. E se a democracia impera, nada melhor que deixarmos as “birras”, “marras” e “picuinhas” de lado, lamentar pelos que não vão à festa, curtir e vibrar com a mesma intensidade ao som de Elba Ramalho, Waldonys, Geraldo Azevedo, Nando Cordel, os bois da Maioba, Maracanã, Morros, Axixá, Pindaré, Pindoba, Madre Deus, Fé em Deus, Leonardo, Barrica, Seu Apolônio, Chagas, Chiador, Humberto de Maracanã, e todos arraiais espalhados em cada ponto de São Luís. Salve, a Cultura Popular do Maranhão e Brasileira e seus arquitetos !

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Ellen Oléria em Festival de Jazz e Blues no Maranhão

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A cantora Ellen Oléria (vencedora do programa The Voice Brasil da Rede Globo) é uma das atrações do Lençóis Jazz e Blues Festival, que ocorre entre os no município de Barreirinhas, entre os dias 2 e 4 de agosto, na avenida Beira-Rio, e em São Luís, dias 9 e 10, do mesmo mês, na praça Maria Aragão na avenida Beira-Mar, (centro da capital maranhense), numa produção do músico Tutuca Viana. Os shows nas duas cidades serão abertos ao público. A programação oficial será lançada nesta segunda-feira (10), às 20h, no Amsterdam Pub (Lagoa da Jansen), numa solenidade fechada para imprensa, patrocinadores, entre outros convidados. Ellen Oléria vai se apresentar apenas em São Luís.

The Voice BrasilUma das novidades deste ano será a realização de um cortejo musical e atividades de conscientização ambiental, além de oficinas de violão (com o facilitador Yamandu Costa), guitarra (com Jair Torres), gaita e violino (com Júnior Gaiato) e de confecção de instrumentos musicais com materiais reciclados (com o facilitador Ricardo Passos).

Outra novidade é a parceria inédita com a TAM Linhas Aéreas, que será a companhia oficial do evento. A empresa proporcionará aos turistas brasileiros que queiram assistir ao festival (em Barreirinhas ou em São Luís), no período de 30 de julho a 13 de agosto, descontos de até 25% nos valores das passagens aéreas.

Além de música, o Lençóis Jazz e Blues Festival tem como objetivo unir música, ecoturismo e responsabilidade social.

Artistas

A iniciativa já levou aos palcos de Barreirinhas e São Luís mais de 100 grandes nomes da música, entre eles Yamandu Costa, Ithamara Koorax, Victor Biglione, a harpista Cristina Braga, Marcelo Carvalho, Taryn Szpilman, Gilson Peranzetta, Mauro Senise, Artur Menezes, Milla Camões, Sávio Araújo, Nelson Faria, Ney Conceição, Jefferson Gonçalves, Edson Travassos, Nosly e Robertinho Chinês, entre outros.

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Diversão garantida no projeto Pôr do Som

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Sabadô, e diversão garantida no Pôr do Som, a partir das 17h, no bar e restaurante L`Apero (Praia de São Marcos). No line up, os ‘deejays’ Pedro Sobrinho e Franklin com uma discotecagem cheia de músicas lúdicas e lúcidas.  Um flagrante dos ‘deejays’ Franklin e Pedro Sobrinho com os camaradas e ‘brothers’ da discotecagem,  Zod e Jards Zue.

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“Sr. José de Ribamar & Outras Praias – Papete”

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O cantor e compositor Papete fez audição do seu mais novo CD duplo, o 23º da carreira, intitulado “Sr. José de Ribamar & Outras Praias”, na edição desta quinta-feira (6), do Plugado, na Mirante FM, sob o comando de Pedro Sobrinho. Entre uma faixa e outra, o músico conversou sobre a concepção do trabalho, definido por ele, “como um disco pessoal em que a sonoridade é única e que transmite paz, essência e universalidade”.

papete510Concepção do Sr. José & Outras Praias

Foram cinco anos sem gravar um álbum de inéditas. Esse disco foi gravado entre março e maio deste ano, e contou com a participação de músicos maranhenses e paulistanos, entre os quais, Israel Dantas (violões e guitarra), Sérgio Murilo Rego (piano), Rui Mário (teclados), Assis (contrabaixo), Adonias Júnior (trombone) e Toninho Ferragutti (acordeon), além de Jair Torres (violões e arranjos da música título Sr. José). O projeto gráfico é do próprio Papete, em parceria com Nathanael Gonçalves. Um detalhe curioso no trabalho é que Papete toca bateria em todas as faixas. Ele explica que fez questão de dar a sua cara rítmica ao trabalho.

