“Em São Paulo não tem Carnaval”, diz Marcelo D2

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“Em São Paulo não tem Carnaval”, disse o músico Marcelo D2. A declaração, em tom de brincadeira, foi nesta sexta, 28, na abertura do Carnaval do Recife. O comentário veio após ser questionado se teria espaço na agenda agitada no período de folia, para uma passadinha na capital paulista.

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Este ano, o músico carioca pisou pela primeira vez no palco principal da folia na capital pernambucana, o polo Marco Zero. Ele tocou ao lado de Naná Vasconcelos, no show que abriu oficialmente a folia na terra do maracatu e do frevo.

Estreante só no palco principal, porque em outros espaços e blocos Marcelo D2 já é velho conhecido. “Vim pela primeira vez na década de 1990 a convite do Chico Science”, diz o músico. No ano seguinte retornou, não apenas para curtir a folia, mas para tocar.

E não parou mais. “Há 13 anos seguidos venho fazer shows como convidado”, conta. “É o melhor Carnaval do mundo”. Ele destaca a força da tradição popular na região. “Mundo mudou muito, mas aqui conseguem preservar o maracatu e o frevo”.

O músico carioca está na cidade desde terça acompanhando os ensaios de Naná Vasconcelos com as nações de maracatu de baque virado. Em seu som, D2 diz que procura destacar a música do subúrbio, mas reconhece a influencia do ritmo nordestino. “Gosto muito dos tambores, já usei pra caramba elementos do maracatu em vários discos”.

No Recife, D2 participa ainda neste sábado, 1, do desfile do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, e de um camarote em Olinda. Depois, no domingo, 2, se apresenta em Salvador, e na segunda, 3, toca em Ouro Preto.

Deu no UOL

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Phill Veras e a sua poesia sensível

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Depois de um show com casa cheia, interativo,  um staff e produção de primeira, o cantor e compositor maranhense Phil Veras marcou presença na edição desse domingo (16), do Plugado, na Mirante FM, para falar desse momento marcante em sua trajetória com a música, da sua fonte de inspiração, das influências, dos amigos que se tornaram parceiros musicais e dos próximos passos a serem dados em uma carreira meteórica, surpreendente e legitimada por vibrações positivas. Com um discurso econômico, Phil respondeu a todas as perguntas e deixou explícito que o mais importante no contexto seria um faixa a faixa com as treze canções que integram o CD Gaveta, gravado e mixado no estúdio “Andar de Cima” (MA) e “Studio Classic Master” (SP) . E assim foi feito. Entre uma conversa e outra com ele, acompanhado de Marcos Pontes, sócio da Cantaria e responsável pela gravação do DVD, e do guitarrista André Araújo, um dos integrantes da banda que acompanha Phill nos shows e no disco, que tem, ainda: Memel Nogueira (guitarra); Marlon Silva (baixo); André Grolli (bateria); Dney Justino (piano, sintetizador, teclados); João Garcia Júnior (violoncelo) e Peter Mesquita, que aparece nas faixas “Velho John Dizia” e “A Estrada”.

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Depois da audição veio a necessidade de uma resenha do trabalho. E o que pude perceber foi um Phill Veras que cresceu muito em pouco tempo. Das primeiras canções que apareceram pela internet, passando pelos shows cada vez mais aclamados, até a chegada do EP Valsa e Vapor, cada fase do músico está sendo encarada com plena maturidade e uma nítida descoberta. Ele é um garoto prodígio, que começou a compor aos 14 anos, e com 22 anos, comprova que é dono de uma poesia sensível, com desdobramento adulto das palavras a procura de uma zona de conforto nesse novo cenário da Música Popular Brasileira.

