Conversa à três

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Tássia Campos e André Lucap foram as atrações deste domingo, 8, no Plugado, na Mirante FM. André aproveitou para falar do Mofo, projeto feito em parceria com o multimídia Jorge Choairy.  Também apresentou as quatro músicas de sua autoria disponíveis na internet. soundcloud.com/andrelucap. São elas: Pelo Avesso, A Hora Agora, Flores, On e Banda no Apartamento, gravadas em São Luís no estúdio do músico Guilherme Raposo. Ouça Disse ele que a ideia é continuar disponibilizando até completar uma gama de canções para se formatar um disco.

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André disse estar afastado da música, mas flertando com a fotografia e a produção. Ele falou da experiência com o poeta Celso Borges no lançamento do livro “Belle Epoque”, no Cine Praia Grande.

– Foi um encontro em que eu, Bruno Azevedo, Celso Borges, Reuben Rocha e André Grolli. Eu produzi o vídeo e juntos fizemos o casamento com a música e a poesia. Celso estará de volta em outubro e estamos conversando em fazer o encontro dele com o singelo “Restos Inúteis” – assegurou.  

Tássia Campos, que já teve canção “Intervalo”, de autoria André, em seu repertório e estará incluída no primeiro disco da artista, disse estar vivenciando um momento importante na carreira. A participação no show da cantora mineira Ceumar no último dia 31, no Teatro João do Vale, lhe rendeu bons frutos.

A cantora maranhense foi convidada pela produtora de Ceumar para se apresentar no Sesc Interlagos (SP), em outubro. Tássia adiantou que levará para a capital paulista um show conceitual, onde serão priorizadas as músicas que estarão em seu primeiro disco, aliadas a músicas de compositores brasileiros que gosta de ouvir.

Ela declarou que antes da viagem a São Paulo tem um show programado para setembro, em São Luís. No sábado, dia 14, no Ceprama, ela participará do show do Clã Nordestino e a banda de rap paulistana MC´s Racionais, liderada por Mano Brown.

– Agradeço o convite feito pelo Nando, do Clã Nordestino, em participar de um show tipicamente rap. Gosto da cultura Hip Hop. É a voz da periferia de fato. E como intérprete é uma boa oportunidade e importante colocar a voz a serviço desse segmento musical, engajado politicamente – ressaltou.

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Diálogo com outras aldeias

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A cantora Lena Machado disse que não querer ser rotulada apenas como sambista. Em entrevista neste domingo, 4, ao Plugado, na Mirante FM, a artista falou do segundo disco “Samba da Minha Aldeia”, título homônimo do show que apresenta nesta quarta-feira, 7, às 20h, no Teatro Artur Azevedo.

O convívio com o ambiente musical, sobretudo com músicos de uma maneira ou outra vinculados ao Clube do Choro do Maranhão, garantiu a Lena Machado um amadurecimento percebido quando se comparam os dois trabalhos – o primeiro também teve repercussão nacional e foi lançado, além de em São Luís, em Aracaju/SE e Brasília/DF.

Natural do município de Zé Doca, Lena Machado considera uma cantora aberta a toda e qualquer vertente. Afirmou ainda que o trabalho como uma pérola a ser conquistada em sua vida. “Esse disco representa um sonho realizado, em que faço um passeio pelo samba, choro, blues, baião, salsa, pitadas eletrônicas, sem perder as referências com as raízes maranhenses e ao mesmo tempo com a preocupação de um contato, o de dialogar com outras aldeias sonoras”, explicou.

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Lena Machado destaca no trabalho representantes da velha e jovem guarda da música popular maranhense, entre os quais, Aquiles Andrade, Bruno Batista, Cesar Teixeira, Chico Canhoto, Chico Nô, Gildomar Marinho, Joãozinho Ribeiro, Josias Sobrinho, Patativa e Ricarte Almeida Santos.

Para marcar o lançamento oficial de Samba de Minha Aldeia, Lena Machado escolheu o palco do Teatro Arthur Azevedo.

– É um dos mais belos teatros do Brasil, um dos mais antigos e tem uma energia positiva. Muita coisa importante para a música do Maranhão e do Brasil aconteceu aqui. É inspirador cantar aqui – revela.

O show desta quarta-feira, 7, tem arranjos e direção musical de Luiz Jr. (violão e viola caipira), e um time de músicos formado por alguns nomes que não participaram do disco, tais como, George Gomes (bateria) e João Paulo (baixista). O show terá ainda as participações de Patativa da Madre Deus, Célia Maria, Leo Spirro e Aquiles Andrade.

Se compositores, repertório e instrumentistas são luxos e primores, o projeto gráfico não poderia ser diferente: assinado por Waldeilson Paixão, traz fotografias de Rivânio Almeida Santos que captam o clima de Botequim (título de choro de Cesar Teixeira, gravado por Lena) no Bar do Léo, no bairro do Vinhais.

– Aquiles representando a nova geração de talentos maranhenses que tem surgido, um dos compositores que gravei. Célia, Spirro e Patativa [esta a única compositora gravada por Lena] são, cada um a seu modo, grandes mestres da música produzida aqui, personagens importantíssimos, tenho aprendido muito com eles – comentou.

Além do repertório do disco, que será interpretado na íntegra, Lena Machado cantará também obras de compositores como Antonio Vieira e Chico Maranhão, entre outras surpresas para o público.