– Esse disco tem uma representativade na minha história com a música. Fiz questão de dar a minha cara rítmica ao trabalho cuja a grande inspiração foi o CD “Live For Change – United Musicians Around The World”, que já vendeu 45 milhões de cópias no mundo inteiro. Quando ouvi esse disco, por meio da minha mulher, misturando Bob Marley e John Lennon, ou seja, com artistas de rua de várias cidades do mundo, disse a mim mesmo: eu quero gravar algo assim. E o resultado é esse CD duplo que vem para fechar um ciclo e reiniciar outro – explicou.

Embora conhecido como percussionista, Papete disse que abdicou, temporariamente, dessa atividade em virtude de conceber um trabalho de pesquisa, registro e divulgação da música maranhense. Para ele, essse é o disco em que retorna às origens, do músico premiado internacionalmente, que viajou o mundo tocando com grandes artistas e aprendendo que o universo tem seus sons e a música é uma dádiva.

Lado A Lado B

O Sr. José de Ribamar e Outras Praias é dividido em duas etapas nessa fase do músico. No álbum 1, ele grava, além de Alberto Trabulsi, quatro outros compositores maranhenses: Josias Sobrinho (O Biltre), Erasmo Dibel (Navegantes), Godão (Amigo) e Carlos Pial (Mãe Natureza), além de velhos parceiros como Almir Sater e Paulo Simões (Cubanita) e Capenga e Patinhas (Um Sinal de Amor e de Perigo), interpretado por Diana Pequeno. O CD traz, ainda, cinco faixas instrumentais: Last Train Home (Pat Metheny), Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso), After Sunrise (Oscar Castro Neves), Era Uma Vez (Stênio Matos) e Mãe Natureza (Carlos Pial).

– Esse disco surgiu depois que eu recebi um convite do compositor Alberto Trabulsi. Ele pediu que eu cantasse no disco dele uma música chamada “Sr. José”, que ele acabara de fazer em homenagem ao pai. Pensei: eu me chamo José, e mais ainsa, de Ribamar e já sou um senhor. E porque não uma alusão à praia de São José de Ribamar, o nosso santo padroeiro. E quantas as outras praias, simboliza as outras vertentes e águas que bebi pelo mundo afora – ressaltou.

Em meio à vida musical mundana, Papete revisita no álbum dois, o Bandeira de Aço, que festeja os 35 anos de existência. Ele regrava todas as faixas do trabalho lançado originalmente em 1978.

– Eu modernizei o disco enquanto sonoridade, arranjos e interpretação. Cuidei para que aquelas músicas ficassem bem gravadas, mixadas e masterizadas. O original tem falhas de gravação, de mixagem, além de instrumentos desafinados. Ele tem o ar “vintage” que todo mundo gosta, além de ser um vinil. Regravei todas as faixas com novos arranjos, novas interpretações e uma sonoridade nova que fosse assimilada pelos ouvidos atuais – explica.

Preocupação com a cantoria

Esse disco mostra Papete preocupado com a interpretação de cada uma das músicas. “Na verdade, nunca gostei de mim cantando, mas ao me ouvir nesse trabalho, me descobri como intérprete. Hoje me amo muito mais”, afirma.

Ao comparar os dois CDs, Papete destaca o contraponto que um disco faz ao outro. “São dois discos que transitam paralelamente, mas que nunca se encontram. Eles não vão convergir nunca. E também não vão divergir. Eles vão trabalhar lado a lado sempre, um ajudando o outro a definir minha alma e minha essência”, ressalta.