As músicas do álbum são de autoria de Phill Veras, sendo que das 13, tres foram compostas em parceria. A primeira é “Cambota”, feita com o amigo e ex-companheiro de banda Marcos Lamy ( em período da Nova Bossa), e com o baterista, André Grolli, a quem Phill cita como referencia e define como um “Bicho Solto”. A outra do disco, é “Basta a Coragem”, escrita com a curitibana, que mora em Los Angeles, Samira Winter. “Trata-se de uma parceria a distância que tenho desde os tempos da Nova Bossa. Inclusive nos conhecemos porque ela era fã da banda”, ressalta.

A outra participação é da cantora Ana Larousse (na faixa “Faz”) e “Mulher”, feita com Marcos Lamy, que no show do Teatro Artur Azevedo, teve a participação singela e afinada de Jéssica Gois, vocalista da banda PedeGinja, amiga pessoal do músico.

A musicalidade de Phill Veras é capaz de dividir opiniões. Mas, justiça seja feita:  ele conseguiu ser autoral, sincero, conquistou visibilidade e uma base considerável de fãs. Enfim, é o tipo de artista que sabe exatamente onde quer chegar.

Foto: Carlos Roberto Brasileiro / Na Mira

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A Música Popular Maranhense

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Música popular é produto social. Nasce pelo compositor, ganha a voz dele ou de intérpretes, chegando aos ouvidos de quem a acolhe com prazer, curiosidade ou estranhamento. Ser ouvinte não é simples. Da mesma maneira como podemos reproduzir discursos e ideias, podemos reproduzir modos de ouvir enquadrados em gostos e critérios sociais. “É mais fácil mimeografar o passado que imprimir o futuro”, cantou Zeca Baleiro. Deslocar os ouvidos para novas possibilidades e canções, ainda que em processo, é o que considero a livre potência da expressão artística. Leia o artigo de Alberto Júnior…

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"Nós na Varanda, no embalo da rede"

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Varanda remete a uma casa no campo, arejada, samambaias escorrendo pelos frechais, cadeiras de balanço, redes estendidas nas escápulas, uma vovozinha sentada fazendo tricô enquanto o forno a lenha doura o tempo e a vida. A varanda é assim, com a insustentável leveza na melodia de pássaros e árvores. Mas um dia o músico Celson Mendes decidiu reinventá-la. E já se vão dez anos. O conceito é quase o mesmo, a mesma essência e o mesmo enredo: cadeiras postas, o tricô das boas conversas, microondas de desejo na mesa, o prelúdio de chegada e a música em variados tons e formas.

No princípio eram músicos reunidos no bar, no lar, na calçada, numa jam session particular. Depois o projeto ganhou a forma de Varanda itinerante, uma vez por mês na casa de uma boa alma viva, lista seleta de convidados, ingredientes compartilhados. Nos últimos quatro anos, o projeto idealizado por Celson Mendes passou a levar a assinatura do casal Celijon Ramos e Fafá Lago na produção e conta com o auxílio luxuoso de uma legião de artistas e fiéis seguidores.

A Varanda não é seita, mas a música ali é quase uma religião. Não há vovozinha ou lobo mau. Só cantos de fadas e divas. A casa de campo é uma questão de estado de espírito do anfitrião do dia. Pode ser uma cadeira ou uma mesa de balanço, de boas batidas, à escolha do DJ. A rigor, Pedro Sobrinho é escalado para dar as boas vindas. Ele faz o rito de passagem com suas fusões de sonoridade e arrepios de sensibilidade. De São Luís para o mundo, sem bilhete de embarque, dicas de segurança, caça-palavras ou revistas de bordo.

O projeto Varanda é como se fosse uma brincadeira de domingo, uma ciranda de bons músicos e vozes refinadas, com direito a jogral, recital, trovas e leitura de páginas amarelinhas. Cada um entra na Varanda com alguma coisa, naquela descoberta prazerosa de carregar o piano. E sai muito mais rico. De informação, de descoberta. É a regra básica de convivência. Sem estatuto, bandeira ou sindicato, a Varanda faz história por onde passa.