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Pirataria…

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O Ministério da Cultura (MinC) trouxe a público, na manhã de terça-feira, 15, suas idéias para o que pode vir a ser a nova lei do direito autoral brasileiro.

Numa entrevista coletiva concedida em Brasília, o ministro Juca Ferreira explicou as bases do texto que deve ser liberado hoje para consulta pública.

A iniciativa do governo brasileiro inclui-se num movimento mundial de revisão de leis que, simplesmente, não cabem no mundo que, na virada do século 21, tinha se tornado digital.

O texto em vigor hoje no Brasil foi aprovado em 1998, como atualização de uma lei criada em 1973. O texto atual trata como ilegais atitudes corriqueiras, como a cópia de um CD para um pen drive.

Saiba, a seguir, quais são os planos do governo brasileiro. Leia a entrevista:

O MinC coloca o texto em consulta às vésperas das eleições. Pelas minhas contas, se serão 45 dias de consulta, a nova lei acabará sendo apresentada em pleno processo eleitoral…

Juca Ferreira – No seu cálculo, só consta uma parcela do processo. Depois desses 45 dias, uma equipe do ministério do vai se debruçar sobre todas as contribuições recebidas para preparar um novo texto que assimile as propostas. Ou seja, o novo texto lei só ficará pronto depois do processo eleitoral.

No ano que vem?

Não, no final deste ano.

O governo francês, no ano passado, apresentou uma lei que tendia a enquadrar os usuários da internet. Que caminho seguirá o Brasil? A legislação tende a ser mais aberta ou mais restritiva?

Queremos um sistema mais aberto.

Em primeiro lugar, porque mesmo que não houvesse o mundo digital, a internet, a nossa lei seria muito ruim. Ela não é capaz de garantir o direito do criador porque o sistema de arrecadação de direitos é obscuro, sem nenhuma transparência.

Além disso, a lei tem aspectos caricaturais. A cópia individual, por exemplo, não é permitida. Quem compra um cd não pode, pela lei, copiá-lo para o próprio ipod.

Uma editora que não queria reeditar um livro, algo normal, torna o livro indisponível porque nem alunos nem professores podem fazer cópia. Isso contraria a tendência do mundo inteiro.

Há quem defenda que a lei brasileira é boa.

A lei brasileira é um modelo de como não deve ser. O mundo inteiro está se adaptando à realidade digital.

Mas nem sempre liberalizando…

Sim, mas todas as tentativas de se enquadrar o mundo digital em padrões analógicos se mostraram um fracasso. Nos Estados Unidos, chegaram a processar crianças de nove anos que estavam fazendo cópias para os amigos.

O governo brasileiro quer criar um sistema que estimule o pagamento do autor na internet. O que a gente quer é legalizar.

A modernização legal, além de ampliar e assegurar o direito do autor, quer harmonizar e garantir o direito do investidor.

Tudo isso sem esquecer que o acesso é um direito da população.

Mas qual o limite entre o direito ao acesso e o direito do autor?

O autor deve ser sempre remunerado. Mas, na medida em que reconhecemos o direito da cópia individual, estamos garantindo o acesso da sociedade ao conhecimento.

Hoje, um professor de um curso de cinema, não pode, legalmente, apresentar sequer cenas de um filme na sala de aula.

Em cursos de medicina ou administração são muitos os livros esgotados que não podem ser reproduzidos. A nova lei quer criar uma brecha para esse tipo de cópia, mas prevendo o pagamento do direito autoral para a cópia reprográfica.

O novo texto prevê a criminalização do jabá –execução paga de música nas rádios e emissoras de TV. Qual a ligação do jabá com o direito autoral?

O jabá criou um sistema perverso que cerceia a diversidade cultural e restringe a economia da cultura.

Quem paga para executar sua música no rádio cria a ditadura do gosto.

A partir da nova lei, quem fizer isso será processado. Se você legitima um sistema que define o que vai ser apresentado nas rádios e TVs, você está cerceando a liberdade, excluindo boa parte dos autores.

O jabá se caracteriza como concorrência desleal.

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) e alguns artistas já estão se posicionando contra a reforma na lei. O MinC está preparado para o embate?

Estamos estudando essa reforma há oito anos. Envolvemos mais de 10 mil pessoas em reuniões setoriais e fizemos estudos comparativos com outros países.

O sistema brasileiro de arrecadação quer manter o status-quo. Mas esse sistema vive de processos jurídicos.

Temos, numa ponta, milhares de processos contra bares, hotéis, cinemas e, na outra ponta, os artistas desconfiados de que não estão recebendo pagamento.

Se eu fosse um sistema de arrecadação que desperta tanta desconfiança da parte dos artistas, eu adoraria que houvesse um sistema de transparência para que as pessoas parassem de questionar o meu trabalho.

Como eles estão acomodados a um sistema autoritário, unilateral, tenho certeza de que haverá reação negativa.

Mas isso é demanda histórica dos autores e intelectuais. O Brasil não se livrará da herança da ditadura enquanto não se livrar desse entulho.

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‘Ser ‘deejay’ vem do berço…’

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erickabragaOuvido afinado, atitude, personalidade e estilo sofisticado, sempre apostando na melodia requintada da house music, passando pelo deep, tech e progressive. A ‘deejay’ Ericka Braga foi uma das convidadas da edição especial do Dia das Mães, do Plugado, na Mirante FM. Acompanhada do DJ Jorge Choairy, ela definiu o parceiro como uma luz nessa vocação, até então incubada, em ser a primeira ‘dj’ genuinamente E-Music em São Luís. Ericka conta que a vocação pela atividade vem do berço. “Aos sete anos ia para escola escutando a minha música, pois sempre tive uma personalidade musical muito forte.