Não existe música boa ou ruim. Existe música mal lapidada

Para encerrar o bate papo, se falou de programação das rádios e da atual produção musical brasileira. Questionado de como se situava com a produção de um disco autoral, independente e resistente à música senso comum que prolifera nas mídias eletrônicas, Papete foi categórico em dizer que existe espaço para todo mundo e defendeu a música feita arranjos e poesia ricas.

– Não existe música boa ou ruim. Existe música mal feita. Eu respeito todo e qualquer tipo de música, mas no meu trabalho priorizo a qualidade harmônica, da poesia. Enfim, gosto de produzir uma música apurada e que faz bem aos meus ouvido – finaliza.

Nesta terça-feira (11), a partir das 20h, haverá noite de autógrafos “Sr. José de Ribamar & Outras Praias”, com direito a um faixa a faixa do disco. O local será o bar e restaurante L´Apero (Praia de São Marcos).

O Disco

CD 1

Faixa 1: O Biltre (Josias Sobrinho)

É um reggae que eu queria gravar há muito tempo. Rita Ribeiro gravou, o próprio Josias gravou num disco que produzi pra ele com a Lenita cantando junto. Acabou se tornando um “reggae-canção” – Sempre quis registrar à minha maneira com a sonoridade do Live for Change.

Faixa 2: Senhor José (Alberto Trabulsi)

Composição que o Alberto fez em homenagem ao seu pai, José Trabulsi. É uma música junina que não é nem quadrilha, nem toada, mas uma música pop com levada meio Paul Simon, só com violão, baixo e percussão.

Faixa 3: Navegantes (Erasmo Dibel)

Essa música de Dibel faz parte do projeto Ouro de Mina, série de shows que apresento no sul do país. Tem uma pegada latina, sem ser salsa ou merengue. Criei uma coisa bem sensual, rítmica, em que a música assume uma conotação latina sem perder a essência maranhense da composição. Gravei com o violão do próprio Dibel, que tem uma pegada só dele, mais os teclados do Murilo Rego.

Faixa 4: Ela (César Costa Filho)

É mais uma música com a cara do Live for Change. Foi gravada pela Elis Regina, no final dos anos 60. Faço uma coisa bem “Al Stewart”. Estou numa fase muito zen, ligado às coisas do universo. Minha concepção de música hoje é pra lá de universal. Tudo o que faço tem ligação com outras dimensões espirituais e sinto que isso funciona sem nenhuma loucura ou “bichogrilice”. Esse disco reflete toda a minha espiritualidade. E Ela tem isso também como sonoridade. É uma música triste, conta a história de uma moça que vive sozinha no oitavo andar de um prédio, em eterno conflito com ela mesma.

Faixa 5: Cubanita (Almir Sater e Paulo Simões)

Eu sempre quis gravar uma composição do Almir Sater. E essa tem uma história muito gozada. Dizem que o Paulo Simões se apaixonou por uma cubana, que depois de ter feito estragos com ele, sumiu. Essa música tem uma parte em “portunhol”, mas é cantada em português. É uma das mais pedidas no show do Almir, mas ele nunca canta. Gravei com o ritmo de polca paraguaia, meio ”chamamé”, como falam lá pras bandas de Mato Grosso.

Faixa 6: Last Train Home (Pat Metheney)

Last train home é uma música que remete muito à sonoridade dos compositores mineiros principalmente Toninho Horta, Lô Borges, Flávio Venturinni e Beto Guedes, de quem gosto muito. Pra mim, a música mineira foi o maior achado sonoro que já se fez no Brasil até hoje. Eles inverteram a maneira de compor, de cantar, de harmonizar, assessorados pelo conhecimento e sensibilidade de Wagner Tiso. Pat Metheney bebeu muito na fonte dos compositores de Minas, do Toninho Horta, principalmente. E Last train home é a música mais mineira dele. Fiz uma coisa totalmente lounge, quase que arrítmica, uma sonoridade para sonhar, em que o berimbau alinhado ao piano e o violão atinge graus de alta sonoridade, simples e contemplativa.