É a nossa festa na laje, o fino da bossa, o jazz de viés, o blues abolerado e sem pressa, o baião de veludo, a música sem fronteira, tribal, primeira, a canção pra viver mais, derradeira. A Varanda é como um ritual. A música vai acontecendo e, à medida que os convidados chegam, a atmosfera vai se desenhando feito aquarela. Há apreciadores de carteirinha, protagonistas, sócios fundadores, noviços, frequentadores bissextos e anfitriões. Tudo se confunde quando a tarde invade a noite.

A cada edição da Varanda há um ilustre homenageado. Augusto Pellegrini Fllho Pellegrini, Milla Camões, Léo Capiba, Célia Maria, Anna Claudia Farias, Victor Castro, Salomão de Pádua, Djalma Chaves, Nosly, Tutuca, Cecília Leite, Marcelo Bianchinni, Flávia Bittencourt, Betto Pereira, Jaime Santos e Sérgio Habibe são alguns dos nomes que passam pelo palco dos endereços revelados à boca pequena, acompanhados de músicos como o próprio Celson Mendes, Julio Cesar, Jarbas Lima, Jeff Soares, Daniel Martins e muitos outros.

E uma varanda não seria uma varanda sem uma rede. É pela rede social que o projeto se materializa. Quem passa pela Varanda, passa antes pelo facebook ou twitter. Sem isso, nada feito. Não é festa pra muvuca, mas um sarau de amigos que se multiplica ou se recicla ao sabor do humor dos convidados. O endereço é cuidadosamente revelado em mensagem in box. As fotos de cada edição são compartilhadas também pela rede social. E toda rede tem varanda – em verdade, duas varandas.

A Varanda não é definitivamente uma festa pra VIP, no sentido mais maranhense do termo ou da sigla. Mas uma comunhão de estilos, uma celebração da música como antiproduto. Sem sobrenome na porta. Entra quem conhece o caminho. Esse é o privilégio.”

Por:  Felix Alberto Lima

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Céu: "a autêntica voz do novo Brasil"

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O jornal britânico “The Telegraph” publicou no último sábado (14) uma reportagem com a brasileira Céu, que está em turnê pela Inglaterra com seu recém-lançado álbum “Caravana Sereia Bloom”. Com o título “Céu: de São Paulo para a Starbucks”, referência ao disco da cantora lançado nos EUA em 2007 pelo selo da popular rede de cafés, a matéria classificou Céu como “a autêntica voz do novo Brasil”.

A cantora falou à publicação sobre a cidade de São Paulo, onde nasceu — “você tem de amá-la para viver nela” — e comentou a comparação que o jornal fez entre ela e a cantora de bossa nova Astrud Gilberto — “se querem me ver deste jeito… legal! Mas não é como eu me vejo. Apenas quando a gente sai do Brasil percebe como o resto do mundo vê a música brasileira”.

O “Telegraph” citou também as cantoras Sabrina Malheiros, Cibelle e Tulipa Ruiz entre as “jovens divas” da música brasileira.

Céu disse ao jornal britânico que o Brasil tem muita mistura de etnias e que por isso não cresceu “apenas ouvindo samba”, e comentou que o país é “como um continente. Se você vai para o Norte, para o Oeste, para o Sul, são como países diferentes com músicas completamente diferentes. E todas essas culturas musicais estão em São Paulo, porque é onde as pessoas vão para trabalhar. Tudo isso repercute no que eu faço”, revelou.

A cantora também falou ao jornal sobre a indústria musical no país: “Se sua música toca nas novelas, você vende milhões. Se não, você terá de lutar. Nós estamos na metade do caminho, que é o lugar mais difícil para se estar. Tem muitos espaços pequenos e grandes espaços. Mas não há muitas casas de porte médio no Brasil. Quando você atinge esse nível é difícil de saber para onde ir”, disse. Leia aqui a matéria completa no site do jornal.