Ela citou a boate Gênesis como o começo da paixão pela música eletrônica e fez elogios ao DJ Pirulito que abria a boate para que ela pudesse gravar as músicas de cabeceira.

Ericka comentou da experiência que teve com o irmão camarada Jorge Choairy em Berlin, capital da Alemanhã, e templo sagrado da cena eletrônica no planeta. O DJ Choairy conceituou o momento como mágico. Na opinião dele a mundanidade curtida musicalmente pôde ser apreciada fisicamente.

Aproveitando que as férias de julho se aproximam e do magnetismo da ilha maravilha, Éricka promete a balada Sunset cuja proposta é começar às quatro da tarde e encerrar às duas da madrugada do seguinte, tocando a cena eletrônica de Israel, e lógico, obedecendo as normas e mandamentos da Manzuá. Além do projeto da festa em São Luís, Ericka Braga foi convidada para integrar o line up de uma festa no Chez Moi, em 12 de junho, dia dos Namorados. 

Na terra da rainha

Ericka Braga DJ e Produtora Musical formada pela Lodon School of Sound – UK, faz parte do casting de Dj’s da KosmetiQ em London, onde fixou residencia no Gilt Lounge Bar e Souk. A ida para Londres a influenciou bastante, e segundo ela, contribuiu para que tivesse acesso a novas sonoridades, além da presença em vários festivais do gênero eletrônico.

Iniciou suas atividades como produtora musical pela Qritikal Records, selo ingles que produziu famosos remixes das cantoras Sonique, Pink e Maria Angeli, atuando ao lado do DJ e Produtor Steve D. Em parceria com o DJ Simon Lawrence, produtor da Blue Print, passou por casas londrinas como MoMo’s e Molton House.

E-Brazuca

Tem tocado em casa noturnas famosas no eixo Rio/SP, como Boox, Café de LA Music, 3P4, Bar Secreto. Atualmente ela atua como DJ residente em Sao Paulo, onde faz barulho no Café de LA Music.  Fez pista, ao lado de renomados, entre os quais, Rodrigo Ferrari, Mario Fischetti, Roger Lyra, Ale Rauem, DRI.k, Carol Legally, Nath Carreiro, Jesus Luz, em São Luís, no ano passado.

Mesmo acreditando na cena eletrônica, Ericka lamenta que no Brasil o gênero ainda engatinha e que o ‘deejay’ não tem um respeito merecido. ‘Na Europa o DJ, além de animar, é tratado como o anfitrião, um pop star, o dono da festa’, definiu.

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Além do bate papo, a dupla Ericka e Choairy (na foto longe das pick ups e meditando com Franz Kafka) interagiu na programação do Plugado apresentando a cena eletrônica produzida em Israel, Polônia e no Brasil, com o ‘deejay’ paulistano Gui Borato, em uma coletânea assinada por ele.  O cara é conhecido internacionalmente e já esteve em São Luís, em uma das festas da Piquet Produções.

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Pérola aos Povos

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ritstecnomacumbaRita Ribeiro conversou com o jornalista Pedro Sobrinho, no programa Plugado, levado ao ar, neste domingo, na Mirante FM. Ela destacou o seu primeiro DVD, “Tecnomacumba – A Tempo e ao Vivo”,  uma parceria entre Manaxica Produções Artísticas e Canal Brasil com patrocínio da Petrobras, distribuição da gravadora Biscoito Fino. Com direito a um faixa a faixa do CD homônimo, a cantora comentou que o trabalho já percorreu algumas capitais brasileiras, entre as quais, Rio de Janeiro, Savaldor. Para Rita, o retorno a São Luís é para divulgar o trabalho junto à imprensa, apresentá-lo as pessoas. Disse ainda que um outro objetivo da sua vinda a cidade é para conhecer a cena, saber quem está fazendo música, compondo na atualidade.

Questionada sobre o envolvimento de Maria Bethânia e Caetano Veloso no trabalho, Rita disse que foi um achado e que tudo aconteceu por meio da troca de informações, da curiosidade que um artista quando pesquisador tem em conhecer o trabalho do outro.

– Em seu texto de apresentação, Caetano Veloso também ressalta o papel do tempo no sucesso de Tecnomacumba, além de se derramar em elogios ao trabalho. Para ele, a compreensão total da importância deste trabalho para a história da música popular brasileira e para a cultura de herança africana só vai ocorrer daqui a alguns anos. Por enquanto, disco e DVD vão seduzir pela qualidade musical, pela mistura de ritmos e gêneros musicais, pelo repertório bem selecionado e pela minha voz – comentou.

No que diz respeito a participação de Bethânia, Rita disse que vai além do depoimento nos extras. “A diva baiana divide comigo os vocais de Iansã (Caetano Veloso), numa interpretação emocionante e memorável”, elogiou.  Rita também destacou a participação de Alcione no ‘making of’ do trabalho. “Além de conterrânea, da amizade, a contribuição da marrom foi muito grande na concretização do trabalho”, acrescentou.

Sobre o tempo de espera de quase 20 anos para lançar o DVD, Rita brincou dizendo que o surgimento do DVD no Brasil não tem dez anos. Em tom de seriedade, ela explicou que não é de fazer algo apenas porque está na moda ou porque o mercado recomenda.