Faixa 7: Estrela de Madureira (Acyr Pimentel e Cardoso)

Havia uma passista muito famosa da Império Serrano chamada Zaquia Jorge, que morreu em 1971. Era uma vedete maravilhosa e Acyr Pimentel e o Cardoso compuseram uma música em homenagem a ela, que foi o samba enredo daquele ano. A Império Serrano acabou campeã e o samba foi um grande sucesso na voz de Roberto Ribeiro. Sempre amei essa música e a gravei de forma diferente, em ritmo de samba de quadra, com umas loucurinhas percussivas de arrepiar.

Faixa 8: Era uma vez (Eugênio Matos)

É um instrumental com uma alusão muito forte à percussão do Maranhão, embora minha versão seja bem pop, com uma levada de rock que lembra o Queen. Eugênio Matos é um pianista de Brasília. Essa faixa tem participação de minha filha Vitória, no começo e no fim da música

Faixa 9: Amigo(Godão e Bulcão)

Essa linda canção é uma resposta ao Boi de Lágrimas, de Raimundo Macarra. Pra mim é a música mais linda de Zé Pereira. Eu já tinha feito uma gravação dela anos atrás, mas não gostei. Tem um piano lindo de Sergio Murilo Rego, soberano, no mesmo estilo dos grandes Bill Evans e Billy Joel dos anos 1970. A coisa ficou tão emocionante, que a gente chorou durante a gravação. No final, faço uma citação de “amanheceu, já se apagou, não chora, amor, não chora, que a Madre Deus já confirmou que meu boizinho se perdeu..”. Aí ele entra com caixinha de música que vai se sobrepondo a dois pianos e eu cantando junto. Parece que a música está levantando vôo, como se o boizinho voasse em busca da sua estrela – difícil segurar as lágrimas…

Faixa 10: Na baixa do sapateiro (Ary Barroso)

Mais uma faixa resgatada do CD Era uma vez, instrumental que fiz com o pianista paulistano, Luís Lopes. Eu regravei com outras citações instrumentais. Tem uma presença muito forte do berimbau, até porque é uma música que fala da Bahia, porém sem aqueles instrumentos de axé tocando o tempo todo, com solo discreto de timbáu ao final.

Faixa 11: Um sinal de amor e de perigo (Capenga e Patinhas)

Um grande sucesso da cantora Diana Pequeno nos anos 1980. O Patinhas, para quem não sabe, é o João Santana, marqueteiro do Lula e da Dilma. Nessa faixa entra o Papete preocupado com a preservação ambiental. A música fala disso. “A noite a cidade parece que some…” e no fim eu me transformo em MC e faço um hip hop com uma forte percussão e apelo potente às causas sócio-ambientais : “E então o que é que você faz aí sentado, com essa cara de bundão que não foi convidado para a grande festa-baile da destruição?…”.

Faixa 12: After sunrise (Oscar Castro Neves)

Era uma música que eu tocava muito com a grande violonista Rosinha de Valença. Ela tocou com Sergio Mendes, com quem quase fui tocar (Paulinho da Costa foi no meu lugar…) e quem substituiu Rosinha no conjunto do Sergio Mendes foi Oscar Castro Neves. É uma música feita para pandeiro, congas, berimbau. Os pandeiros com a levada de Marcos Suzano que eu adoro tocar no mesmo estilo. É uma ode à música instrumental, ao percussivo.

Faixa 13: Mãe Natureza (Carlos Pial)

Faixa instrumental composta pelo maranhense Carlos Pial, na minha opinião o maior percussionista brasileiro da atualidade. Nela, eu crio um paraíso, um Éden, com passarinhos, muita água e muita natureza. No final, entra uma música incidental da cantora Anna Torres e do Chico Poeta chamada Água, em que faço uma levada indígena. E o berimbau sempre presente, grave e solene…

Foto: Gustavo Sampaio / Imirante.com

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Obras de autores maranhenses é na Biblioteca

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Com o objetivo de promover o livro e a leitura, apoiar os escritores do nosso Estado, atrair novos leitores e fortalecer o depósito legal de obras maranhenses na Biblioteca, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secma) e da Biblioteca Pública Benedito Leite (BPBL), realiza, nesta sexta-feira (7), às 18h, a VI Edição do Lançamento Coletivo de Obras Maranhenses.