Céu está no momento em turnê pela Inglaterra, onde se apresenta nesta quinta-feira em Londres ao lado de Curumin (que lança novo álbum, “Arrocha”) e Lucas Santtana. A turnê deve se estender até dia 24 deste mês, em Brighton. Nesta semana, ela também participou do programa da TV britânica “Later With Jools Holland”. De volta ao Brasil, a cantora se apresenta no dia 5 de maio no Rio de Janeiro (Circo Voador) e nos dias 10, 11 e 12 de maio no Sesc Belenzinho, em São Paulo.

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Faltou 'Upground' no Metal Open Air

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Não tive acesso diretamente ao Metal Open Air, mas procurei acompanhar tudo o que estava acontecendo sobre o eventos nos portais locais e de fora, assim como procurava ficar informado com chegados que compraram ingressos.  E todas as opiniões convergem para o descaso. Falta de estrutura, debandadas das bandas por não cumprimento de contratos, troca de acusações entre os organizadores do evento e xingamentos por parte de quem pagou e não viu a festa acontecer. Esse foi o cenário vivenciado e que resultou no cancelamento, neste domingo (22), do Metal Open Air (MOA), que ainda chegou a acontecer sexta (20) e sábado (21), no Parque Independência, em São Luís.

 

Roqueiro desesperado ao ver palco do MOA desmontado pela organização. Foto: Divulgação

Bom Senso

Em uma publicação no Blog sobre o MOA, eu me referia da grandiosidade do festival e que ele representava em termos econômicos, turísticos, como fomentador de emprego e renda, destacando, ainda, o fato dele acontecer no momento em que a cidade respira os seus 400 Anos. Seria a oportunidade de legitimar São Luís na rota dos grandes festivais, entre outros eventos do ‘show business’.

No meio dessa reflexão, havia uma preocupação e desconfiança. Preferi o silêncio para que não dissessem que estava na contramão do otimismo de quem acreditava que seríamos capazes.

Cheguei a comentar da sintonia entre quem organizava o evento, o Poder Público e a iniciativa privado. Sentia um certo distanciamento. Nenhuma aproximação.

E a revelação veio quando um turista de São Paulo, que comprou um ingresso de valor exorbitante para vir ao festival, e ao chegar no Parque Independência não tinha sinalização indicando o local. “Cadê a sinalização.Parece que eles fizeram o evento só para quem mora aqui,”  desabafou o jovem rapaz ao ser entrevistado pela equipe de reportagem da TV Mirante.

Eu me perguntava de quem é a culpa ? dos organizadores que não dialogaram com a autoridade competente da área do trânsito ou vice-versa. Não cabe aqui julgar, mas prefiro me colocar em defesa do consumidor lesado.

Desconfiança

Eventos dessa natureza têm que acontecer com muito profissionalismo. Eram bandas do mundo inteiro envolvidas com o festival. Seria necessário envolver a todos na cidade. Mesmo aqueles que não têm noção do significado gênero heavy metal. Pra quem não sabe, uma religião pra quem gosta.

E a maior prova é que gente de todos os cantos do Brasil vieram conhecer São Luís, desfrutar dos shows e de tudo o que havia sido prometido pelos organizadores, mas nada foi cumprido. O resultado foi o fracasso e o cancelamento do MOA.

O Mico

Um festival grandioso que virou um fiasco. O que serviria de visibilidade para uma São Luís quase quatrocentona também tornou-se um pesadelo. Pois, a cidade também paga o pato e as notícias negativas espirram sobre ela. Não é toa que a mesma tem sido alvo de chacotas e piadas de mau gosto nas redes sociais. Tudo por conta da irresponsabilidade alheia.

Estilo de Vida

Oh ! caras pálidas, o Heavy Metal, não pode ser conceituado mais como uma música de garagem. É claro, que o rock tem o seu jeitão de rebeldia, o poder revolucionário, mas é um estilo de vida. Estilo de vida esse que não se opõe aos modelos de uma sociedade capitalista e consumista. A maior prova disso, que as bandas que cancelaram suas apresentações no festival alegam que não vieram por falta de pagamento. E o público que se deslocou do estado de origem para prestigiar o evento investiu para chegar até aqui. Portanto, reivindicam com justiça o dinheiro de volta.