– Eu só faço aquilo que eu quero e acredito. Até então, não achava significativo para minha carreira lançar um DVD. Não queria lançar um DVD só por lançar. Queria que o DVD correspondesse a uma vontade minha de me expor de outra maneira que não apenas pela voz e à vontade de meu público de ter um registro audiovisual maior que o videoclipe. Essas vontades chegaram e vieram com o Tecnomacumba, um trabalho que considero um marco na minha carreira. Um trabalho atemporal – detalha.

As novidades em relação ao repertório do disco de 2006 são as releituras de Moça Bonita (Jair Amorim e Evaldo Gouveia) e de Xangô, O Vencedor, sucesso popular de Ruy Mauriti que acabou caindo no esquecimento. A direção musical ficou a cargo de Israel Dantas, guitarrista da Cavaleiros de Aruanda,  banda que acompanha Rita Ribeiro e da qual também fazem parte os músicos Alexandre Katatu (baixista), Lúcio Vieira (baterista e programador eletrônico), Pedro Milman (tecladista) e Paulo He-Man (percussionista).

A artista define o Tecnomacumba – A tempo e ao vivo como um registro  bem-sucedido do show homônimo, que virou CD em 2003 e que, nos seis anos em que circulou pelo Brasil, foi visto por mais de 300 mil pessoas. “É fato raro, no Brasil, um show de música ficar em cartaz por tanto tempo. Enfim, é uma pérola aos povos – destacou.

“Tecnomacumba” – o show que deu origem ao DVD – ainda não tem data para ser apresentado em São Luís. Rita Ribeiro o apresentou na capital maranhense uma única vez, em 2006. “Agora queria trazê-lo em toda sua estrutura. Queria falar sobre o projeto, fazer as pessoas entenderem”, observa.

Rita Ribeiro está de bem com a vida. Além do “Tecnomacumba – A Tempo e ao Vivo” , ela continua com o trabalho paralelo “Três Meninas do Brasil” com as cantoras Jussara Silveira e Teresa Cristina. O disco “Suburbano Coração”, o futuro trabalho da cantora, está em fase de pré-gravação.

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Louvação a São Luís

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Alcione reuniu a imprensa para anunciar detalhes do show de gravação do DVD. O encontro aconteceu neste domingo, 4, em um hotel da cidade. Esse será o primeiro DVD da cantora gravado em São Luís. Segundo ela, o trabalho representa um marco e legitima a sua relação de amor com a terra natal. “Estou muito feliz por essa possibilidade em São Luís”, comentou. O show ocorrerá nesta quarta-feira, 7, a partir das 21h, na Praça Maria Aragão. Da gravação participam Simoninha, filho de Wilson Simonal, o grupo Revelação, Boizinho Barrica, Humberto de Maracanã e o Coral de São João. O acesso é livre.

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Questionada sobre o tempo de espera para gravação de um DVD em São Luís, tendo em vista a uma longa estrada musical, Alcione disse que a gravação não veio por acaso. “O meu cordão umbilical está aqui. Eu já estava passando do tempo em gravar o DVD em São Luís. Tudo tem seu tempo e a hora. O tempo e a hora de fazer o trabalho na minha cidade é agora. Eu quero que o DVD seja lançado no Dia dos Namorados, 12 de junho – brincou.

Para Alcione a gravação do DVD não se resume apenas no disco, mas sim num espetáculo. A cantora disse que cantará grandes sucessos, canções de artistas consagrados e inéditas na voz dela. Um grupo carioca vai apresentar ‘street dance’ flertando pelo samba de gafieira. A música feita por maranhenses tem espaço garantido no show, além da homenagem a ser prestada ao pai, o maestro João Carlos, já falecido.

– O meu afeto por São Luís estará presente na abertura do show com a canção “Louvação a São Luís”, do poeta maranhense Bandeira Tribuzzi, com a participação do Coral de São João. Um outro momento importante do show é a reverência que faço ao meu pai, o maestro João Carlos. Ele  influenciou bastante em minha carreira. Ela será homeageado com a canção “Influência do Jazz”, onde irei executá-la tocando trompete. Vamos cantar músicas do carnaval maranhense, pois sempre que posso comento sobre o jeito peculiar e cheio de escracho das canções produzidas para a folia local – defendeu.

Durante a entrevista coletiva, Alcione declarou desconhecer as ferramentas da internet. Disse que tem pessoas em seu escritório para colocá-la em contato com o mundo virtual. Para ela, a internet é importante quando utilizada para o bem. “Tiro proveito do veículo de comunicação em coisas de meu interesse pessoal, profissional, para divulgar minha carreira artística – ressaltou.

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Sobre as participações de fora, Alcione falou da importância de cada convidado para a festa. São eles, o grupo Revelação e Simoninha, filho de Wilson Simonal.

– O contato entre mim e o grupo Revelação existe por conta do projeto Cidade do Samba e dos shows solidários que faço no dia do meu aniversário e eles participaram por dois anos consecutivos. Já, o Simoninha tem o sangue azul na música popular brasileira, além de ser filho de Wilson Simonal, um músico talentoso e que conheceu os dois lados da moeda: o do sucesso e o da injustiça. Mas, ter o Simoninha envolvido com o trabalho é representativo. Eu o convidei e ele aceitou o convite para interpretar “Chutando o Balde”, em que é responsável pelo arranjo – comentou.