Esse ano serão 20 livros lançados, das diversas áreas do conhecimento, sendo 14 indicados pela Biblioteca e seis pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (Fapema). Além de autores de São Luís, participarão, também, escritores de Colinas, Morros, São Bento, Esperantinópolis e Barra do Corda.

O evento acontecerá na Biblioteca Pública Benedito Leite e faz parte das comemorações de sua reinauguração.

Autores homenageados

Aspectos urbanos de São Luís: uma abordagem multidisciplinar. Grete Plueger e José Bello Salgado

Antologia da Academia Barra Cordense de Letras. Academia Barra Cordense de Letras

O campanário da Padroeira: subsídios para a história de Colinas. Paulo Eduardo de Sousa Pereira

Mandinga. Raimundo Carneiro Corrêa

Recomeço de uma história: percurso histórico e a recriação da Biblioteca Pública do Maranhão na Primeira República. Diana Rocha e Cesar Augusto Castro

São Luís: memória e tempo. Antonio Guimarães de Oliveira

Os deslocamentos como categoria de análise: o garimpo, lugar onde se fica e o babaçu nossa poupança. Cyntia Carvalho Martins

O dote é a moça educada: mulher, dote e instrução em São Luís na Primeira República. Elizabeth Sousa

Experimentos fáceis de Física: uma conversa com o professor de Ensino Médio. Fábio Henrique Silva Sales

Escripta Rudimentar: uma polêmica entre Antônio Lobo e Barbosa de Godóis. Ana Caroline Neres Castro Licar

Mundos do Trabalho no Maranhão Oitocentista: os descaminhos da liberdade. Regina Helena Martins de Faria

Sindicalismo e Privatização: o caso da Companhia Siderúrgica Nacional. Sérgio Martins Pereira

Crime Falencial e Competência Material. Rodolfo Soares dos Reis

Um Terço de Memória, entre Anjo da Guarda e Capela de Onça, e Os Heróis do Boi de Ouro. Herbeth de Jesus Santos

O Epaminondas Americano: trajetórias de um advogado português na província do Maranhão. Marcelo Cheche e Yuri Costa

Tear. Quincas Vilaneto

Morros: história e memória de um povo. Rogério Rocha

Proscritos. Beto Nicácio

Touchê em Balaiada: a revolta. Wilson Marques

Mistérios da Vila de São Bento. Álvaro Urubatan Melo

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Renato Russo Sinfônico dia 29 no Mané Garrincha

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Ivete Sangalo, Lobão e Zizi Possi estão na lista de convidados que vão cantar os sucessos da Legião Urbana no show “Renato Russo Sinfônico”, em homenagem ao cantor morto em 1996.

O show único acontece no dia 29 de junho no novo estádio Mané Garrincha, em Brasília, e terá como destaque um holograma de Renato, nos mesmos moldes que trouxe Tupac Shakur de volta aos palcos em 2012 no festival Coachella. A projeção está a cargo da mesma empresa responsável pelo holograma do rapper, V-Squared Labs.

O evento, promovido pela Legião Urbana Produções e pelo filho do cantor, Giuliano Manfrendini, traz artistas de gêneros e regiões diversas. Alexandre Carlo (do Natiruts), André Gonzales (do Móveis Coloniais de Acaju), a ganhadora do “The Voice Brasil” Ellen Oléria, Fernanda Takai, Hamilton de Holanda, Jerry Adriani, Jorge Du Peixe, Luiza Possi, Sandra de Sá e Zélia Duncan completam a lista dos convidados que vão interpretar as músicas da Legião acompanhados pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. O cantor Lobão adiantou no Twitter que vai cantar “Perfeição”, do disco “O Descobrimento do Brasil”, de 1994.

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