Equívoco

Os organizadores do Metal Open Air acabaram se equivocando ao dizer em entrevista coletiva que iriam quebrar paradigmas em São Luís. O retrato do descaso e da falta de profissionalismo detectado faz entender que o festival foi concebido no melhor estilo ‘underground’, o que significa estar morto. Portanto, faltou ‘upground’ na festa ! 

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Lenine: lírico, carismático, conceitual e ousado

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O New York Times, em uma de suas publicações, definiu Lenine de o “Príncipe do Pop Brasileiro”. Endosso as palavras do jornal norte-americano afirmando que Lenine é um dos cérebros mais ferteis da música brasileira atual. A melhor tradução para tudo isso foi o show do artista pernambucano, na última sexta-feira (6), no Teatro Artur Azevedo, da turnê do disco “Chão” (Universal Music, 2011), o décimo da carreira de Lenine. A plateia ludovicense assistiu a um show ousado e conceitual feito para local fechado.

Com direção musical do próprio Lenine, em parceria com Bruno Giorgi [filho de Lenine] e JR Tostoi, direção de arte, cenário e iluminação Paulo Pederneiras, do Grupo mineiro Corpo, com Fernando Maculan e Gabriel Pederneiras, o show tem em cena três músicos – num espaço repleto de equipamentos eletrônicos e instrumentos – que levam as canções e reproduzem os ruídos orgânicos no palco.

A turnê, que teve início no Recife, passou também por São Luís, na sexta-feira Santa, é desenvolvida a partir do conceito do CD “Chão”, no qual o artista apresentação canções inéditas inseridas no novo trabalho e revisita canções de álbuns como “Olho de Peixe” (1993), “O Dia em Que Faremos Contato” (1997), “Na Pressão” (1999) e “Falange Canibal”. E o que se ouviu foi uma nova sonoridade e pulsação, aliadas a um cenário cinematográfico concebido pelo clã Pederneiras, que contribui para manter o foco em torno do conceito sensorial do espetáculo, além de um Lenine original com o seu sotaque brasileiro e nordestino.

Dueto

E quem brilhou no show de Lenine foi a maranhense Alcione, que contou com a participação dele em seu disco “Duas Faces – ao vivo na Mangueira”, gravado no Rio de Janeiro, como parte do projeto de comemoração dos 40 anos de carreira da artista.

Convidada de honra do músico pernambucano, ela legitima a condição de Diva, embora esteja a serviço do samba, como dona de um recurso vocal impecável. A marrom deu um banho de interpretação em “O Silêncio das Estrelas” e “Relampiano”, em dueto com Lenine. O público ovacionou os dois nesse encontro singular e de quebra de paradigmas para quem gosta de rotular.

Êxtase

Depois da participação de Alcione, Lenine continua a festa . No show em que a bateria foi esquecida, prossegue a sobriedade sonora com o público interagindo numa atmosfera de puro êxtase e flutuante.

Foram quase duas horas de show, com direito a bis, aplausos, e o que nos restou foi conceituar Lenine com um artista carismático que sabe se comunicar com o seu público e talvez, por isso, tenha construído uma carreira tão sólida. Embora pareça estar na contramão do óbvio, ele também agrada o ‘mainstream midiático das novelas e seriados da Rede Globo”. Enfim, só o som salva !

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Renato Rocha nega ser dependente químico

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Ex-baixista do Legião Urbana e morador de rua, Renato Rocha negou ser dependente químico e dispensou tratamento em uma clínica no Rio de Janeiro. Depois de ser encontrado pelo programa “Domingo Espetacular” do dia 25 de março vivendo na rua, a reportagem procurou novamente o músico, que conversou com o pai, recebeu uma carta dos filhos e visitou a clínica Jorge Jaber, em Vargem Pequena no programa deste domingo (1).