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Alcione aproveitou o bate papo com a imprensa para falar da importância de Deus em sua vida profissional. Agradeceu a ele por conceber a oportunidade de ter lhe dado uma voz a serviço da música.

– É um ritual, uma obrigação diária agradecer a Deus por essa chance única de cantar e conseguir sobreviver da profissão. Sou uma privilegiada por conseguir materializar alguns dos meus sonhos: o de ser cantora e vencer no meu País – declarou.

Entre os muitos sonhos e projetos em sua vida profissional está o de gravar um disco em espanhol para o mercado latino-americano.

Foto: Biaman Prado/O Estado

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‘Tão bem quanto um bom vinho’

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zeca2Zeca Baleiro é um dos nomes confirmados para a 4ª edição do Rock in Rio Lisboa, que ocorrerá entre os dias 21 e 29 de maio, no Parque Bela Vista, na capital portuguesa. O cantor e compositor maranhense estará no Palco Sunset Rock in Rio, onde incursionará numa atmosfera de improviso, experimentações. Enfim, na melhor tradução ‘gringa’ será uma Jam Session em que o palco será dividido com o patrício Jorge Palma, entre outros artistas, ‘que acreditam na fusão das culturas, como uma tendência, que não rivaliza, mas sim converge com a identidade e cria novas idéias e sonoridades desconhecidas do grande público. Zeca Baleiro editou nove álbums, vários singles e coletâneas. Já tem afinidade e platéia formada em terras estrangeiras, particularmente em Portugal. Em entrevista exclusiva ao jornalista Pedro Sobrinho, Zeca Baleiro falou do prazer em tocar com Jorge Palma de quem gravou uma faixa-bônus em um dos seus discos. Questionado sobre a evolução como artista, Baleiro afirmou em tom de brincadeira que está ‘tão bem quanto um bom vinho’.

Blog: O convite em participar do Rock in Rio Lisboa não ecoou como surpreendente uma vez que a sua música é conhecida e respeitada pela plateia portuguesa…

Zeca Baleiro: É, desde 99 tenho ido com regularidade a Portugal, e já tive vários discos lançados lá.

Blog: Você dividirá o palco com o músico Português Jorge Palma, num espaço batizado de “Sunset Rock in Rio”. De acordo com os organizadores do festival, ele foi criado para encontros inesperados, de experimentações e concertos únicos. Enfim, como será o seu envolvimento com esse espaço marcado pela descontração, pelo improviso, dentro de um contexto de Jam Session ?

Zeca Baleiro: No disco “Baladas do Asfalto e Outros Blues”, edição portuguesa, gravei uma faixa-bônus, uma canção do Jorge Palma chamada “Frágil”, que fez um relativo sucesso nas rádios portuguesas. Não nos conhecemos pessoalmente ainda, mas sei que ele admira meu trabalho, assim como admiro o dele. Acho que vai ser divertido, vamos poder tocar autores que são referências comuns, como Bob Dylan, por exemplo.

Blog: Como pretende interagir no palco toda a sua versatilidade e diversidade musical com Jorge Palma, rotulado como cantor de rock em Portugal ?

Zeca Baleiro: Na verdade, o trabalho dele é mais abrangente do que esse rótulo de “cantor de rock”. Há uma veia bluesy muito forte na sua música, assim como há um clima meio cabaré em alguns discos também. Ele é versátil, transita por muitos gêneros, acho que vai ser fácil a interação.

Blog: Em tempos de globalização cultural, saem fortalecidas as identidades regionais? Ou a fusão das culturas é uma tendência, em especial, na música ?

Zeca Baleiro: Acho que sim, saem sim. Com a padronização imposta pela globalização, vem o desejo de vermos afirmadas as identidades regionais, específicas, acho eu. Mesmo a fusão das culturas, que é sim uma tendência, não rivaliza com essa afirmação de identidade. Pois as fusões acabam por trazer à tona sonoridades novas, inéditas, desconhecidas do grande público.

Blog: Fora o Rock in Rio Lisboa, como Zeca Baleiro conduzirá o seu trabalho em 2010 ?

Zeca Baleiro: Tenho muitos projetos na agulha. Pretendo lançar neste ano uma coletânea das trilhas que já fiz pra cinema e dança e que estão dispersas. Tenho um disco gravado ao vivo, já pronto, com repertório de inéditas e releituras que vão desde Cartola a Camisa de Vênus. Chama-se “Concerto”, e foi gravado numa temporada de nove shows que fiz entre setembro e outubro no Teatro Fecap, em São Paulo. É um show só de violões. Tenho o projeto de um livro também pra este ano, uma compilação dos artigos que venho escrevendo no meu site desde 2005 sobre assuntos diversos. Veja, se Bruna Surfistinha, Doca Street e Lucila Diniz podem lançar livros, então eu também posso… rsrsrsrs.

Blog: Você lançou o CD duplo “Coração do Homem-Bomba”, que você denomina de um CD em dois tempos. Trabalhar com esse objetivo tem sido proveitoso mercadologicamente ?

Zeca Baleiro: Foi uma experiência, acho que deu muito certo, tanto artística quanto comercialmente. Os dois discos venderam cerca de 40 mil cópias, o que, nos dias de hoje, não é uma cifra desprezível. Foram feitos num formato econômico, mais barato. Vou continuar a experimentar nesse sentido, buscando alternativas a esse marasmo pessimista da indústria cultural.

Blog: Como você define a sua evolução como artista de..”Por Onde Andará Stephen Fry””até “O coração do Homem-Bomba””?

Zeca Baleiro: Me sinto melhor, como um bom vinho…rsrsrsrs

Blog: Rsrsrsrsrs..Zeca…(você) como sempre instigante brincalhão. Brigadão pelo bate papo…

Zeca Baleiro: Valeu e boa sorte a todos…

(Entrevista publicada na revista Òtima)

Foto: Guilherme Bergamini

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Trabalho, otimismo e renovação…

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Passado o carnaval, o cantor e compositor Mano Borges fez um mapeamento do projeto “Outros Carnavais”, realizado durante o pré e os quatro dias Gordo da folia , no Mirante da Lagoa, que teve ainda no ‘line up’, Espinha de Bacalhau, Argumento e o DJ Franklin. Em entrevista na edição deste domingo (28), do Plugado, na Mirante FM, comandado pelo jornalista Pedro Sobrinho, Mano falou da experiência em tocar o projeto carnavalesco em um lugar aberto e de grande concentração de pessoas.

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– Foi um momento de prazer ao ver a juventude de São Luís e de outros estados prestigiando as marchinhas feitas anos atrás e que continuam fazendo sucesso junto a nova geração. Isto é um reflexo de que as coisas boas ainda vingam e que o trabalho em dueto com Natália Ferro surtiu efeito e se consolidou na cidade – declarou.

Mano aproveitou para falar das presenças dos músicos que vieram do Rio de Janeiro para participar da festa, entre os quais, Bruno Cunha, Nina Wirtti e Roberta Espinosa. Dos três disse já conhecer o trabalho de Roberto Espinosa, onde conceitua como excelente. Sobre a Nina Wirtti disse que ela quebra o conceito de que o samba é também a música de todas as cores. “Ela tem talento e a pegada de quem sabe cantar samba”, elogiou. Já a atuação de Bruno Costa no palco chamou muita atenção de Mano. “Ele é um artista de muita atitude no palco. Disse a Bruno que iria ainda vê-lo brilhando nacionalmente como cantor de samba”.

Questionado sobre a parceria com Natália Ferro no projeto “Outros Carnavais”, Mano disse que foi proveitoso tê-la descoberta e juntos estarem dividindo o palco numa aliança com as músicas de antigos carnavais (marchinhas, sambas) e do Pop Atual.

– Natália é uma artista jovem e talentosa. Quando apresentei o projeto ela não fez cara feia, pois já tinha acesso as marchihas dos tempos da vovó. Tudo ficou mais fácil, pois juntos aliamos o antigo e o novo para fazer no carnaval em São Luós. A receita deu certo no Espaço Armazém, no Feijão de Corda (youtube) e este ano no Mirante da Lagoa. Espero que tenha vida longa. Se for o caso de terminar por algum motivo, estarei pronto para entender que nada na vida é eterna- ressaltou.

Mesmo diante da pirataria e da música disponível na intenet (download), Mano Borges garante que não perdeu o tesão de gravar CD. “Encaro todas esses fenômenos com naturalidade. E corro atrás do lucro e das coisas que eu acredito. Portanto, penso em gravar um CD com releituras de músicas românticas com obras de Márcio Greick , Roberto Carlos, Reginaldo Rossi, e outro genuínamente de samba. Falar de datas de lançamento ainda não é o momento. O objetivo principal é articular recursos para concretização dos projetos – assegurou.

Mano já estar pensando no São João e na Copa do Mundo e tem projetos engatilhados para as duas festas que por coincidência ocorrerão em junho.

– No São João verde-amarelo estamos preparando um show junino e existe a possibilidade de se fazer um carnaval nos dias do jogos do Brasil em um bar da cidade. Essa segunda opção ainda está sendo articulada, pois levarei a concepção do meu projeto e terei que ouvir sobre o que pensa o contratante. Enfim, o que gosto é de fazer festa, pois a minha vida é movida de trabalho, otimismo e inovação – concluiu.

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Cine Tropical

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Cine Tropical é o nome do segundo CD de Alê Muniz e Luciana Simões,  protagonistas do projeto Criolina,conhecido nacionalmente. O mais recente trabalho do casal traz como concepção canções inéditas,
baseado em fatos reais, onde o foco principal é o cinema. Aventura, bang bang, ficção científica, chanchada, compõem trilhas sonoras que conduzem o ouvinte a diversos cenários e paisagens. O Cine Tropical
foi lançado em outubro, em três shows: um em Barreirinhas e os outros dois em São Luís, ou seja, na Praça Nauro Machado, Praia Grande, e em festa temática na Toca do Trovão, no Araçagy.

As gravações do disco foram iniciadas em São Luis, com os músicos João Paulo, Gerson da Conceição, Jayr Torres, Oliveira Neto, Luis Cláudio e Marcos Cliff. A finalização foi em São Paulo, no estúdio Saravá (de Zeca Baleiro), com participações especiais, em algumas faixas: o guitarrista Tuco Marcondes nas faixas Cine Tropical e Barbarella; o baixista Fernando Nunes dirigiu e produziu Namoradinho Refém e Vacinado; o trompetistaJoão Lenhare nas faixas Revanche e Louquinho; o trompetista Hombre em São Luis-Havana e Eu vi Maré Encher; e René Parise na faixa Louquinho. Entre as participações especiais também estão o saxofinista Célio Muniz, na faixa Cine Tropical, e o poeta Celso Borges, que compôs São Luis-Havana em parceria com a dupla

Depois de João do Vale, Alcione, Antônio Vieira, Zeca Baleiro e Rita Ribeiro, o casal Alê e Luciana, ou a patente Criolina, representa um divisor de águas na música feita por maranhenses. Em uma abordagem feita pelo jornalista Pedro Sobrinho, eles falaram sobre o projeto sonoro Criolina, o novo disco, a relação entre a música e a poesia. O bate papo informal foi à base de uma audição do Cine Tropical, um bom vinho. para combinar com a atmosfera das festas de fim de ano. A entrevista foi publicada na mais nova edição da revista Òtima.