“Ainda tenho um cérebro aqui dentro, estou lúcido, não uso drogas, não roubo, trabalho com música”, disse o músico recusando a participar do tratamento médico. Durante a reportagem, Rocha descobriu que a mãe morreu e conversou com o pai, que questionou se ele precisava de algo e se tinha algum lugar para ficar.

Após desligar o telefone, ele também estranha o fato do pai falar sobre sua dependência. “Meu pai está com 90 anos, deve estar em órbita. Eu não uso drogas”, reafirma. Sua ex-mulher preferiu não expor o casal de filhos e enviou uma carta escrita pelas crianças e uma caixa de bombons.  Clique e entenda o caso.

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Baleiro diz que Caetano é "uma cumadre linguaruda"

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Acostumado a expressar amores e desamores em composições, desta vez, o  maranhense  Zeca Baleiro soltou o verbo para alfinetar o cantor Caetano Veloso.

Baleiro provocou Caetano Veloso em entrevista à revista “Bravo!” que chega às bancas nesta quinta (29). “O cara é uma comadre linguaruda, né? Adoro o Caetano, mas a atuação dele nos bastidores é passível de crítica. Essa coisa de querer ser sempre o juiz. Ninguém perguntou, então não fala, pô”, disse.

Zeca Baleiro posa para ensaio fotográfico da revista "Bravo!" (29/3/12)

O cantor também falou sobre seu novo trabalho, “O Disco do Ano”, e contou que planejava lançar o álbum apenas em pen drive, de modo a satirizar o formato redondo (e anacrônico) dos CDs. Mas a ideia foi adiada pelo contrato com a Som Livre, das Organizações Globo. “Como é que você propõe a uma gravadora um disco só virtual? Acabei caindo na mais convencional das mídias”, revelou, aos risos.

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Prefiro o chá das cinco dos ingleses

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Aproveitando que estamos no péríodo das ‘Águas de Março’ sai de casa na sexta-feira à noite, dia 1º, para assistir o badalado filme “A Dama de Ferro”, que tem como protagonista, a lenda viva do cinema mundial Meryl Streep. Reconheço que sou apenas um tímido cinéfilo, mas tenho afinidade com a chamada sétima arte. E o que vi foi uma biografia romanceada da primeira ministra da Grã-Bretanha, Margareth Thatcher. Cá com meus botões questionei. Por que homenagear uma das personagens mais repulsivas do século XX ? Segundo o crítico André Forastieri, onde todas as decisões dela eram injustas e erradas.

“Era contra os sindicatos, contra os negros, contra os pobres, contras as mulheres, contra os estudantes, contra os homossexuais, contra a União Europeia. Pró-milionários, pró-nobres, pró-ditadores sanguinários de todas as latitudes, pró-Reagan. Destruiu a economia do Reino Unido e enfiou o país em aventuras militares inúteis e demagógicas – a campeã de todas, a Guerra das Malvinas. Também era horrorosa, brega, carola e antipática. Há quem diga o contrário. Que ela modernizou e desregulamentou a economia de seu país, foi fundamental na aliança com os EUA para derrotar a União Soviética, enfrentou lobbies, e defendeu os valores ingleses”, admitiu Forastieri.

Eu não me recusei assistir o filme como assim fez Forastieri. Realmente, a tal ” dama de ferro (na boneca)” pode até ter escondido a sua sensibilidade entre quatro paredes, mas se relacionava com a  mídia, a opinião pública e o poder como uma criatura soberba, dona de um coração amargo, que achava que o mundo se resumia aos seus caprichos e ideais. O tempo é implacável e o curso da história muda. O muro de Berlim caiu e junto com ele os egocêntricos(as) e narcisos(as) de plantão. E restaram a eles(as) o anonimato e a solidão.

“A Dama de Ferro”, dirigido por Phyllida Lloyd – a produtora de “Mamma Mia!” – parece ter a única função de reportar a Streep este Oscar, merecido pois estava parecida com Thatcher. Enfim, um filme de roteiro frio em que o mais interessante seria destacar o tradicional ‘chá das cinco dos ingleses’.

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