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Blog: O suingue do Criolina é feito de forma divertida e cheio de boas referências. Esse é o caminho a ser sempre seguido pela dupla Alê e Luciana,, idealizadora do projeto ?

Criolina: Sim, a gente acredita na boa música, na poesia. Achamos que boa música pode ser feita com bom humor, posso citar alguns artistas que possuem essa natureza, entre eles, Raul Seixas, Rita Lee e Zeca Baleiro…

Blog: Vocês lançaram recentemente em São Luís e Barreirinhas o novo disco “Cine Tropical”. Além das 14 faixas, o foco do trabalho é o cinema. Como é conduzir o ouvinte a diversos cenários e paisagens musicais envolvendo a sétima arte ?

Criolina: Alguns críticos, como um bom exemplo Pedro Alexandre Sanches, nos despertaram para o fato de que a nossa música é cheia de imagens. No novo trabalho a gente mergulhou a fundo nas imagens do cinema que nos marcaram de alguma forma, e claro, nas imagens do nosso cotidiano. A gente ficou inspirado pelos beijos de cinema, pelo amor, pelos gêneros que podíamos explorar, como a chanchada, que foi o início do cinema no Brasil.Tem ainda o bang, bang de John Wayne, além de fontes inspiradoras como Brigitte Bardot, o filme Bye bye Brasil e por aí vai.

Blog: Jovem Guarda,  funk, reggae, música ‘kitsch’, misturados  à cultura local dos pregoeiros, do tambor de crioula, entre outras manifestações maranhenses. Como é conceber tantas linguagens poéticas, sonoras e colocar em prática num CD ?

Criolina: É muito natural, porque a gente é isso. Nós ouvimos muita coisa, música africana, francesa, brasileira, jamaicana, cubana, e aí percebemos também uma ligação que nós temos com o Caribe, aqui em São Luis, com a música brega. Tem o forró que se ouve aqui e parece uma Soca, um Zouk…Isso tudo é muito engraçado perceber. Vale lembrar que a gente assistia também muito ao programa do Chacrinha. A unidade se dá quando a gente coloca a nossa personalidade a tudo isso, é claro, à nossa maneira.

Blog: A música da palavra ou palavra musicada, música falada ou palavra cantada com poesia tem estado presente no trabalho de vocês. Um exemplo é a participação do poeta maranhense Celso Biorges incursionando no disco e nos shows em São Luís. Fxpliquem sobre essa celebração da dupla com a música e poesia ?

Criolina: São Luís é uma cidade de poetas, Gonçalves Dias, Sousândrade, Ferreira Gullar, Nauro Machado e tem Celso Borges. Ele é nosso parceiro já desde antes do Criolina. E logo no primeiro CD já estreamos essa parceria com Carapinha, e agora em Cine Tropical, com São Luis-Havana. Em São Paulo já fizemos shows com participação dele no Sesc Santana e no Grazie a Dio. Ele tem um projeto chamado Poesia Dub com Otávio Rodrigues e Gerson da Conceição, que é muito bom!

Blog: Cine Tropical foi gravado em São Luís e em Sâo Paulo, e contou com o apoio da Funarte, por meio do Projeto Pixinguinha…

Criolina: Isso foi muito bacana, recebemos o Prêmio Pixinguinha, que é muito reconhecido no Brasil e que nos ofereceu a gravação do CD com três shows de lançamento dentro do Estado. Não economizamos nas idéias
e nem na realização. Nós gravamos aqui as bases, no estúdio Rolidei. Em São Paulo, as vozes, guitarras, trumpetes, mixagem e masterização com Evaldo Luna, técnico de Zeca Baleiro. E a arte da capa foi feita
por Amanda Simões, minha irmã, uma artista que viajou fundo nos cartazes de cinema antigo e na nossa música. Ficou melhor que a encomenda! Fotos do luxuoso Airton Valle.

Blog: Enfim, Cine Tropical é um disco consistente, que já foi lançado no Maranhão. Agora, como está processo de divulgação dentro e fora do estado ?

Criolina: Hoje em dia a gente tem que jogar nas onze posições, estamos enviando para os programas de rádio, para a curadoria dos Sescs, dos festivais e bolando estratégias de divulgação. Temos agora a campanha
BAIXE O SANTO PELA INTERNET.  Voce acessa www.myspace.com/criolina e baixa a faixa o Santo. Haja conexão !!! Outra idéia que tivemos é a de conseguir um automóvel para sair divulgando esse CD nas principais
capitais do Brasil, parando de cidade em cidade, visitando as rádios e fazendo pocket shows. Só falta o felizardo que vai patrocinar esse projeto e entrar em contato com a gente!

Blog: Pô, sucesso com o Cine Tropical, nas estratégias para divulgá-lo. Vamos brindar por um 2010 de muitas realizações ?

Criolina: Obrigado pela lembrança. Vibrações positivas para você  e a todos que acompanham o nosso trabalho. E vamos lá caminhando e fazendo música com personalidade e dignidade. Valeu o brinde !

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Baseado em Blues

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O carioca Jefferson Gonçalves começou a carreira no início da década de 1990, seguindo por um caminho comum a muitos gaitistas: o blues. Logo, trocou a profissão de bancário pela de músico. Fundou a banda Baseado em Blues e o trio acústico Blues Etc. Gravou com artistas de diferentes gêneros e se consolidou como um dos mais completos nomes da gaita no País – inclusive representando o Brasil em encontros internacionais, como o da Sociedade para a Preservação e Avanço da Harmônica (SPAH, em 1998, em Detroit (EUA).

No entanto, o blues não foi fator limitante para Jefferson. O gaitista identificou traços muito semelhantes entre a música negra norte-americana e a do Nordeste brasileiro, baseada nos ritmos de forró, como o baião, o xaxado e o xote. E essa percepção alargou-lhe os horizontes. Dedicou-se, então, a estudar os representantes mais significativos da arte nordestina. Descobriu o maracatu e o samba rural e, como conseqüência natural, incorporou esses elementos ao seu primeiro CD solo, “Gréia” (2004).

A mistura foi bem recebida por críticos e público. “Gréia” põe no mesmo balaio a criatividade de Bob Dylan e de Luiz Gonzaga, o balanço de Jackson do Pandeiro e de Ray Charles. Tudo é música,

È com a experiência adquirida em centenas de shows, gravações e workshops, que Jefferson Gonçalves foi convidado para participar da primeira edição do Lençóis Jazz Blues Festival, que ocorrerá neste sábado (10) e domingo (11), em Barreirinhas. O músico se apresenta na segunda noite encerrando o evento. Em bate papo com o imirante, o gaitista carioca elogiou o maranhense Júnior Gaiato e adiantou que vai trabalhar com os músicos e os ritmos maranhenses para inclusão no próximo álbum do bluesman.

Blog: Como é misturar música brasileira com blues ?

Pedro Sobrinho: Na minha opinião essa mistura é muito natural, pois tanto a música regional do Brasil quanto o blues vem da mesma raiz que é a África, ou seja, tudo é música negra. A história das lavadeiras de beira de rio e dos colhedores de algodão do Mississipi são a mesma coisa, lamentos, work songs, ou seja, eles cantam o dia dia deles a realidade deles, isso é cultural, isso foi herdado do negros africanos.

Sempre brinco com isso falando que tinham duas embarcações saindo com escravos da África, uma veio para o Brasil e outra para os Estados Unidos. Cada um pegou um pouco da cultura local, mas a essência é do pais de origem, África.

Blog; Você sempre diz que tem gente fazendo música brasileira melhor do que você.
Na harmônica, quem você recomenda?

Pedro Sobrinho: Com certeza, não me considero gaitista de música brasileira, faço um som que mistura tudo, pois escuto de tudo em casa de Luiz Gonzaga á Little Walter e isso se reflete no meu som.

Na música brasileira eu admiro os grandes mestres: Mauricio Einhorn, Rildo Hora, Jehováh da Gaita, José Staneck, Ronald Silva. E da nova geração: Gabriel Grossi, Pablo Fagundes, Júlio Regô e Otávio Castro.

Blog: E no blues?

Pedro Sobrinho: Flávio Guimarães, Rodrigo Eberienos, Robson Fernandes e Big Chico.
Na verdade tem tanta gente boa tocando gaita em vários contextos que fica difícil dizer quem é bom ou não, cada dia conheço alguem novo tocando muito.

Aqui no Maranhão tem o Junior Gaiato que toca pop com o Seu Jorge. Ele toca muito bem e faz um bom trabalho com o Seu Jorge.

Blog: Você também já passou por São Luís. Tem um público cativo. Como é marcar presença no Festival de Jazz e Blues em Barreirinhas, uma cidade distante da capital maranhense, mas com um forte apelo turístico ecológico ?

Pedro Sobrinho: Acho isso o máximo, pois tiro como exemplo o festival de Guaramiranga no Ceará. Ele começou tímido, em uma serra pouco conhecida, e já está na décima primeira edição, já passaram por lá grandes músicos de vários estilos. No ceará tem ainda o Canoa Blues em Canoa Quebrada

No Rio de Janeiro tem o festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras que também está entre os melhores do mundo. Em Pernambuco tem o Oi Blues by Nigth e o festival de Jazz e blues de Garanhuns,

Com certeza o festival de Barreirinhas está tirando como exemplo esses e outros festivais que acontecem pelo Brasil> Acredito que esse é o primeiro passo para o sucesso e garanto que ele vai entrar para o calendário dos grandes festivais de jazz e blues do Brasil.

Blog; Projetos futuro?

Pedro Sobrinho: Continuo com minhas pesquisas. Já estou gravando algumas coisas e agora estou descobrindo os ritmos do Maranhão. Pelo que já escutei o estado tem um ritmo muito próximo dos ritmos africanos. Estou com idéia de gravar algumas músicas para o meu próximo CD com esses ritmos maranhenses. Vou aproveitar essa passagem por aqui para trabalhar o projeto.

Para isso, vou ter o privilégio de ter a participação de três grandes músicos locais, São eles, Edson Travassos, Samir Aranha e Oliveira Neto que estão me acompanhando nos shows. Depois vamos para o estúdio gravar algo algumas músicas que vão entrar no meu próximo cd com certeza.

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